INPE e CAST Preparam Satélite Sino-Brasileiro CBERS-4 Para Lançamento em Dezembro
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada hoje (10/10) no site do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando que o instituto e a CAST
chinesa preparam o Satélite Sino-Brasileiro CBERS-4 para
lançamento em Dezembro.
Duda Falcão
INPE e CAST Preparam Satélite Sino-Brasileiro
CBERS-4 Para Lançamento em Dezembro
Sexta-feira, 10 de Outubro de 2014
A revisão final do CBERS-4 nas instalações da Academia Chinesa de
Tecnologia Espacial (CAST), em Beijing, no mês passado, comprovou que o
satélite sino-brasileiro cumpriu com sucesso todas as fases de sua montagem,
integração e testes, realizadas em conjunto por equipes de ambos os países. O
CBERS-4 tem lançamento previsto para o dia 7 de dezembro, a partir da base de
Taiyuan, na China.
No Brasil, o desenvolvimento do Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite)
cabe ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O lançamento do CBERS-4, inicialmente programado para dezembro de 2015,
foi antecipado em um ano devido à falha ocorrida com o foguete chinês, no final
de 2013, que causou a perda do CBERS-3.
A antecipação significou um desafio a mais para as equipes do Brasil e
da China, que demonstraram ampla competência na preparação do CBERS-4 em
conformidade com as rígidas especificações técnicas de um projeto espacial
desse porte.
As atividades iniciaram em janeiro com o envio para a China da
estrutura de carga útil do satélite, que antes estava no Laboratório de
Integração e Testes (LIT) do INPE, em São José dos Campos (SP).
Além dos processos de montagem e integração, a impossibilidade de
conserto em órbita tornam imprescindíveis os rigorosos testes para simular em
Terra todas as condições que o satélite irá enfrentar desde o seu lançamento
até o fim de sua vida útil no espaço.
"Está programada para o dia 17 de outubro a saída do CBERS-4 do
Centro Espacial de Beijing em direção ao TSLC (Base de Lançamento de Satélites
de Taiyuan). Todas as atividades para o lançamento do satélite em dezembro vêm
sendo cumpridas com êxito”, informa Antonio Carlos de Oliveira Pereira Jr.,
engenheiro do INPE que coordena o Segmento Espacial do Programa CBERS.
Programa CBERS
O CBERS-4 é o quinto satélite do Programa CBERS, exemplo bem-sucedido
de cooperação em matéria de alta tecnologia e um dos pilares da parceria
estratégica entre o Brasil e a China.
Já foram lançados com sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e
CBERS-2B (2007). Uma falha no lançador chinês impediu a colocação em órbita do
CBERS-3, em dezembro de 2013.
O sucesso dos satélites CBERS, que conquistaram milhares de usuários de
seus dados e imagens, fez Brasil e China apostarem na continuidade da parceria.
Atualmente equipes de ambos os países trabalham na proposta de mais um
satélite, o CBERS-4A, para lançamento daqui a três anos. Também já se estuda o
desenvolvimento dos CBERS-5 e 6.
Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa ferramenta para
monitorar o território de países de extensão continental, como o Brasil e a
China. As imagens obtidas a partir dos satélites da série CBERS permitem uma
vasta gama de aplicações – desde mapas de queimadas e monitoramento do
desflorestamento da Amazônia, da expansão agrícola, até estudos na área de
desenvolvimento urbano.
Graças à política de acesso livre às imagens, uma iniciativa pioneira
do INPE, as imagens do CBERS são distribuídas gratuitamente a qualquer usuário
pela internet.
O INPE distribui cerca de 700 imagens por dia para centenas de
instituições (mais de 70.000 usuários) ligadas a meio ambiente, uma
contribuição efetiva ao desejado cenário de responsabilidade ambiental.
O CBERS também é importante indutor da inovação no parque
industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios
do programa espacial. A política industrial adotada pelo INPE permite a
qualificação de fornecedores e contratação de serviços, partes, equipamentos e
subsistemas junto a empresas nacionais. Assim, além de exemplo de cooperação
binacional em alta tecnologia, o CBERS se traduz na criação de empregos especializados
e crescimento econômico.
Mais informações: www.cbers.inpe.br
CBERS-4 preparado para teste
no centro chinês.
|
CBERS-4 no interior da câmara
acústica reverberante.
|
Teste do gerador solar.
|
CBERS-4 durante atividade de
balanceamento.
|
Testes elétricos: etapa
importante da campanha pré-lançamento.
|
Especialistas preparam
satélite para testes
de compatibilidade eletromagnética.
|
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
Que aporta Brasil?
ResponderExcluirDesculpe-me Gabriel, mas não entendi a sua pergunta.
ExcluirAbs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Qué equipo o aparato lleva Cbers de tecnología Brasileña?
ResponderExcluirHola Gabriel!
Excluir50% de los equipos de satélite fueron desarrollados en Brasil y el otro 50% se refiere a los chinos. Sin embargo algunos de los equipos chinos han contratado a empresas brasileñas.
Saludos desde Brasil
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Torcendo pra dar certo!
ResponderExcluirUma questão que precisa ser levantada, é essa política do INPE de liberar tudo de graça pra todo mundo.
ResponderExcluirConceitualmente, é claro, sou a favor, mas como contribuinte (muito pragmático), gostaria de saber, se enquanto o Brasil não é servido por seus próprios satélites de monitoração ambiental, que é o caso já a alguns anos, desde que o último CBERS parou de funcionar, Se o país recebe os dados que precisa de forma gratuita como "reciprocidade" pela boa ação.
Lembrem-se, o dinheiro que é gasto nesse nosso "programa espacial", e na aquisição desse tipo de dado (se for esse mesmo o caso), sai dos NOSSOS impostos !!!
Fazer propaganda de "bom moço" com o dinheiro dos contribuintes é fácil, e depois ainda dizem que foram eles, do alto da sua magnanimidade, vão lá pra ONU, fazem mais um discurso populista como só eles sabem fazer, e a conta sobre pra quem?
Para os idiotas dos contribuintes é claro !!!
Não seria mais correto distribuir as informações para instituições específicas dentro do país e que outros países interessados pagassem pelo serviço ???
Olá Marcos!
ExcluirExcelente questão levantada por você amigo e eu tenho a impressão de que a resposta é não, mas enfim... como disse ontem em um de meus comentários está tudo errado. Infelizmente essa é a nossa realidade e não tem qualquer perspectiva de mudança a curto e em médio prazo e talvez nem mesmo a longo prazo.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)