Pesquisadores de Instituições da FAB Realizaram 'Experimento' no Maior Acelerador de Partículas do Planeta

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Créditos: Capitão Tássio Cavalcante / IEAv / Professor Doutor Maurício Pazianotto / ITA

Ontem, 06/06, o portal da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxe uma notícia curiosa sobre dois membros do Comando da Aeronáutica (COMAER): o Capitão Tássio Cavalcante, do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), e o Professor Doutor Maurício Pazianotto, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Eles realizaram experimentos no maior acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC), do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), também conhecido como Organização Europeia para a Investigação Nuclear. Os eventos ocorreram em maio deste ano.
 
Segundo a nota do portal, o experimento faz parte de uma série de testes conduzidos pelo IEAv com a colaboração do ITA. O foco foi testar detectores de radiação, que serão utilizados para medir campos de radiação cósmica incidentes em tripulações e sistemas embarcados em aeronaves.
 

Este ensaio é parte do Projeto ERISA-D (Efeitos Nocivos da Radiação Ionizante em Tripulações, Sistemas Aeroespaciais e Defesa) do IEAv. O objetivo é entender os efeitos da radiação cósmica em tripulações e sistemas que operam em grandes altitudes ou no espaço, com especial atenção para a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS). Esta região do espaço, que cobre boa parte do território brasileiro, permite uma maior penetração de partículas de radiação cósmica devido à proximidade do campo magnético terrestre com a crosta terrestre, impactando especialmente os satélites que operam nessa área.
 
“O IEAv está realizando ensaios no CERN pela terceira vez. A primeira foi em 2010, quando utilizamos esse campo para calibração de sistemas, sendo a primeira organização da América do Sul a realizar tal estudo no CERN, o que destaca nosso protagonismo nessa área de conhecimento no Brasil”, afirmou o Pesquisador Doutor Claudio Federico, idealizador do Projeto ERISA-D.
 
Essa experiência é crucial para calibrar sistemas de detecção e avaliar os riscos da radiação para os tripulantes. Também é importante para avaliar e mitigar defeitos induzidos por radiação na eletrônica de bordo, que podem comprometer uma missão devido a falhas aleatórias ou deterioração acelerada dos sistemas eletrônicos.
 
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