Missões em Marte, Superfoguetes e Mais do Que Ciência Espacial Prepara Para 2018
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria postada ontem
(07/01) no “Portal TERRA” tendo como destaque a agenda espacial para 2018 de diversos
países do mundo.
Duda Falcão
ESPAÇO
Missões em Marte, Superfoguetes e Mais do
Que Ciência Espacial Prepara Para 2018
Antes restrita a poucas potências, a exploração do espaço
é cada vez
mais internacional - diferentes países preparam missões
para este ano.
BBC BRASIL.com
7 jan 2018 - 07h05
Atualizado às 08h58
Dos próximos capítulos da exploração comercial do espaço
ao desenvolvimento de carros equipados com motores de foguete, 2018 promete ser
um ano movimentado para a ciência espacial.
Fotos: BBCBrasil.com
Expectativa é que a sonda espacial japonesa Hayabusa-2
tenha um
desempenho melhor que sua antecessora | Imagem: Akihiro Ikeshita/Jaxa.
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A BBC selecionou algumas das novidades preparadas pelo
setor para este ano, que incluem o envio de novas missões a Marte e a Mercúrio,
a exploração de asteroides e o início da construção dos superfoguetes do
empresário Elon Musk.
Mundo em Movimento
Antes restrita a poucas potências, a exploração do espaço
é cada vez mais internacional - e diferentes países preparam missões para este
ano. A primeira delas, prevista para março, será a Chandrayaan 2, a nova etapa
do inovador projeto de exploração lunar que a Índia iniciou em 2008.
Enquanto a tecnologia da Chandrayaan 1 permitia apenas
que a sonda orbitasse em volta do satélite, a Chandrayaan 2 será capaz de
aterrissar e se locomover sobre a superfície da Lua.
O lançamento, a partir do centro espacial de Satish
Dhawan, em Andhra Pradesh, no sul do país, será feito com a ajuda do veículo de
lançamento de satélite geosíncrono (GSLV, na sigla em inglês), desenvolvido
pela agência espacial indiana, a ISRO.
Já a NASA, agência espacial americana, planeja ir
novamente a Marte em maio, com a missão InSight. Desta vez, os americanos
querem investigar o que há abaixo da superfície do Planeta Vermelho.
Na tentativa de reunir evidências que esclareçam como o
astro foi formado, a sonda InSight será equipada com um sismógrafo - para medir
os "Marsquakes", expressão em inglês para "terremotos de
Marte" - e um sensor de calor.
A missão InSight, da NASA, vai monitorar os 'Marsquakes',
que seriam os 'terremotos de Marte' | Foto: iStock.
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Em julho, a sonda Hayabusa-2 deve chegar a seu destino, o
asteroide 162173 Ryugu - um passo importante no esforço da JAXA, agência espacial
japonesa, de coletar material desses corpos rochosos e trazer para a Terra.
Sua antecessora, a Hayabusa, aterrissou no asteroide
Itokawa em 2005. Após enfrentar alguns percalços - por uma série de falhas,
chegou-se a questionar se a sonda conseguiria fazer o caminho de volta -, a
missão retornou com uma quantidade pequena de amostras de material para análise
de cientistas.
Os engenheiros da JAXA fizeram uma série de melhorias na
Hayabusa-2. A sonda fará pequenas aterrissagens no Ryugu, retirando uma quantidade
maior de material da superfície que sua antecessora.
Mas o Japão não será o único país a visitar um asteroide
neste ano. Lançado em 2016, o veículo espacial Osiris-Rex, da NASA, deve chegar
em agosto a 101955 Bennu, para também coletar amostras.
A agenda movimentada das missões espaciais também inclui
uma empreitada conjunta da Europa e do Japão para explorar o planeta mais
próximo do Sol: Mercúrio. Batizada de BepiColombo, a missão tem como objetivo
ampliar e aprofundar o conhecimento sobre o planeta adquirido pela Messenger,
sonda espacial não-tripulada da NASA.
A BepiColombo lançará dois veículos espaciais reunidos em
uma mesma estrutura, para realizar um mapeamento detalhado e investigar o campo
magnético do planeta. Com isso, os cientistas esperam ajudar a esclarecer
questões-chave, como por que Mercúrio possui quantidade elevada de ferro em seu
núcleo e uma camada fina de rochas de silicato na superfície.
Exploração Comercial do Espaço
Elon Musk publicou em dezembro fotos da
construção do
Falcon Heavy | Foto: SpaceX.
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Este também será o ano em que a empresa aeroespacial do
empresário Elon Musk, a SpaceX, lançará um dos foguetes mais potentes já
construídos: o Falcon Heavy.
Em dezembro, Musk provocou seus seguidores no Twitter com
fotos dos bastidores da montagem da estrutura no centro espacial John F.
Kennedy, na Flórida, nos Estados Unidos. Seu sistema de propulsão conta com
dois veículos Falcon 9, que estarão em volta da estrutura central do
superfoguete.
O gigante de 70 metros conseguirá enviar 54 toneladas
métricas de carga ao espaço - o dobro da capacidade do foguete mais potente
hoje em atividade, o Delta IV Heavy.
Além disso, abrirá espaço para que a SpaceX avance no
campo de lançamento de satélites e chegue mais perto da meta de ser a primeira
empresa privada a enviar astronautas à órbita da Terra.
