CLA Lançou Hoje Com Sucesso Foguete FTB

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota publicada hoje (12/03) no site da “Força Aérea Brasileira (FAB)” destacando que o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) lançou hoje com sucesso o Foguete de Treinamento Básico (FTB) da "Operação Falcão I/2014".

Duda Falcão

Espaço

Centro de Lançamento de Alcântara Lança
Primeiro Foguete de Treinamento do Ano

12/03/2014 - 16:40h

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realizou na tarde desta quarta-feira (12/3) o lançamento de um Foguete de Treinamento Básico (FTB), que faz parte das atividades da Operação Falcão I/2014. Esse foi o primeiro lançamento do ano na unidade localizada no Maranhão. O objetivo da operação é manter a operacionalidade das equipes do Centro e testar todos os meios (antenas, radares, servidores, sistemas, softwares) que operam nos voos dos veículos lançados a partir de Alcântara. Além disso, são coletos dados para a certificação e qualificação do veículo junto ao Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), órgão responsável pela observação e normatização de parâmetros técnicos dos veículos espaciais lançados no país, subordinado ao Comando da Aeronáutica.

Durante o voo iniciado às 13 horas (horário de Brasília), o veículo seguiu a trajetória prevista do disparo até sua queda no Oceano Atlântico. Ao todo, o voo durou  2 minutos e 46 segundos e o veículo percorreu 15,76 quilômetros em linha reta até o impacto na área prevista. O FTB alcançou 32,04 quilômetros de altitude máxima (apogeu) em 77 segundos de voo.

A Operação Falcão I/2014 é realizada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e pela Agência Espacial Brasileira por meio do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). A atividade contou com o apoio da Marinha do Brasil, do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR).

Em entrevista à Radio Força Aérea FM, o Chefe da Divisão de Operações do CLA, Tenente-Coronel Sidney Miguel Lima, fala sobre a importância desse lançamento, a previsão para os próximos e a preparação para a operação com o Veículo Lançador de Satélites (VLS). Ouça abaixo a entrevista.

Entrevista com o Chefe da Divisão de Operações do CLA

http://www.fab.mil.br/cabine/audios/cca8ece759.mp3


Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB) - http://www.fab.mil.br/

Comentário: Caro leitor o fato do Ten. Coronel Sidney Miguel Lima não citar na entrevista a "Operação Raposa" entre as operações previstas para 2014 é extremamente preocupante e um mau sinal. Tá feia a coisa.

Comentários

  1. preocupante porque demonstra total desconhecimento do oficial...
    a entrevista como um todo é sofrível

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    1. Olá Anônimo!

      Não sei quem você é, mas sinceramente espero que esteja certo com relação ao desconhecimento do Ten. Coronel Sidney Miguel Lima.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Se eu entendi bem, ele falou especificamente de lançamentos de treinamento. De modo que as operações "reais" não estão descartadas. Apenas não foram o tema da entrevista.

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    1. Olá Oséias!

      Pode ser que sim amigo, mas neste caso ele deveria ter sido mais específico, já que a pergunta da repórter foi bem específica.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. Acho que ele encaixou por la a possibilidade de lancamento do VSB-30, visto que ele falou qualquer coisa como: "[esses foguetes de treinamentos sao preparativos]... para quando o VLS vier, ou um foguete maior como o VS-30 ou o VS-30 a gente esteja preparado."

    Esperemos que o lancamento do VS-30/L5 relativo a Operacao Raposa se de em breve, e que por tras dessas palavras meio confusas esteja o ideal de realizar esse lancamento.

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    1. Olá Israel!

      Também espero amigo, também espero. O Brasil precisa realizar urgentemente algo de concreto no espaço além de vender fantasias.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  4. Bom, então começou a temporada do único tipo de lançamento regular que fazem por essas bandas a décadas, ou seja foguetes de treinamento.

    Já cansei de falar. Acho um tremendo desperdício lançarem esses foguetes sem nenhuma carga útil. Seria o caso de promover pesquisas usando esses foguetes como pequenos foguetes de sondagem com experimentos desenvolvidos por universidades e escolas técnicas.

    Até mesmo para o fim a que se destinam, TREINAMENTO, seria interessante, pois incluiria toda a logística de administrar uma carga útil como parte do treinamento.

    Mas parece que vamos continuar assistindo esses lançamentos dos FTBs e FTIs indefinidamente. E por falar nisso, cadê o Foguete de Treinamento Avançado (FTA)? Caiu no esquecimento? Não há interesse?

    Tudo isso só demonstra o total conformismo das partes envolvidas. Lamentável.

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    1. Concordo contigo no que diz respeito ao fato de nao ser transportado nenhum experimento cientifico. Mas tambem pergunto-me se algum tipo de experimento em ambientes de microgravidade pode ser realizado quando se chega a altura maxima de 64km de altura. Nao sei se existe algum estudo ou artigo sobre o fato mas com tanta demanda para fazer experiementos cientificos nesse tipo de ambiente pergunto-me se nao consideram ainda a hipotese de levarem carga util. Outra hipotese pode estar ligado ao fato desses tipos de foguetes ainda esterem a espera da certificacao final para poderem transportar experimentos. Poderia incluir ate um terceiro hipotese de isso ainda nao poder acontecer (apesar de ficar tudo no achismo, por falta de informacoes), o fato da capacidade serem somente 5kg. Nao sei se a capsula de transporte ja se inclui no peso e nem sei se existe algum tipo de "cabeca de experiementos" onde seja possivel transportar as pesquisas. Sera que a tecnologia empregue no PMM poderia ser aplicada (em pequena escala) neste tipo de foguetes?

      Eh muita pergunta, mas creio que tem alguma relevancia. Recomendo ao Duda, se nao tiver informacoes sobre a capacidade desse tipo de foguetes de treinamento, se podera fazer uma entrevista para esclarecer os leitores do blog o que pode ser realizado atraves desses foguetes de treinamento. Sabemos que ajudam os tecnicos a "simularem" lancamentos de maior importancia, mas qual seria o potencial cientifico dos foguetes de treinamento em si, alem desse de preparao da equipe e tudo isso que ja ouvimos.

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    2. Israel, experimentos em ambiente de micro gravidade, não são possíveis com esse tipo de foguete. No entanto, vários outros tipos são possíveis, utilizando-os como foguetes de sondagem.

      Exemplo disso foi o foguete Nike-smoke, que era usado para ajudar na avaliação das condições de ventos em grandes altitudes antes de cada lançamento do projeto Apollo, com um apogeu de apenas 25 km. Isso é só um exemplo. Claro que nos dias de hoje com a tecnologia muito mais evoluída imagine o que não se poderia obter de dados levando por exemplo um desses telefones celulares super modernos. E até o desenvolvimento de uma mini plataforma recuperável por paraquedas. As possibilidades são infinitas. Só falta alguém de dentro do processo se interessar e tomar a iniciativa.

      É evidentemente muito triste constatar que os únicos lançamentos regulares que o Brasil faz hoje em dia são esses foguetes de treinamento. E pior ainda é saber que mesmo esses, são sub utilizados.

      Lamentável.

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