BRASIL e CHINA Querem Repetir Sucesso do CBERS na Área de Nanotecnologia
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada ontem (20/03) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB) destacando que o Brasil e a China querem repetir o
sucesso do Programa CBERS na área de Nanotecnologia.
Duda Falcão
BRASIL e CHINA Querem Repetir Sucesso
do CBERS na Área de Nanotecnologia
Ascom do
MCTI
Brasília, 20 de
março de 2014 – Especialistas brasileiros e chineses debaterão as
próximas ações do Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia
(CBC-NANO) em um seminário que se realiza no Centro Nacional de Pesquisa em
Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), entre os próximos dias 25 e 27.
A parceria binacional deve apoiar projetos com aplicação em agroindústria, meio
ambiente e saúde.
“A intenção do CBC-NANO é dar ao Brasil condições de
realmente estabelecer uma cooperação de longo prazo em nanotecnologia com a
China, a exemplo do que vendo sendo o programa Satélite Sino-Brasileiro de
Recursos Terrestres (CBERS, na sigla em inglês), iniciado há 25 anos e tem
excelentes resultados”, avalia o coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Flávio Plentz.
Organizado pelo MCTI em parceria com o Laboratório
Nacional de Nanotecnologia (LNNANO/CNPEM), o evento inicia uma série de
encontros que deve alternar de país a cada ano.
Nesta primeira edição, os debates abordam os temas
apoiados pela chamada pública lançada em novembro de 2013, cujos projetos
binacionais devem ser escolhidos no próprio evento. A partir das discussões, um
novo edital pode ser proposto.
A chamada pública vigente contempla R$ 3 milhões de cada
país e, pelo lado brasileiro, destina-se a projetos das unidades estratégicas e
associadas do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SISNANO) e
dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) com atuação na área.
Fonte: Agência Espacial Brasileira
(AEB)
Comentário: Na realidade eu não diria
que o Programa CBERS foi um sucesso, mas isto também não quer dizer que tenha
sido um fracasso. Afinal este programa permitiu o Brasil desenvolver várias
tecnologias espaciais que ainda não dominava. Entretanto vale lembrar que
depois de 27 anos de programa, quatro satélites fabricados e três deles
lançados ao espaço e um perdido recentemente na falha do foguete chinês, a
verdade é que o Brasil ainda não tem o conhecimento tecnológico para construir
um satélite como esse integralmente, o que é frustrante. Quanto à notícia acima
leitor, a mesma teria um peso bem maior se tivéssemos a certeza de que está
iniciativa será conduzida com o comprometimento e a seriedade necessária, coisa que temos certeza não acontecerá. Afinal a Nanotecnologia é uma área da ciência bastante promissora para sociedade
humana, especialmente para tecnologias espaciais. Na verdade se houvesse
seriedade e comprometimento as oportunidades de parceria com os chineses na
área espacial poderia, por exemplo, envolver formação de profissionais, missões
espaciais conjuntas de foguetes de sondagem e missões tripuladas a estação
espacial chinesa relacionadas com o Programa Microgravidade da AEB, missões
científicas conjuntas de sondas espaciais na órbita terrestre, lunar e em espaço
profundo, missões de satélites diversas, desenvolvimento de tecnologias
associadas a foguetes e veículos lançadores, especialmente na área de propulsão
espacial e suas variações, entre outras oportunidades que ajudariam e muito o
desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. Mas enfim, com DILMAS, LULAS, CARDOSOS,
ITAMÁS e COLLORS da vida na condução do futuro de nossa nação, isto infelizmente
jamais acontecerá. E tenha certeza leitor, vem mais assombração por ai, pois a
fabrica se renova a cada ano.
Eu também não classifico o programa CBERS como sucesso ou fracasso. Eu o considero um exemplo de como e porque as coisas são como são por aqui. Para quem conhece o termo, seria a tal de "vergonha alheia".
ResponderExcluirOs chineses de forma muito pragmática utilizaram esse projeto para obter conhecimento em áreas onde eles não tinham e foram adiante. O fato é que hoje em dia, os chineses possuem satélites de monitoração ambiental de duas ou três gerações mais adiantadas do que essa do CBERS, que é a primeira. E de fato, nessa situação, um satélite CBERS é uma peça de museu, e assim deveria ser tratada. Em termos de custo benefício, seria muito melhor para os contribuintes brasileiros, comprar uma satélite completo e muito mais moderno dos chineses do que continuar investindo numa plataforma que eles já abandonaram a um bom tempo.
Então, acho que a história vai se repetir. Eles executam esses convênios, obtêm as informações que necessitam, continuam suas pesquisas de forma independente, investem maciçamente em pesquisa e desenvolvimento e muito em breve se tornam autossuficientes e seguem adiante, enquanto nós...