Confer. Intern. no Rio Apresenta Exper. de Astropartículas
Olá leitor!
Segue abaixo um matéria publicada hoje (27/05) e
publicado no site do “Jornal da Ciência” da SPBC, destacando que Conferência
Internacional de Raios Cósmicos no Rio terá apresentação sobre Experimento Internacional
de Astropartículas.
Duda Falcão
Notícias
Conferência Internacional de Raios
Cósmicos no Rio Terá Apresentação Sobre
Experimento Internacional de Astropartículas
Organizadores estimam que cerca de mil cientistas do
mundo inteiro virão ao Brasil para os sete dias do
encontro
Núcleo de Comunicação Social/CBPF)
27/05/2013
A 33ª ICRC (Conferência Internacional de Raios Cósmicos)
- que ocorrerá pela primeira vez na América do Sul - terá apresentação dos
dados mais recentes do IceCube, experimento internacional cujos sensores de luz
formam uma rede de 1 km3 - 10 vezes o tamanho do Pão de Açúcar - no
subsolo da Antártida, e que recentemente detectou os dois neutrinos mais
energéticos conhecidos até agora - talvez, os dois primeiros de origem
astrofísica. O evento será realizado entre 2 e 9 de julho deste ano, no Centro
de Convenções SulAmérica, na cidade do Rio de Janeiro.
Estima-se que cerca de mil cientistas do mundo inteiro -
entre os quais, estarão renomados especialistas internacionais - virão ao
Brasil para os sete dias de conferência.
A primeira edição do ICRC - como esse encontro é mais
conhecido pela comunidade internacional de física - ocorreu logo após o fim da
Segunda Guerra Mundial, e, desde então, tem acontecido a cada dois anos. Os
dois últimos encontros foram em Pequim (China), em 2011, e Lodz (Polônia), em
2009.
Mistérios da Natureza -
O ICRC se dedica a tópicos tradicionalmente ligados à física dos raios cósmicos
e à astrofísica de altas energias e de partículas. Mas ela também atrai
cientistas que trabalham com temas ligados a raios gama e neutrinos.
Este ano, no Brasil, pela primeira vez, haverá a
participação da comunidade que estuda a misteriosa matéria escura. Por essa
razão, o ICRC adotou o subtítulo 'A Conferência da Física de Astropartículas'.
Estão planejadas mais de 300 palestras científicas - em
sessões plenárias e paralelas -, bem como diversas palestras para o grande público.
Organização -
A edição brasileira do ICRC está sendo organizada pelo Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas (CBPF) - órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI) -, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pela Sociedade
Brasileira de Física, com patrocínio do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes) e pelas Fundações de Amparo à Pesquisa do Rio de
Janeiro (FAPERJ) e de São Paulo (FAPESP).
Entrega de Prêmios -
No ICRC, são tradicionalmente apresentados os prêmios da IUPAP (União
Internacional de Física Pura e Aplicada) para a pesquisa em física de raios
cósmicos e astrofísica de partículas.
Tradição -
Ano passado, foram comemorados os 100 anos da descoberta da origem dos raios
cósmicos. Os experimentos que levaram à conclusão sobre a origem extraterrestre
dessa radiação renderam ao físico austríaco Victor Hess (1883-1964) o Nobel de
Física de 1936.
O Brasil tem ampla tradição nas áreas relacionadas ao
encontro, com pesquisadores envolvidos em diversas colaborações científicas
internacionais dedicadas ao estudo das partículas mais energéticas do universo,
como o Observatório Pierre Auger, na Argentina (www.auger.org); o laboratório
europeu CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), na Suíça (www.cern.ch); e
o CTA (Cherenkov Telescope Array ou Rede
de Telescópios Cherenkov) (www.cta-observatory.org), o mais importante
experimento de astrofísica de altas energias da próxima década e cujas
operações devem se iniciar até 2018 - com grande chance de ser instalado na
América do Sul.
A física de raios cósmicos teve como um dos seus
pioneiros no Brasil o físico César Lattes (1924-2005), fundador do CBPF em 1949
e um dos descobridores, no final da década de 1940, do chamado méson pi,
partícula que serve como 'cola' dos prótons e nêutrons, mantendo o núcleo
atômico coeso.
Para mais informações sobre o ICRC acesse: http://www.cbpf.br/~icrc2013
Fonte: Site do Jornal da Ciência de 27/05/2013
Comentários
Postar um comentário