Estudantes Brasileiros Se Preparam Para Começar Estágio na NASA
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota da postada ontem (18/05) no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB), destacando que dois Estudantes Brasileiros se preparam para começar estágio na NASA.
Duda Falcão
Estudantes Brasileiros Preparam
Para Começar Estágio na NASA
Coordenação de Comunicação Social (CCS)
18/05/2016
Foto: Arquivo pessoal
Da esquerda para a direita: Flávio Maximiano e Gabriel Militão. |
Dois brasileiros, bolsistas do Programa Ciências sem
Fronteiras, vivem no momento a expectativa de aprofundar seus conhecimentos na
área espacial. Gabriel Militão e Flávio Maximiano foram indicados pela Agência
Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e selecionados pelo AMES Research Center (ARC),
para fazer um estágio de verão na agência espacial norte americana, a NASA, uma
das agências espaciais mais conceituadas do mundo.
Estudantes de Engenharia da Computação na Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), atualmente vivem em Ithaca, no estado de Nova
York. A cidade com 29,287 mil habitantes é formada basicamente por jovens do
mundo inteiro que estudam na Universidade de Cornell, uma das mais prestigiadas
do nordeste dos EUA. De lá já saíram 43 alunos agraciados com o Prêmio Nobel.
Muito empolgados com a nova oportunidade, os dois
universitários paulistas, de Rio Claro e Sorocaba, iniciam no dia 4 de junho
deste ano uma nova etapa em suas vidas, o estágio de verão na NASA. Lá eles
irão desenvolver projetos diferentes. Flávio vai trabalhar com análise e banco
de dados, e Gabriel com a plataforma World Wind para visualização 3D do globo,
no plano virtual.
Segundo Flávio, a NASA também cuida da segurança da
aviação, então todos os problemas referentes ao setor são enviados em forma de
relatórios para a agência. “A ideia do meu projeto é entender como a natureza
desses relatórios muda com o tempo, e de que forma eles chegam aqui. Vou fazer
análise desses dados para evitar futuros acidentes de aviação. Nunca trabalhei com
esse assunto, mas estou aprendendo um pouco, e quem sabe será o meu caminho”,
ressaltou o estudante.
Gabriel explica a similaridade entre as plataformas do
Google e a que ele vai trabalhar na NASA. “Muitas pessoas já devem conhecer um
programa que você pode ver o mundo inteiro pela visão de satélites. A NASA tem
o World Wind, totalmente aberto, onde qualquer pessoa pode desenvolver um
software com base nos dados dela”, disse.
Experiência – Ao voltar para o Brasil, além de
repassar os conhecimentos adquiridos no Ciências sem Fronteira, Flávio e
Gabriel também trarão na bagagem as informações assimiladas na NASA. Para
Flávio, segurança em aviação é algo muito importante para o Brasil, mas como
ele não definiu ainda que área vai seguir, os ensinamentos tanto podem ser
aplicados no setor espacial como em outros campos, principalmente pela
instituição desenvolver projetos em áreas distintas.
“Acho que não necessariamente vamos aplicar tudo que
aprendemos. Para mim vai ser uma experiência desafiadora, com especialistas da
Nasa e gente do mundo inteiro. Vamos entender um pouco a forma como eles
pensam, o ambiente da agência e o que faz a NASA ter um programa espacial tão
bem-sucedido. Queremos trazer todo esse now how para o Brasil”, afirmou
o paulista de Rio Claro, Gabriel Militão.
Fã da área espacial, Flávio disse ter muito interesse nas
notícias referentes ao assunto. “Desde o ensino médio, sempre achei que poderia
ser um caminho a seguir. Aqui na universidade de Cornell pude optar pela
disciplina de astronomia”, ressaltou. Já Gabriel nunca imaginou fazer algo
parecido, mas participou em 2011 da Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Astronáutica (OBA), no Brasil, coordenada pela AEB, quando conquistou a medalha
de prata.
Desafios – Os dois estudantes destacaram as
preocupações deles com o estágio, e pediram sugestões bibliográficas aos seus
mentores em Cornell, porém esses descartaram o pedido e optaram por sugerir
alguns exercícios mentais, ou seja, trabalhar maneiras de pensar fora do senso
comum. Gabriel diz estar motivado e preparado para o novo desafio em sua
vida, assim como também o colega Flávio.
“Meu projeto apesar de ser interessante, não é
simplesmente um programa para ser usado pelas pessoas. É um projeto em que elas
utilizam e visualizam seus dados e sentem se podem tirar conclusões a partir
deles. Eu gosto da ideia de construir algo, não necessariamente com fins
lucrativos, mas para ajudar as pessoas”, afirmou Flávio.
A mensagem que os dois estudantes deixam para os brasileiros
é a seguinte: “aproveitem bastante seu tempo, para os americanos tempo é
dinheiro, aqui ninguém pode perdê-lo, as aulas são intensas e as pessoas dão
muito valor a ele”, destacaram Flávio e Gabriel.
Para eles, intercâmbio exige dedicação, “é difícil sair
do país e encontrar uma cultura completamente diferente, mas vale à pena. Aqui
as aulas são mais curtas, mas tem muita ajuda, algumas matérias têm até 20
monitores, tem atendimento o tempo todo. O Ciência sem Fronteiras é um programa
que recomendo aos estudantes”, concluiu Gabriel.
Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
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