Projeto do Satélite SABIA-Mar Será Apresentado à Indústria
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (16/05) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o Projeto do Satélite
SABIA-Mar será apresentado à indústria nessa sexta-feira (17/05) em São José
dos Campos (SP).
Duda Falcão
Projeto do Satélite SABIA-Mar é
Apresentado à Indústria
Quinta-feira, 16 de Maio de 2013
Para apresentar à indústria aeroespacial a missão SABIA-Mar (Satélite
Argentino-Brasileiro de Informações Ambientais Marítimas), um workshop será
realizado nesta sexta-feira (17/5) no Parque Tecnológico de São José dos Campos
(SP). Além de contribuir para os estudos regionais brasileiros e argentinos, a
missão SABIA-Mar deve beneficiar a comunidade internacional na área de clima e
mudanças globais.
O objetivo do workshop é compartilhar com a indústria nacional
informações técnicas sobre a missão, coletar opiniões do setor e saber de suas
expectativas para este projeto. Conhecendo melhor a missão, a indústria
aeroespacial brasileira poderá contribuir no entendimento do desafio
tecnológico e na estruturação de custos e prazos de desenvolvimento,
necessários ao orçamento e cronograma básicos do projeto.
Uma visão geral da missão será apresentada por Marco Antonio Chamon,
engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e gerente do
Projeto Sabia-Mar. O diretor da Associação das Indústrias Aeroespaciais do
Brasil (AIAB), Walter Bartels, falará sobre a capacitação das empresas.
O Workshop SABIA-Mar Indústrias Brasileiras será aberto às 9 horas pelo
presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho.
Estão previstas uma série de mesas redondas entre os participantes do workshop,
que deve se encerrar às 17h30.
A Missão
A SABIA-Maré uma missão oceanográfica que se destina à observação da
“cor do oceano” (ocean colour)e
tem aplicações no estudo dos ecossistemas oceânicos, ciclo do carbono,
mapeamento do habitat marinho e observação costeira.
Dados de satélites de cor do oceano são usados no estudo da biosfera
oceânica, de sua dinâmica e de seus impactos nas atividades antropogênicas.
Tais dados são necessários para quantificar mudanças oceânicas globais em
diversas escalas de tempo (de meses a décadas). Os dados de cor do oceano são
essenciais na estimativa de produção primária de fitoplancton, que se relaciona
diretamente à absorção de dióxido de carbono (CO2).
Esses mesmos dados têm importante aplicação em monitoramento da
qualidade da água e do transporte de sedimentos (erosão) nas regiões costeiras,
gerando informação para atividades pesqueiras e de aquicultura (fazendas
marinhas).
Há, ainda, o estudo da influência dos oceanos sobre as mudanças
climáticas, que exige séries de dados longas e contínuas. Dessa forma, a missão
SABIA-MAR, além de contribuir para os estudos regionais argentinos e
brasileiros, poderá beneficiar a comunidade internacional na área de clima e
mudanças globais, reforçando o papel dos dois países no cenário mundial.
Características
Para atingir os objetivos da missão, os sensores do SABIA-Mar deverão
ser capazes de realizar a observação global com resolução de 1 km e revisita
diária (sensor MUS-L, multispectral low resolution,
com capacidade de gravação a bordo), além da observação costeira regional e de
águas interiores com resolução de 200 m e revisita de 4 dias (sensor MUS-M, multispectral medium resolution,
com dados disponíveis em tempo real e capacidade de gravação a bordo).
“Para cumprir esses requisitos básicos foi definida uma configuração de
sistema baseada em dois satélites de pequeno porte (da ordem de 500 kg cada)
que utiliza a Plataforma Multimissão (PMM), desenvolvida pelo Brasil, no INPE.
Cada satélite carregará um dos sensores”, explica Chamon.
Segundo o gerente do projeto, a partilha de tarefas e custos ainda não
está totalmente definida, mas deverá em princípio ser feita em bases
igualitárias (50% - 50%) para o desenvolvimento do segmento espacial, serviço
de lançamento e segmento de aplicações (exceto infraestrutura). Os custos de
segmento solo e demais infraestruturas serão absorvidos independentemente pelos
dois países, segundo suas necessidades.
“A fase A do projeto deverá estar concluída em setembro de 2013. O
lançamento do primeiro satélite (com o sensor MUS-L) deverá ocorrer em 2018 e o
do segundo (com o sensor MUS-M) em 2019”, conclui o engenheiro do INPE.
Fonte: Site do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE).
Comentário: Bom já disse o que acho de toda essa
movimentação em torno desse projeto sem que haja garantia de sua realização. Na
região interiorana onde eu passava minhas férias quando moleque sempre se
colocavam os bois na frente dos seus respectivos carros, e não o contrário como
a nossa agência espacial parece está fazendo com esse projeto. Mas enfim, essa
infelizmente é a nossa realidade. Espero está enganado.
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