NASA Testa Motor Nuclear Que Pode Ser Usado em Viagens a Lua e Marte
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (27/09) no site
da “Revista VEJA” destacando que a NASA está testando motor nuclear que pode
ser usado em viagens a Lua e Marte.
Duda Falcão
TECNOLOGIA
NASA Testa Motor Nuclear Que Pode Ser Usado em Viagens a
Lua e Marte
"Esquecida" na década de 1960, a propulsão
nuclear para foguetes espaciais voltou para a listas de ideias que podem ser
aplicadas em futuros lançamentos
Por André Lopes
Revista Veja
Publicado em 27 de set de 2019, 18h02
Em 1950, os cientistas da NASA estavam sob pressão
da corrida tecnológica impulsionada pela Guerra Fria e buscavam, das formas
mais criativas, soluções para criar uma espaçonave capaz de levar o homem até a
Lua e, por consequência, vencer a disputa espacial. Aproveitando-se do recente
domínio da energia nuclear e da sua popularidade como solução energética, o
projeto Orion, da NASA, tinha como objetivo usar pequenas bombas nucleares para
impulsionar um módulo espacial para fora da atmosfera.
Como é de se imaginar, a ideia foi um completo desastre.
Os astronautas ficariam de costas para explosões nucleares e ainda voariam em
um foguete carregado de material radioativo. Junto disso, decolar uma nave do
tipo deixava um rastro de radiação que tornava a tecnologia um problema maior
do que a solução que propunha. E, como em muitos projetos da NASA, os motores
de foguetes nucleares logo caíram em desuso, e foi fechado o escritório
encarregado de desenvolver a iniciativa.
Mas, aparentemente, a energia nuclear para foguetes,
esquecida na metade do século passado, voltou à moda. Desta vez, os engenheiros
da Nasa querem criar algo enganosamente mais simples: um motor de foguete
alimentado por fissão nuclear. O objetivo do aparato é de ser usado em viagens
para Lua e Marte. Em testes feitos no Alabama, nos EUA, durante esta semana, o
protótipo se mostrou duas vezes mais eficiente do que os motores químicos que
atualmente acionam foguetes.
Contudo, apesar de sua simplicidade conceitual, os
reatores de fissão em pequena escala são difíceis de construir e arriscados
para operar porque sempre irão produzir resíduos tóxicos. Por isso, um motor
nuclear não lançaria um foguete em órbita. Em caso de uma explosão na plataforma
de lançamento, o desastre ainda chegaria à escala do de Chernobil.
Em vez disso, a atualização da ideia é de que um foguete
comum de propulsão química deva levar uma espaçonave movida a energia nuclear
para a órbita, que só então acionaria seu reator nuclear. Assim, livrando o
planeta da radiação que emitiriam. A enorme quantidade de energia produzida por
esses reatores também poderia ser usada, em um futuro ainda distante, para
sustentar postos avançados em outros planetas, e reduzir pela metade o tempo
hoje estimado de viagem para Marte.
Fonte: Site da Revista VEJA - 27/09/2019
Comentário: Bom, bom, muito bom mesmo, e em resposta à frase
da matéria sobre ser difícil concretizar o objetivo de construir naves espaciais
propulsadas por motores nucleares, eu diria que se a vida fosse fácil o ser
humano não nasceria tomando palmadas na bunda, portanto vamos à luta. De minha
parte sempre achei que a Propulsão Nuclear é a solução para que possamos viajar
dentro do nosso Sistema Solar com mais rapidez e eficiência. Vale lembrar que o
Brasil já trabalha há mais de uma década sob a coordenação do Dr. Lamartine Nogueira Frutuoso Guimarães (reveja aqui uma entrevista de abril 2013 feita pelo Blog com esse pesquisador) em um
projeto de Propulsão Nuclear denominado de “Projeto Terra” do Instituto de
Estudo Avançados (IEAv), projeto este que me parece ter avançado bastante nos
últimos anos durante a curta gestão do Cel. Av. Lester de Abreu Faria (diretor
do IEAv) e que espero teremos a oportunidade de conferir de perto nesta visita
de novembro já confirmada. Avante Projeto Terra. Gostaríamos de agradecer ao nosso leitor Bernardino Silva pelo envio dessa notícia.
....A propulsão nuclear, seja de que modalidade for, é a solução definitiva para as viagens espaciais de longo alcance. Um motor nuclear encurtaria o tempo de viagem para Marte, por exemplo, para três meses. Os americanos perseguem isso desde o seu Projeto NERVA no final dos anos 50. Mas, no meados da década de 70, quando o sistema parecia estar quase em condições operacionais, o Projeto Apolo se sobrepôs, e todos os recursos da NASA foram canalizados para ele, enterrando de vez o sonho de propulsão nuclear para naves espaciais...
ResponderExcluir