Especialistas Discutem Projetos da Área Espacial Brasileira em Alcântara (MA)

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota da postada hoje (17/05) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB), tendo como destaque a reunião do “Grupo Interfaces de Lançamento (GIL 1/2016)” realizada no início deste mês no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e já abordada aqui no Blog.

Duda Falcão

Especialistas Discutem Projetos da Área
Espacial Brasileira em Alcântara (MA)

Gleice Oliveira
Coordenação de Comunicação Social – CCS
17/05/2016

Foto: CLA

O Grupo Interfaces de Lançamento (GIL 1/2016), organizado pela Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 60-1, reuniu-se no primeiro encontro do ano, no período de 2 a 6 de maio, no Centro de Lançamento de Alcântara (MA), quando foram discutidos os detalhes da Operação Rio Verde e o orçamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), para o biênio 2016 e 2017. Também foram apresentadas por especialistas as principais atividades e projetos referentes ao setor espacial brasileiro que estão em andamento.

No encontro aconteceu ainda a Reunião de Acompanhamento de Interfaces (RAI), que abordou os requisitos necessários para o sucesso do lançamento do foguete brasileiro VSB-30, que levará a bordo quatros experimentos científicos e tecnológicos selecionados pelo Programa Microgravidade da AEB.

O VSB-30 é um veículo suborbital com dois estágios de propulsão sólida com capacidade de transportar cargas úteis de 400 kg, para experimentos na faixa de 270 km de altitude. Para experimentos em ambiente de microgravidade, o VSB-30 permite que a carga útil permaneça cerca de seis minutos acima da altitude de 110 km.

A execução da Operação Rio Verde foi apresentada pelo engenheiro do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Eduardo Dore Roda. O engenheiro do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Mauro Melo Dolinsky ressaltou a importância de o CLA utilizar uma nova antena de telemetria e a necessidade do retorno da operação do radar meteorológico. O cronograma e a possibilidade de realizar a operação no próximo mês de outubro, foram discutidos pelo grupo.

Experimentos - Os experimentos selecionados pela Comissão de Coordenação do Programa Microgravidade foram apresentados aos participantes pelo tecnologista do IAE, José Bezerra Pessoa Filho. Os experimentos escolhidos para serem observados em ambiente de microgravidade são de pesquisadores e docentes de universidades brasileiras.

O foguete suborbital VSB-30 levará quatro experimentos em seu voo, como a Solidificação de Ligas Eutéticas em Microgravidade, do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Chen Ying An; também serão observados os Efeitos da Microgravidade Real no Sistema Vegetal de Cana-de-Açúcar, da professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Katia Castanho Scortecci.

Os outros dois experimentos são: a Plataforma de Aquisição para Análise de Dados de Aceleração II (PAANDA II), do professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Marcelo Carvalho Tosin, e as Novas Tecnologias de Meios Porosos para Dispositivos com Mudança de Fase, da professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Marcia Barbosa Henriques Mantelli.

Os serviços básicos desses experimentos, como suporte mecânico, energia, comunicação, estabilização e sistema de recuperação serão fornecidos pela plataforma suborbital que será transportada ao espaço na parte superior do veículo VSB-30.

Orçamento – O diretor da área de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB, Marco Antônio Vieira de Rezende, apresentou a situação orçamentária da Agência para 2016 e 2017, e destacou as medidas tomadas para diminuir os prazos de liberação de crédito e os obstáculos enfrentados para captar recursos a serem empregados no Programa Espacial Brasileiro. As dificuldades do planejamento orçamentário devido às incertezas políticas e financeiras que envolvem todo o país, também foram destacadas pelo diretor.

O programa de lançamentos previsto para 2016, a previsão de futuros lançamentos, como por exemplo, a Operação Mutiti, com o VS-30/Orion, para 2017, as missões dos veículos lançadores, como o VLA-1, VS-43, VS-50 e o VLM-1 e projetos afins, além das obras, revitalização e operacionalidade nos Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Natal (RN) e do CLA foram pautas de discussão deste primeiro encontro.

