GLONASS Terá Nova Estação no Brasil a Partir de Agosto
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (27/06) no site da
versão em português da “Gazeta Russa” destacando que o Sistema GLONASS terá nova
estação instalada no Brasil a partir de agosto.
Duda Falcão
Ciência e Tecnologia
GLONASS Terá Nova Estação no
Brasil a Partir de Agosto
Segunda estação de ajuste de dados entrará em
funcionamento
no campus da UnB (Universidade de Brasília) bem ao lado
onde já está operando a primeira há alguns meses.
Giovanni
Lorenzon
Especial para Gazeta Russa
27/06/2013
Foto: RIA Novosti
Primeiro-ministro Dmítri Medvedev (centro), se reúne com o presidente do GLONASS, Aleksandr Gurkó (esq.), e o chefe da Rosnano, Anatóli Tchubais (dir.) |
O sistema de
localização global GLONASS, único do gênero no mundo a oferecer serviços
gratuitos na sua resolução máxima, estará mais preciso a partir de fins de
agosto com o complemento da parceria entre Rússia e Brasil.
A segunda
estação de ajuste de dados entrará em funcionamento no campus da UnB
(Universidade de Brasília) bem ao lado de onde já opera a primeira há alguns
meses.
Com as duas
estações, as únicas fora da Federação Russa, o GLONASS não deixará nada a dever
aos concorrentes mais famosos, o NAVSTAR GPS, dos Estados Unidos, e o GALILEO,
da Europa.
Como explica
o professor Ícaro dos Santos, um dos responsáveis pelas duas bases, quanto mais
um satélite possuir pontos de referência espalhados pelo globo melhor é sua
precisão e mais fácil torna-se sua correção orbital.
“No caso do
sistema russo, com a nossa participação, suas estações estão próximas da linha
do Equador, o que o torna ainda mais eficiente”, diz o engenheiro elétrico,
que, ao lado do professor Geovani Borges, coordena a parceria com a Agência
Espacial da Federação Russa (ROSCOSMOS).
O GLONASS também
afere, além de latitude e longitude, a velocidade dos ventos, a hora e,
inclusive, passará a ser mais confiável no acompanhamento de estudos de
movimentos geológicos, entre eles a movimentação das placas tectônicas.
A ponta
brasileira do programa para uso civil russo, lançado em operação em 1982 e
desde então com uma “constelação” de novos satélites adicionados ao sistema
–até ser completada sua cobertura global em 2011– está orçada em
aproximadamente em US$ 2,5 milhões, segundo as estimativas dos equipamentos
gerenciados pela equipe de Santos na UnB
A ROSCOSMOS
também arca com despesas (não divulgadas) de aluguel, energia elétrica e do
sistema de dados.
As Estações
Na primeira
Estação de Medição Unidirencional, professores e alunos de pós-graduação
recolhem os dados captados por uma antena, fazem um pré-processamento e enviam
ao centro espacial russo.
Na segunda,
a Estação Laser Óptica, que consistirá em um canhão de raio laser apontado ao GLONASS,
o controle em terra ficará responsável pela decisão de acionamento e
desligamento, sempre em monitoramento em relação ao tráfego aéreo.
“Quando
acionado, o laser rebate no GLONASS e envia os dados diretamente à Rússia, que,
se for o caso, faz a correção até em decímetros”, explica Ícaro.
A equipe do
Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da universidade comemorou a
parceria firmada com a Rússia dentro dos acordos de cooperação das ROSCOSMOS e
a Agência Espacial Brasileira visto que a participação do time de professores
vai além do controle e manutenção dos equipamentos.
Embora o
Brasil ainda engatinhe nas pesquisas aeroespaciais, a ROSCOSMOS reconhece a
capacitação técnica e os trabalhos de investigação da UnB em várias áreas, o
que “nos permite também, segundo o acordo, fazer modelos matemáticos de
calibragem e os enviar para os engenheiros responsáveis do GLONASS”.
“Além
disso”, continua Ícaro, “teremos de três a quatro alunos por semestre dos
cursos de pós-graduação tendo aulas com professores russos no Brasil e na
Rússia”.
Numa
primeira etapa, serão discentes da Engenharia Elétrica, com previsão de
incorporação posterior de alunos da Computação e da Mecatrônica.
A
transferência de conhecimento vai ajudar o Brasil a formar novos técnicos, que
poderão ser incorporados ao Programa Espacial Brasileiro, uma vez que a
parceria firmada vai até 2020.
Não há
perspectiva, porém, segundo Ícaro, de o entendimento atual ser suspenso após a
data, na medida em que a Rússia necessita da localização das estações no Brasil
e da capacitação da UnB.
“Até porque
nossos parceiros prezam o avanço da cooperação em todas as áreas”, diz Ícaro.
Fonte: Site da versão em Português da Gazeta Russa - http://gazetarussa.com.br/
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