Veículo Permite Pesquisa em Ambiente Sem Gravidade
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicada dia (25/09) no site Jornal
Valor Econômico e postada no mesmo dia no site da “Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP)” dando destaque as atividades espaciais brasileira com
foguetes de sondagem.
Duda Falcão
Notícias
Veículo Permite Pesquisa
em Ambiente Sem Gravidade
Por Virgínia
Silveira
De São José dos
Campos (SP)
Valor Econômico
25/09/2014 – 05h00
A conquista mais
recente do programa brasileiro de foguetes aconteceu no dia 1º de setembro, com
o lançamento bem-sucedido do VS-30 V13, que testou o motor L-5, primeiro no
mundo movido a oxigênio líquido e etanol. A principal diferença entre o VSB-30
e o VS-30 é que o primeiro tem dois motores e o segundo apenas um.
A indústria
brasileira desempenhou um papel relevante no lançamento do VS-30, movido a
etanol. A Orbital Engenharia, de São José dos Campos, desenvolveu o sistema de
alimentação do motor e também a parte eletrônica que aciona esse sistema.
O projeto,
segundo o presidente da Orbital, Célio Vaz, foi viabilizado com recursos de subvenção
econômica aprovados pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), no valor de R$ 2 milhões.
O VS30 já
realizou 11 missões de lançamento com sucesso, sendo 4 no exterior e 7 no
Brasil. Em 2012 colocou no espaço o experimento europeu Hifire 3 (Hypersonic
International Flight Research Experimentation Program), liderado pela NASA
(agência espacial americana) e a Organização Australiana de Defesa, Ciência e
Tecnologia.
No manual da
agência espacial europeia (ESA) para missões em ambiente de microgravidade, há
referência ao uso de foguetes brasileiros nos principais projetos da agência.
Já o VSB-30,
primeiro equipamento espacial brasileiro a ser certificado, foi incluído no
site da agência espacial sueca como um dos produtos de referência no mercado
internacional de lançadores de pequeno porte. Voa até uma altitude de 260 km e
tem capacidade para transportar cargas úteis ou experimentos científicos de até
400 quilos, podendo permanecer por cerca de seis minutos e meio em ambiente de
microgravidade.
Seu
desenvolvimento teve início em 2001 e absorveu investimentos da ordem de R$ 5
milhões - 40% desse valor foi assumido pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na
sigla em alemão).
Os foguetes de
sondagem têm sido utilizados pelos europeus desde 1976 em missões de pesquisa atmosférica,
lançamento de cargas científicas e tecnológicas em ambiente de microgravidade.
A ausência de gravidade é ideal para vários tipos de pesquisa, como testar
novos materiais, estudar semicondutores e para conhecer melhor a estrutura de
proteínas usadas na criação de remédios.
Ao contrário do
que ocorre hoje, segundo o vice-diretor do IAE, coronel Avandelino Santana
Junior, o maior mercado para os foguetes de sondagem deveria ser o nacional,
mas para isso é necessário haver mais incentivo à pesquisa científica e
tecnológica no país.
"No Brasil,
o grande problema para esse tipo de projeto é a falta de visão estratégica de
longo prazo. Se quisermos ter um programa espacial completo, com satélites e
lançadores, tem que haver uma decisão política e investimentos por parte do
governo", disse um representante da indústria aeroespacial brasileira.
Fonte: Jornal Valor Econômico via Site da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)
Comentário: Bom, apesar da matéria da bela jornalista Virgínia Silveira ser um pouco antiga,
a mesma não havia ainda sido postada aqui no BLOG e traz alguns números muito
interessantes. Se não vejamos: R$ 2
milhões foi o custo do desenvolvimento do EPL da Missão do motor L5? R$ 5
milhões foi o custo de desenvolvimento do foguete de sondagem VSB-30 tendo o
DLR alemão assumido com 40% deste custo? Bom leitor, se esses números estão corretos quanto
será que custou aos cofres do governo o Estádio Nacional de Brasília entre tantos outros que foram construídos com dinheiro público para Copa do Mundo? Quanto será
que custará o porto que o Governo Dilma esta construído em Cuba? Quanto será
que está custando ao país o “Ciência com Turismo” idealizado por este governo? Quanto
será que custará o rombo da Petrobrás para o país? Enfim... eu creio que só você mesmo
leitor poderá responder a estas questões dia 26/10 nas urnas e espero fazendo a escolha certa.
Uma pergunta que não quer calar: se o veículo é tão bom e tem clientes, porque ele ainda é produzido no IAE e não na Indústria ? Será que os funcionários do IAE não querem que isso aconteça por algum motivo indeclarável ? ou será que o custo é proibitivo, pois nunca se contabiliza os salários dos funcionários públicos ? Quando a indústria tem que produzir por conta própria, além dos salários incidem os impostos (> 100%) . Já não existe legislação própria para esse tipo de transferência de tecnologia ?
ResponderExcluirMuitas perguntas, nenhuma resposta...