Defesa e MCTIC Estudam Conselho Nacional de Espaço Para Priorizar Investimentos em Satélites
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (31/04) no site
“TELETIME” destacando que o Ministério da Defesa e o MCTIC estudam a criação do
“Conselho Nacional de Espaço” para priorizar investimentos em satélites.
Duda Falcão
SATÉLITE
Defesa e MCTIC Estudam Conselho
Nacional de Espaço Para Priorizar
Investimentos em Satélites
BRUNO DO AMARAL
Quinta-feira, 31 de agosto de 2017 , 22h52
Está em gestação no governo a criação de um Conselho
Nacional de Espaço, que passaria a gerenciar uma política espacial brasileira
com estratégia de lançamentos de veículos e satélites. A ideia foi revelada
pelo Coronel Aviador José Vagner Vital, vice-presidente executivo da Comissão
de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), nesta quinta-feira,
31, durante o Congresso Latinoamericano de Satélites. Segundo ele, o objetivo
dos Ministérios da Defesa e o de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
é de reverter a "baixa prioridade do setor espacial na sociedade
brasileira".
Segundo o Cel. Vital, trata-se de uma proposta conjunta
do MD e do MCTIC para mudar a governança em busca da maior prioridade ao setor
espacial. A coordenação seria do ministro da Casa Civil e ainda se estuda a
participação de outros ministérios. "As ideias que estão circulando no
governo até agora, pelo menos na Defesa e MCTIC, é que precisamos aumentar a
participação da indústria, por isso a busca de parcerias", declara.
Com isso, o Comando da Aeronáutica e o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe), poderiam criar um grupo executivo para a
"priorização de recursos orçamentários, consolidação do Centro Espacial de
Alcântara (CLA)" e outros projetos, como a aprovação de acordos de
salvaguardas tecnológicas (AST) com outros países.
Roadmap
A criação do Conselho Nacional de Espaço culmina na
proposta de um planejamento de trabalho da Força Aérea Brasileira que vai até
2026. A primeira etapa já foi iniciada com o lançamento do SGDC, que fará parte
da constelação de satélites geoestacionários batizada de Calidris e que engloba
prestação de serviços em bandas X e outras (SHF e EHF, também sendo considerado
UFH e banda L). A frota também deverá contar com serviços meteorológicos e
satélites de observação com sensores óticos e científicos. As demais categorias
de frotas, todas com nomes de pássaros brasileiros, são: Carponis; para
sensoriamento remoto ótico; Lessonia, para satélites radar de abertura
sintética; e Atticora, de órbita baixa para comunicação tática.
Também estão nos planos lançadores para carregar cargas
pequenas e médias ao espaço. Em cooperação com a DLR na Alemanha, o
governo brasileiro desenvolve um veículo lançador de microssatélites (VLM) de
três estágios sólidos. Inicialmente com capacidade de carga de 50 kg e capaz de
alcançar 300 km de altitude. O primeiro voo de teste está programado para 2019.
Há ainda os sites de lançamento. De acordo com o Cel.
Vital, o governo brasileiro está trabalhando para consolidar o centro de
lançamento em Alcântara (MA), incluindo uma disputa de território para liberar
uma área atualmente detida por uma comunidade quilombola. "Desde a década
de 90 temos tido problema por conta da interpretação da lei, que estamos
questionando no Congresso, e assim que for resolvida a questão, vamos poder
acrescentar mais três sítios de lançamento", declara, acrescentando que
isso abre possibilidade de várias direções de lançamento. A ideia é que em 2021
o centro já esteja disponível "para qualquer empresa" em regime de
parceria e cooperação.
