Se Serve de Consolo, Esta Não é Só Uma Pergunta da Comunidade Espacial Brasileira
Olá leitor!
No dia 07/04 passado o maior foguete de sondagem da Europa
para experiências em Ambiente de Microgravidade foi lançado com sucesso do Esrange
Space Center (ESC), no sudoeste da Suécia.
Tratou-se na realidade do lançamento do foguete da “Operação
MAXUS 9”, missão esta atendida pelo gigantesco foguete de sondagem Castor-4B de
origem norte-americana. (veja o Vídeo do lançamento abaixo)
O foguete foi lançado às 11h30, horário local, e realizou
nove experimentos científicos e de um demonstrador de tecnologia, carregando no
total 579 kg, a uma altitude de 678 km, permitindo pouco mais de 12 minutos em Ambiente
de Microgravidade estável, 10-5 g. Já a carga útil chegou ao solo com segurança
dentro da área de impacto através de um paraquedas, sendo posteriormente recuperada
por helicóptero.
Ora, o nosso leitor deve estar se perguntado agora: “E dai
Duda, o que o Brasil tem com isso?” Se for este o seu caso, saiba que é uma
pergunta bastante pertinente.
Bom leitor acontece que alguns anos atrás foi definido
pela Agencia Espacial Europeia (ESA) e pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR) que
as operações do Programa MAXUS não seriam mais atendidas pelo foguete norte-americano
Castor-4B em vias de aposentadoria, e que a Operação MAXUS-9 seria a última
onde este foguete seria utilizado.
Mas e ai, o que fazer? Foi ai que o DLR através de seu
departamento DLR MORABA se aproveitando das boas relações e do sucesso no
projeto conjunto do foguete VSB-30, procurou na época o Instituto de
Aeronáutica e Espaço (IAE) buscando uma alternativa para este problema.
Vale dizer que este foi o gatilho inicial para as
negociações em torno não só do foguete VS-50 (alternativa apresentada na época
pelo IAE), mas também e principalmente do projeto conjunto do tão esperado e
desejado Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1).
Vale lembrar leitor que um passo importante neste sentido
(tanto para o VS-50 quanto para o VLM-1) foi dado em 22 de dezembro do ano
passado quando foi assinado nas instalações do IAE o contrato de produção de
oito motores S50, que serão utilizados nos voos realizados pelo veículo VS-50 e
no voo de qualificação da primeira versão do Veículo Lançador de Microssatélites VLM-1 (veja aqui).
Porém este foi apenas um passo, muitos outros terão de serem
realizados ainda, e até mesmo este contrato terá de ser realmente concluído, para que assim
este sonho venha um dia se realizar. Será mesmo? Se serve de consolo, esta não
é só uma pergunta da Comunidade Espacial Brasileira.
Duda Falcão
É preciso deixar um pouco de lado esse nosso constante espírito de esperança, para aceitar que o Programa Espacial Brasileiro morreu; falta apenas o enterro. Nada funciona. Não temos foguetes, além do VSB-30 e daqueles que a FAB usa para brincar de usar Alcântara como base de lançamento. O Brasil só funciona hoje na calada da noite, com o Congresso Nacional tentando dar um golpe na Democracia e nas esquinas de Brasília, onde as mães dos parlamentares fazem ponto. O último que sair apague a luz...
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKK, verdade amigo Bernardino, mas vamos ter esperança, tem essa galera jovem chegando que, quem sabe faça as mudanças que a nossa geração falhou em fazer. Parece utopia, mas a esperança é a ultima a morrer e para o nosso bem como nação, espero que não morra nunca, caso contrario, estaremos condenados como sociedade.
ExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Finalmente no Brasil as coisas estão andando... mas ainda falta muito mais.
ResponderExcluirSó se for a passos de tartaruga e sem vontade como sempre.
ExcluirPois é , Rodrigo , nem a perspectiva de participar de um mercado de 3 a 4 mil pequenos satélites ( segundo estudos realizados ) , isso entre 2018 a 2023 ,é capaz de impulsionar essa gente .Mas SE tudo der certo o V.L.M estará pronto pra esse mercado só em 2019 .É muito descaso pro meu gosto .
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