Argentina e Brasil Estudam Criação de Agência Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (30/08) no site “IG” destacando que a Argentina e o Brasil estudam a criação de agência espacial sul-americana.
Duda Falcão
Economia - Empresas - Infraestrutura
Argentina e Brasil Estudam
Criação de Agência Espacial
Ministros da Defesa dos dois países defendem
necessidade de lançador de satélites sul-americanos
EFE
30/08/2011 17:53
O ministro da Defesa, Celso Amorim, recebeu nesta terça-feira a proposta para a criação de uma agência espacial sul-americana de seu colega argentino, Arturo Puricelli. Puricelli, que participou do seminário "A Indústria de Defesa como indutor da Transformação da Defesa Nacional", pediu às autoridades e empresas dos dois países a criação de uma estratégia que permita à região desenvolver o setor espacial.
"Nossas comunicações estão dependentes da prestação de serviços que são dados por satélites de países de outras regiões e por isso devemos somar esforços para chegar ao espaço com uma agência espacial sul-americana", justificou o ministro argentino.
Puricelli destacou para tal propósito os "espaços existentes e a capacidade brasileira", além das "potencialidades" da Argentina nesse campo, que, segundo ele, "podem ser muito bem aproveitadas". "O que nos impede de ter um lançador de satélites sul-americano? O desafio dos ministros é criar uma agenda espacial sul-americana e ter satélites próprios em 2025", considerou.
Em 2025, lembrou o ministro, os países que não disponham de radares para seu espaço aéreo civil terão que comprar o serviço de outras nações que desenvolvam esse tipo de tecnologia. No entanto, Puricelli disse à Agência EFE que a proposta ainda é "uma idéia para ser bem trabalhada antes de ser concretizada". Sobre a proposta de seu colega argentino, Amorim afirmou à EFE que o Brasil considera a iniciativa "positiva e adequada", pois "contribui para a confiança" entre os países sul-americanos e para transformá-los em uma "comunidade de segurança".
Em seu discurso durante o seminário, Puricelli argumentou que a América do Sul tem "muitas coisas para defender" e ressaltou a produção alimentícia conjunta entre Argentina e Brasil, "que é a maior do mundo", além de riquezas naturais como os reservatórios de água do Aquífero Guarani, os recursos energéticos e a Amazônia.
Os dois ministros, após participar do seminário que reunirá até amanhã aos altos comandantes militares e representantes da indústria bélica brasileira, tiveram uma reunião de trabalho. O encontro foi o primeiro de caráter internacional desde que Amorim assumiu a pasta da Defesa no dia 8 de agosto.
Fonte: Site G1 do globo.com
Comentário: A proposta argentina parece-me ser séria, pois vem de um país que diferentemente do Brasil conduziu seu programa espacial com a seriedade necessária, apesar das dificuldades financeiras que vive. Sinceramente com a mentalidade reinante há décadas no governo brasileiro, dificilmente essa proposta argentina não seja conduzida unicamente como moeda política de boa vizinhança, como já demonstra claramente em suas palavras o 'Ministro da Defesa' brasileiro Celso Amorim. Infelizmente os governantes brasileiros não entendem a importância do programa espacial do país, apesar de taxá-lo para mídia e para sociedade como estratégico. No entanto a vontade argentina de criar uma agência espacial no continente sul-americano em nossa opinião chega em boa hora, apesar do blog defender desde que foi criado em 2009 de que a criação de uma Agência Espacial Latino-America (AELA), conduzida por Brasil, Argentina, México e Chile, seria uma opção bem melhor.
Eu sempre fui defensor de algo como a ESA, onde países com um grau de desenvolvimento espacial como França, Alemanha e Reino Unido, se juntaram com outras nações que apenas queriam investir dinheiro. Construiram uma solida agencia espacial que tem até um braço tripulado, apesar de irem sempre de carona nas naves americanas e agora só russas. Tem uma importante centro espacial, em Kourou na Guina Francesa e lançadores como o Vega e o poderosos ARIANE V.
ResponderExcluirMas, infelizmente, deveriamos arrumar primeiro a casa, antes de partir para algo maior. Pelos problemas que nos temos dos dois lado da fronteira e o alto investimento, acabaria sacrificando os projetos existentes, como FIM TOTAL DO PROGRAMA VLS, que até agora não chegou a lugar nenhum e começar do zero a criação de uma nova família de lançadores, talvés com idéias dos programas VLS brasileiros e dos lançadores argentinos. Não sei. Fico com medo, pois se exclui tudo e começa de novo e no final se chega a lugar nenhum, pois esta história, conhecemos muito bem.
Olá Ricardo!
ResponderExcluirConcordo contigo que antes de qualquer coisa precisamos arrumar a casa, mas não acredito que isso significasse o fim do Programa VLS. A idéia argentina é boa em minha opinião, e mesmo que siga adiante com a participação brasileira, pela velocidade como são feitas as coisas no Brasil, é provável que essa idéia só tome corpo depois de 2015 ou 2016, o que dar tempo perfeitamente para estarmos tanto com o VLS-1, como com o VLM e o VLS-Alfa a disposição, bastando para isso que o governo tome vergonha na cara.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)