Assim, o cronograma proposto fica da seguinte forma:
2017 – Lançamento do SGDC-1 (Callidris);
2019 – VLM de 50 kg e 300 km;
2021 – Lançamento do Carponis-1 (ainda a
definir se será um satélite grande ou uma constelação de nanossatélites) e do
foguete VLM de 150 kg e 300 kg;
2022 – Lançamento do SGDC-2, com bandas X, Ka
e "talvez UHF" – parte do contrato é com a CCISE, que está prestando
assessoria no preenchimento de informações na UIT e nas definições de carga
útil;
2023 – Segunda frota Carbonis e um lançador
de 150 kg, mas capaz de 700 km;
2024 – Atticora-1 deverá ser lançado;
2026 – Lançamento do Lessônia1 e do VLM de
500 kg e 700 km.
Orçamento
Logicamente, tudo isso terá um custo. Segundo o Coronel,
o roadmap atual é uma simplificação do apresentado em 2012 "por falta de
prioridade política". Assim, o que era na ordem de R$ 20 bilhões a R$ 56
bilhões há cinco anos, agora está estimado em R$ 9 bilhões a R$ 12 bilhões, com
taxa de retorno de 25%. Estes valores, explica o Cel. Vital, podem cair com a
redução do custo da tecnologia e lançamentos. "Temos muitos estudos
prontos na prateleira, mas os estudos não sobem na prioridade da sociedade
brasileira", lamenta. A expectativa é que o Conselho Nacional do Espaço
ajude a impulsionar os investimentos estatais nos projetos que envolvem o
segmento espacial.
Fonte: Site TELETIME - http://www.teletime.com.br/
Comentário: Pois é galera, tá ai a notícia e pra mim está
tudo errado. Será o fim do Programa Espacial Brasileiro idealizado pelos
pioneiros. Para um bom entendedor, as entre linhas dessa matéria demonstra que
se este plano for mesmo implementado o país trocará desenvolvimento tecnológico
por tecnologia comprada pronta. Veja os exemplos citados, o SGDC, na verdade um
satélite extremamente caro e que não acrescentou nenhum conhecimento
tecnológico para o país, além de haver forte suspeita do mesmo esta grampeado
pelo OTAN, e o VLM-1, foguete que deixou de ser brasileiro quando o país
assinou um acordo com DLR alemão transferindo a responsabilidade do desenvolvimento
dos sistemas sensíveis do foguete para os alemães, jogando literalmente no lixo
todo esforço da equipe do Projeto SIA, e vale acrescentar, uma situação tão cômoda
para os EUA como para os seus aliados da OTAN que, é difícil de acreditar que não
seja o resultado de um plano elaborado. Os menos informados podem está se
perguntando, porque a OTAN se interessaria por isso Duda? E a resposta é
simples, pois dois motivos, primeiro porque devido aos GOVERNOS POPULISTAS DE
MERDA (Maria vai com as outras dependendo da cor das notas) que militam no
Brasil e depois porque esses sistemas sensíveis são os mesmos usados em
controle de misseis, e certamente não seria nada inteligente permitir que o
Brasil controle essa tecnologia, muito menos no quintal dos EUA (se tivesse no lugar deles faria a mesma coisa). Já disse e
repito, nada no universo em que vivemos acontece por acaso e o resultado
alcançado é fruto do caminho escolhido, e neste contexto a saída do Dr. Luis Eduardo Loures da Costa tanto da
coordenação do projeto do VLM-1, bem como do Projeto SARA, como também o agora
cada vez mais suspeito acidente ocorrido com o VS-40/SARA Suborbital, pode ter
muito a haver com tudo que está acontecendo. Quanto à criação de um Conselho
Espacial? Leitor, os caras estão querendo criar mais um órgão quando deveria
estar simplificando o sistema, transformando o PEB em programa de estado. Como?
Colocando o INPE e o IAE e as Base de Lançamentos subordinados diretamente a
agencia e transferindo-a para ficar unicamente subordinada a Presidência da Republica,
como uma espécie de ministério, ou então dando um fim na AEB e fazendo uma
junção do INPE, IAE e as Bases que também ficariam subordinados diretamente e
unicamente a presidência da Republica. Entretanto leitor, seja qual for a direção
tomada, nada funcionará se não houver o comprometimento do governo. Já quanto
ao cronograma proposto, vamos falar serio, alguém realmente acredita nisso?
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