Participaram da primeira reunião do GIL 2016 cerca de 50 especialistas do setor espacial brasileiro, entre militares e servidores civis pertencentes Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), DCTA, AEB, IAE, e dos centros de lançamento do CLA e do CLBI. A próxima reunião do grupo está prevista para acontecer no segundo semestre deste ano.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Bom leitor, confesso que essa nota muito mais completa do que as duas ultimas postadas pela FAB, me poupou de escrever um artigo especulando sobre a tal “Operação Rio Verde” e os experimentos que voarão nesta missão prevista para outubro deste ano. Nesta nota da AEB confirma-se então o vôo de quatro dos cincos experimentos previstos pela 1ᵊ Chamada do 4ᵒ AO (Anúncio de Oportunidades) do Programa Microgravidade da AEB,  ficando de fora o experimento intitulado “Sistema para Ensaio Funcional do Estágio Propulsivo Líquido (EPL)” do Cel. Avandelino Santana Junior (IAE), aquele mesmo que voou durante a realização da campanha da “Operação Raposa” em agosto e setembro de 2014. Em resumo, este importantíssimo experimento tecnológico ficou de fora, e sabe-se lá quando se dará continuidade neste projeto crucial para o PEB. Outra coisa que a nota trata sem entrar em detalhes é a tal “Operação Mutiti”, a ser realizada com o VS-30/Orion em 2017. Qual será a missão desta operação leitor? Será que a mesma é referente ao lançamento dos cinco experimentos já selecionados para a 2ᵊ Chamada do “4ᵒ AO” do Programa Microgravidade da AEB? Ou será o lançamento de alguma carga útil do DLR? Não sei, não há informações ainda sobre esta operação, mas vale lembrar que os experimentos da 1ᵊ Chamada deste 4ᵒ AO estavam previstos inicialmente para voarem em julho de 2014, os da 2ᵊ Chamada em julho de 2015 e os da 3ᵊ Chamada em maio de 2016, mas estes se quer foram selecionados ainda. Outra coisa que eu gostaria de destacar leitor nesta nota é o tal VLA-1, coisa que eu não tenho a menor ideia do que seja, mas quem sabe a jornalista desta CCS de nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB) possa explicar aos nossos leitores do que se trata.

Comentários

  1. Esse tal VLA-1 me deixou estremamente curioso, que veículo será esse? Será se é algum veículo em parceria com o DLR? So o tempo dirá.

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  2. " mas quem sabe a jornalista desta CCS de nossa Agência Espacial de Brinquedo (AEB) possa explicar aos nossos leitores do que se trata " possa ser que a Sigla VLA-1 possa ser (Veículo Lançador ALFA-1 )eu estou apenas imaginando que possivelmente ela talvez tenha usado essa expressão para designar essa ideia, eu não tenho certeza quanto a isso, mas confesso que fiquei curioso com a colocação dela também, e gostaria de saber do que se trata na verdade.

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    1. Caros André Victor e Stone Vox!

      Não existe nenhum VLA-1, eu só usei isto como uma provocação a esta CCS da AEB, reconhecida como tão incompetente quanto o presidente desta Agência de Brinquedo. Certamente a jornalista confundiu a nomenclatura do VLS-1 com esta do VLA-1, e ao mesmo tempo cometeu outro erro por demonstrar desconhecimento em relação ao fim do Projeto do VLS-1. Enfim outra cagada desta CCS. Triste.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. kkkkkkkk essa AEB é um verdadeiro circo. Lamentável.

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    1. Olá André Victor!

      Não é bem assim jovem amigo, afinal o circo é um lugar onde as pessoas vão para se divertir, já a AEB é um lugar onde impera a incompetência e as fantasias.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  4. Minha hipótese é mais simples.Acho que, a jornalista foi digitar S e por engano; teclou a letra A,já que ambas as letras ficam lado à lado. E não percebeu o erro na revisão. Lamentável.

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  5. A questão é que, os leitores aqui, conhecem astronáutica porque gostam. Já a jornalista da AEB, escreve por obrigação da função, aparentemente sem conhecimento de causa.

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