A companhia, contudo, não está sozinha nessa corrida. Empresas
como a Boeing também têm projetos para enviar naves tripuladas à Estação
Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e, assim como a SpaceX, contam
com apoio do governo americano.
Desde 2011, quando a NASA aposentou seus ônibus
espaciais, os Estados Unidos dependem da nave russa Soyuz, que faz viagens
periódicas à estação, para chegar à ISS - fato que tem feito muitos
profissionais do setor no país torcerem o nariz.
A Boeing trabalha para que a cápsula espacial Starliner
possa transportar
astronautas à Estação Espacial Internacional | Foto: Boeing.
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A Boeing e a SpaceX têm planos para testar seus
respectivos sistemas de lançamento nos próximos anos - primeiramente com
veículos não-tripulados e, na sequência, com astronautas.
Como a segunda etapa implica submeter um grupo de
americanos a tecnologias completamente novas em pleno espaço sideral, nenhuma
das empresas está disposta a arriscar demais - então é possível que haja
atrasos no cronograma.
Mas, uma vez que os testes sejam bem-sucedidos, os dois
sistemas poderão ser certificados pela agência espacial americana. E, partir
daí, a SpaceX e a Boeing poderão começar a fechar contratos para transportar
astronautas à agência espacial.
A NASA também trabalha em seu próprio sistema de
lançamento - a tão esperada cápsula Orion e o foguete SLS, que serão usados
para enviar seres humanos além da órbita da Terra. Se tudo correr como
planejado, a Orion poderia ser lançada em um teste não-tripulado em 2019 - e
com astronautas, em 2021.
Velocidade Máxima
Equipado com o motor de um caça, o Bloodhound quer
quebrar
a barreira das 1.000 milhas por hora | Foto: EPA.
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E não é só a ciência espacial que deve apresentar suas
supermáquinas neste ano. Após vários atrasos, o carro supersônico britânico
Bloodhound deve chegar mais perto de quebrar o recorde de velocidade de um
veículo em terra. A meta é atingir 1.000 milhas por hora (aproximadamente 1.600
km/h).
Com um foguete acoplado ao motor de um caça do tipo
Eurofighter-Typhoon, o carro já desfilou em 2017 pela pista do aeroporto de
Newquay, na Cornualha, sudoeste da Inglaterra, em um teste de "baixa
velocidade" - a meras 200 milhas por hora (320km/h).
Em outubro, o Bloodhound viaja para a África do Sul, com
o objetivo de tentar ultrapassar o limite de 500 milhas por hora (800km/h), em
meio às salinas de Hakskeen, no deserto do Kalahari.
A marca ainda é inferior ao atual recorde, de 763 milhas
por hora (1.228 km/h), mas será importante para que os engenheiros envolvidos
no projeto coletem as informações que permitirão ao veículo atingir velocidades
ainda mais altas em 2019 e 2020.
Fonte: Portal Terra - 07/01/2018 - http://noticias.terra.com.br
Comentário: Pois é leitor, enquanto o Brasil brinca de fazer Programa Espacial e seu governo planeja entregar o pouco que ainda resta as nações estrangeiras, o mundo não perde tempo e investe pesado na conquista espacial. Como disse recentemente em comentário feito na página do Blog no Facebook ao grande educador e um dos responsáveis pelo crescimento do Foguetemodelismo no Brasil e atualmente presidente da "Brazilian Association of Rocketry (BAR)", o Prof. Carlos Henrique Marchi, para mim é o fim deste sonho dos pioneiros, e só resta uma saída, e ela passa por uma mobilização de toda
comunidade espacial e acadêmica do país cobrando ações positivas, efetivas e
realmente mobilizadoras do governo, mesmo que para isso tenham de acampar em
frente do Palácio do Governo e do Congresso. A situação é gravíssima e nesse
momento estamos perdendo feio para esses corruptos POPULISTAS DE MERDA e muito por conta da
inércia da Comunidade Científica. Se assim não for feito, estaremos ferrados, e a história registrará a inercia da Comunidade Científica do país nesta questão.
Duda vc tem toda razão que somente uma mobilização séria da comunidade espacial - que existe de fato - poderá mudar a situação do PEB. Não está em curso nenhum programa espacial. Há algumas iniciativas, na maioria desconexas, que são tratadas com o mesmo descaso e incompetência.
ResponderExcluirEssa mobilização não deve contar com nenhum dos atuais participantes oficiais do PEB pois são todos coniventes. Muitos reconhecem os problemas mas prezam mais seus cargos.
Assim como nosso próprio congresso, o PEB precisa de renovação completa.
Olá Sr. Heisenberg!
ExcluirVeja bem, estamos falando a mesma língua por termos a mesma visão. Entretanto é preciso lembrar que Programa Espacial é uma questão de estado e portanto não há como deixar o governo e o Congresso fora disso. A Comunidade Espacial sim, precisa se organizar e sair de seu silencio e conforto e partir para ação cobrando mudanças, não com cartas de desagravo que não leva a lugar algum junto a esses POPULISTAS DE MERDA, mas pressionando tanto o Governo como o Congresso para que eles façam a parte deles, se necessário for, como disse no meu comentário anterior, acampando na frente do Palácio do Governo e do Congresso. Atividades espacias privadas só se desenvolvem quando há um universo propicio para que isto aconteça, como nos EUA, onde existem vários Elon Musk da vida, mas que sem este universo, jamais eles teria surgido. Volto a insistir, a história registrará a inercia da Comunidade Espacial e Científica Brasileira nesta questão.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)