Satélite CBERS-4 Vai Monitorar Desmatamento na Amazônia
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo publicado dia (28/08) no site do
Jornal Valor Econômico e postado no dia de hoje (29/09) no site da Força Aérea
Brasileira (FAB), destacando que o Satélite CBERS-4 lançado em dezembro do ano
passado vai monitorar desmatamento na Região Amazônica.
Duda Falcão
Satélite Vai Monitorar
Desmatamento na Amazônia
Virgínia Silveira
Jornal Valor Econômico
De São José Dos Campos
28/09/2015
O
quarto satélite sino-brasileiro de recursos terrestres (CBERS-4), lançado em
dezembro do ano passado, na China, vai reforçar a produção de mapas de alta
resolução da situação da floresta amazônica. Os dados mais detalhados da
cobertura vegetal da região também alimentarão o sistema brasileiro de detecção
de desmatamento em tempo real (Deter), que gera avisos imediatos para a Polícia
Federal, IBAMA e órgãos estaduais de meio ambiente. O Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), parceiro da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial
(CAST) no programa CBERS, distribui cerca de 700 imagens por dia do CBERS para
mais de 70 mil usuários ligados ao meio ambiente.
O CBERS-4,
de acordo com o diretor do INPE, Leonel Perondi, já disponibilizou cerca de 2
mil imagens na internet, mas a distribuição regular de dados é prevista para
acontecer nos próximos dois meses, porque ainda se encontra em fase de ajustes.
O
programa de cooperação sino-brasileira na área espacial, que existe há 26 anos,
lançou cinco satélites de sensoriamento remoto, popularizando o uso de imagens
orbitais no Brasil. Com mais de um milhão de imagens distribuídas gratuitamente
pela internet, o país se tornou líder mundial em distribuição de dados que são
fundamentais para controlar desmatamentos e queimadas, monitorar áreas
agrícolas, recursos hídricos, crescimento urbano, ocupação do solo, entre
outras aplicações.
Atualmente,
o CBERS é considerado um dos principais programas de sensoriamento em todo o
mundo, ao lado do americano Landsat, do francês Spot e do indiano ResourceSat.
Duas das quatro câmeras instaladas no satélite CBERS são brasileiras e fazem o
registro de imagens da floresta amazônica com uma resolução de 20 e de 64
metros.
O
próximo satélite da família, o CBERS 4A, será lançado em 2018 na China, pelo
foguete Longa Marcha. Segundo Perondi, as empresas brasileiras fornecedoras de
50% dos subsistemas do satélite devem iniciar a produção dos equipamentos ainda
este ano. "Estamos aguardando a aprovação no Congresso do protocoloco
complementar ao Acordo Quadro sobre Cooperação em Aplicações Pacíficas de
Ciência e Tecnologia no Espaço Exterior, o que é esperado para acontecer em
breve".
Para
o diretor do INPE, o programa CBERS representa um grande avanço na capacitação
da indústria nacional. "Com a operação em órbita de câmeras de alta
resolução, o Brasil passa a integrar um seleto grupo de países com a capacidade
de projetar e fabricar sensores para imageamento do planeta", disse.
A
experiência com os chineses, segundo ele, também garantiu ao Brasil a
oportunidade de exercitar todo o ciclo de vida de um sistema espacial.
"Hoje temos plena capacidade para especificar a missão, o projeto,
fabricação, integração e testes de um satélite, além de operá-lo em
órbita".
O
novo acordo com a China definiu que os trabalhos de montagem, integração e
testes do CBERS-4A serão realizados no Laboratório do INPE. Para estar mais
preparado, o INPE está investindo na ampliação do seu Laboratório de Integração
e Testes (LIT).
O
projeto prevê um investimento total de R$ 260 milhões, mas para a primeira
fase, que envolve a construção do prédio onde ficarão instaladas novas câmeras
de testes de qualificação para satélites de grande porte, estão previstos R$ 45
milhões. Os recursos serão repassados pela FINEP (Financiadora de Estudos e
Projetos).
O LIT
está equipado com salas limpas e com câmaras capazes de simular as condições
reais de vibração, aceleração e choque durante o lançamento de um satélite,
assim como as condições de temperatura e vácuo presentes no ambiente espacial.
O projeto de expansão contempla a compra de um vibrador de maior porte e de uma
nova câmara para medir parâmetros de antenas de campo próximo (distância entre
a antena transmissora e a receptora).
Outra
ideia, que está sendo amadurecida, é a possibilidade de o satélite ser
transportado para a China pela aeronave KC-390, novo jato de transporte militar
da Força Aérea Brasileira (FAB), que está sendo produzido pela Embraer.
"Vamos trabalhar nessa possibilidade, até porque teríamos que pagar pelo
transporte do satélite para a China e fazer isso com uma aeronave brasileira
seria uma oportunidade muito interessante".
O
novo satélite, que será similar ao seu antecessor CBERS 4, tem um custo total
estimado de US$ 75 milhões. A parte brasileira, correspondente a 50% do
satélite, custará R$ 100 milhões. "Cerca de 40% do satélite já está
pronto, porque muitos equipamentos foram produzidos em duplicidade para o CBERS-4",
afirma o coordenador do segmento espacial do programa CBERS no INPE, Antônio
Carlos de Oliveira Pereira Júnior. Até o fim deste ano, diz ele, Brasil e China
deverão apresentar o projeto técnico de uma nova família de satélites de
observação da Terra.
Fonte: Site da Força Aérea
Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br
Defesanet 29 de Setembro, 2015 - 11:00 ( Brasília )
ResponderExcluirPerdidos no Espaço - INPE e o fiasco das Imagens do CBERS
Em meio fiasco de não ter imagens da Amazônia, Inpe anuncia a montagem do CBERS 4B
Valeu Iurikorolev!
ExcluirJá está online.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)