Brasileiros Descobrem Anel em Planeta Vizinho de Plutão
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (11/10) no “Portal
TERRA” destacando que Brasileiros descobrem anel em planeta vizinho de Plutão.
Duda Falcão
ESPAÇO
Brasileiros Descobrem Anel em
Planeta Vizinho de Plutão
Portal Terra
11 OUT2017 - 14h09
Atualizado às 14h19
Trabalhando em conjunto com uma equipe internacional, um
grupo de astrônomos brasileiros descobriu a existência de um anel, similar aos
do gigante Saturno, em um planeta anão vizinho de Plutão. A descoberta foi
publicada hoje (11) na revista científica Nature. O anel circunda Haumea, um
dos planetas anões próximos a Plutão, localizado no que os astrônomos chamam de
Cinturão de Kuiper.
Foto: Agência Brasil
O planeta anão Haumea, Plutão à direita e a
lua de
Haumea, Chariklo à esquerda.
|
Situado após a órbita de Netuno, o cinturão é composto
por objetos de gelo e rochas entre os quais se destacam quatro planetas anões:
Plutão, Eris, Makemake e Haumea. Esses objetos são difíceis de estudar porque
são pequenos, brilham pouco e, devido às enormes distâcias, são difíceis de
detectar mesmo com telescópios potentes.
A descoberta resultou de um trabalho conjunto liderado
pelo astrônomo espanhol Jose Luis Ortiz, do Instituto de Astrofi sica de
Andaluzia (IAA-CSIC), e contou com a participac a o de astrônomos e alunos
brasileiros do Observatório Nacional, ligado ao Ministério da Ciência
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), do Observatório do Valongo,
ligado a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR), filiados ao Laborato rio
Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA).
O método de observação usado pelos astrônomos consiste em
estudar as ocultacões estelares, que é quando esses objetos passam à frente de
uma estrela, como um pequeno eclipse. Com o método foi possível determinar as
principais características de Haumea, como tamanho, forma e densida, além do
anel.
A observação ocorreu em 21 de janeiro e contou com a
participação de 12 telescópios de dez observatórios europeus. "Graças a
estas observações foi possível reconstruir com grande precisão a forma e o
tamanho do planeta anão Haumea e descobrir, para nossa surpresa, que ele é
consideravelmente maior e reflete menos luz em comparação com o que
acreditávamos anteriormente. Ele é também muito menos denso do que
pensávamos, o que respondeu a questões que estavam pendentes sobre este
objeto", disse José Ortiz.
Segundo o professor do Programa de Pós-Graduação em
Física e Astronomia da UTF-PR, Felipe Braga Ribas, as pesquisas sobre o corpo
celeste vão continuar com a realização de simulações. "Os próximos
passos são continuar observando esse objeto, fazer modelos e simulações sobre
esse anel, ver como esse anel pode ou não evoluir, tentar entender do que ele é
formado e qual a influência da rotação do Haumea, que é muito elevada, para a
formação desse anel", comenta Felipe Ribas.
A pesquisa tem importância, ainda segundo o astrônomo,
por reafirmar o preparo do Brasil para a realização de pesquisas de grande
impacto na ciência mundial. "A oportunidade desta descoberta vem pelo fato
de nós estarmos realizando pesquisa de ponta. Mais do que isso, proporciona
trazer nossos alunos, nossas instituições para o destaque que esse tipo de
descoberta proporciona, porque mostra que estamos juntos aos países que estão
realizando pesquisa de alto nível", ressalta o pesquisador.
Anel
A descoberta do anel foi uma surpresa para os astrônomos.
"Ha apenas alguns anos, só conhecíamos a existência de aneis em torno dos
planetas gigantes e há muito pouco tempo, o mesmo grupo descobriu também que
dois pequenos corpos, Charklo e Chiron, situados entre Júpiter e Netuno,
pertencentes à família de objetos denominados Centauro, têm anéis densos,
o que foi uma grande surpresa. Agora descobrimos que corpos mais distantes que
os Centauros, maiores e com características muito diferentes, também podem ter
anéis", afirmou o astrofísico espanhol Pablo Santos-Sanz, coautor e membro
do IAA-CSIC.
De acordo com os dados obtidos, o anel se encontra no
plano equatorial do planeta anão, da mesma forma que seu maior sate lite
Hi'iaka, e esta em ressonância 3 por 1 em relac a o a rotac a o de Haumea - o
que significa que as parti culas geladas que compo em o anel completam uma
volta em torno do planeta enquanto este gira 3 vezes em torno do seu eixo.
"E a primeira vez que um anel e descoberto em torno
de um objeto transnetuniano o que mostra que a presençaa de anéis pode ser mais
comum do que se pensava anteriormente, tanto em nosso Sistema Solar como em
outros sistemas planetários. "Existem várias explicações possíveis
para a formação do anel. Ele pode ter se originado de uma colisão com
outro objeto, ou pela liberação de parte do material superficial devido à
rápida rotação de Haumea", disse Ortiz.
Por causa da grande distância, Haumea leva 284 anos para
dar uma volta em torno do Sol, em uma órbita elíptica. Em razão disso e de sua
velocidade de rotação - Haumea dá uma volta completa em seu próprio eixo em 3,9
horas -, muito mais rápida que qualquer outro corpo do Sistema Solar com mais
de cem quilômetros de diâmetro, o planeta anão é achatado e possui um formato
similar ao de uma bola de rugby.
Os dados coletados mostraram ainda que Haume mede 2.320
quilômetros no seu maior lado, quase igual ao diâmetro de Plutão, mas que, ao
contrário do que ocorre com o planeta vizinho, na o possui uma atmosfera
global. Plutão teve sua categoria rebaixada em 2006 de planeta, para planeta
anão, ao lado de Ceres, Érisa, Makemake e Haumea.
OBS: Vejam abaixo a matéria exibida dia 11/10 pelo Jornal da Rede RPC do Paraná sobre esta descoberta.
OBS: Vejam abaixo a matéria exibida dia 11/10 pelo Jornal da Rede RPC do Paraná sobre esta descoberta.
Fonte: Portal Terra - 15/06/2017 - http://noticias.terra.com.br/
Comentário: Aproveitamos para agradecer ao leitor Jahyr Jesus Brito pelo envio da reportagem em vídeo.
Comentário: Aproveitamos para agradecer ao leitor Jahyr Jesus Brito pelo envio da reportagem em vídeo.
Comentários
Postar um comentário