INPE Desenvolve Combustível Mais Barato Para Foguetes e Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (02/04) no site
“G1” do globo.com, tendo como destaque a notícia divulgada dias atrás pelo INPE
(veja aqui) sobre o desenvolvimento por pesquisadores deste instituto de um combustível mais barato para Foguetes e Satélites.
Duda Falcão
VALE DO PARAÍBA E REGIÃO
INPE Desenvolve Combustível Mais
Barato Para Foguetes e Satélites
Composto menos que o usado atualmente em lançamentos espaciais.
Quilo do material custa R$ 35, combustível comum custa R$ 1 mil.
Por Poliana Casemiro,
G1 Vale do Paraíba e Região
02/04/2017 - 10h19
Atualizado 02/04/2017 - 13h05
(Foto: Arquivo Pessoal)
Combustível tem combustão automática em contato com oxidante.
|
Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) de São José dos Campos desenvolveram um novo tipo de combustível
que pode ser utilizado para a propulsão de motores de foguetes e satélites. Com
compostos mais baratos, a fórmula tem valor mais barato que o usado atualmente.
A pesquisa faz parte de um projeto do Laboratório
Associado de Combustão e Propulsão (LCP). A ideia era apresentar um combustível
brasileiro e que trouxesse menores custos. A fórmula desenvolvida utiliza a
combinação de etanol e etanolamina que reage com peróxido de hidrogênio - a
popular água oxigenada. Os comumente usados pela indústria espacial usam a
hidrazina e o tetróxido de nitrogênio.
Segundo o responsável pelo projeto, o doutor em
físico-química, Ricardo Vieira, o quilo do combustível produzido por eles em
laboratório custa R$ 35, o usado atualmente em satélites e foguetes custa R$ 1
mil.
Além da economia de produção, o composto gera uma reação
hiperbólica. O nome complicado traz um resultado mais simples, uma reação de
combustão espontânea no contato do combustível com o oxidante –já que não
espaço não há oxigênio- sem necessitar de outros mecanismos de ignição. (Veja
vídeo acima)
“Com ele, o atraso de ignição é bem menor, aumenta o
desempenho do motor e reduz os custos do combustível. A gente tinha uma ideia,
mas os resultados surpreenderam”, explica Ricardo. A pesquisa levou três anos
até os resultados apresentados.
Após a descoberta, o projeto passa agora por uma parte
mais prática para que então possa competir no mercado. A Agência Espacial
Brasileira (AEB) fechou com o laboratório a execução de um motor para a
combinação que será produzido com a Universidade Federal do ABC. O motor vai
ser feito para aceitar a combustão automática na combinação dos líquidos. Após
a fase de testes, está pronto para uma das etapas mais difíceis, que é o
convencimento do mercado espacial.
“A tecnologia espacial é um mercado bem complexo. É
preciso provar que o seu produto funciona, é viável e a relação entre custo e
benefício, que nosso caso é o principal argumento”, explica. De acordo com o
pesquisador, a média de economia com o uso do combustível é de R$ 100 mil nos
custos gerais do satélite.
Fonte: Site “G1” do globo.com – 02/04/2017
Comentário: Bom leitor, como ponto novo e interessante nesta
notícia fica a informação de que o Laboratório Associado de Combustão e
Propulsão (LCP) fechou com a nossa Agencia Espacial de Brinquedo (AEB) a
execução de um motor para a combinação que será produzido com a Universidade
Federal do ABC (UFABC). Tomara mesmo que seja uma iniciativa de uso prático. Aproveitamos
para agradecer ao leitor Jahyr Jesus Brito pelo envio desta notícia.
Comentários
Postar um comentário