Sirius Muda Patamar Mundial da Luz Síncrotron, Afirmou o Diretor do LNLS
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada dia (22/12) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que o Projeto Sirius muda
patamar mundial da Luz Síncrotron, afirmou o diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).
Duda Falcão
NANOTECNOLOGIA - BIOTECNOLOGIA - FÁRMACOS E SAÚDE
Sirius Muda Patamar Mundial da
Luz Síncrotron, Afirma Diretor do LNLS
Antonio José Roque destaca
que, com a nova fonte do laboratório, o país passará
a sediar a quarta geração
de aceleradores de partículas, ao lado da Suécia.
Ele aponta a possibilidade
de novas frentes de pesquisa.
Por Ascom do MCTI
Publicação: 22/12/2014 | 10:05
Última modificação: 22/12/2014 | 18:22
O projeto
Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira, mudará o patamar mundial de
geração desse tipo de radiação. A avaliação é do diretor do Laboratório
Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Antonio José Roque, que aponta a
possibilidade de novas frentes de pesquisa e destaca que o país passará a
sediar a quarta geração de aceleradores de partículas, ao lado da Suécia, onde
está o Max 4.
"No Brasil,
hoje, o síncrotron é de segunda geração. Então o Sirius vai, de certa forma,
conseguir pular uma etapa e permitir que a comunidade brasileira de ciência e
tecnologia tenha um brilho nessa faixa de raios-X na ordem de bilhões de vezes
maior do que ela tem hoje, permitindo experimentos impossíveis atualmente",
explica o diretor. Ele apresentou o projeto, na quarta-feira (17), a assessores
e gestores de secretarias ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI). O contrato de construção do prédio foi assinado na sexta-feira (19), quando o ministro
Clelio Campolina Diniz anunciou a concessão de 100 bolsas para pesquisadores do
Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Pensado para as
próximas décadas, o projeto prevê expansões para até 40 linhas de luz. A
construção do prédio, das 13 linhas de luz e de todos os aceleradores está
prevista para ser concluída até 2020, mas já fornecendo radiação em luz
síncrotron em 2018, a um custo total da ordem de R$ 1,3 bilhão.
O físico
sustenta a importância de o Brasil investir na tecnologia que, sendo uma fonte
de altíssimo brilho, o equipamento permite a realização de investigação em
nível atômico e molecular de materiais orgânicos e inorgânicos e tem aplicações
em praticamente todas as áreas científicas e tecnológicas: física, química,
biologia, geologia, energia e meio ambiente. "Com ela consegue-se dizer quais
são os átomos que compõem esse material, como estão distribuídos no espaço,
como são as suas ligações e, através disso, pode-se obter informações, desenhar
e entender a função de qualquer material."
Para Roque, um
dos diferenciais do projeto tem sido a parceria com empresas brasileiras.
"A terraplanagem já está pronta e a obra está se iniciando agora neste
final de dezembro. Uma obra extremamente complexa no ponto de vista de
engenharia civil, que terá como executora a Racional Engenharia e o prazo de execução
previsto é de 40 meses", informa.
O terreno onde
as instalações serão construídas, de 250 mil metros quadrados, foi
desapropriado pelo governo do estado de São Paulo.
Histórico
O LNLS faz parte
do complexo do CNPEM,
instalado em Campinas. Aberto aos usuários em 1997, é responsável pela
operação da única fonte de luz síncrotron da América Latina.
"No início
da ideia do projeto, no começo da década de 80, o número de usuários era menos
que uma dúzia. Hoje 2 mil ou mais pessoas já o utilizaram", ressalta
Antonio José Roque. "A maior parte dos usuários é de pesquisadores das
universidades brasileiras e dos centros de pesquisa, mas também têm
pesquisadores diferentes locais do mundo, principalmente da Argentina, de Cuba
ou mesmo de países da Europa e dos Estados Unidos."
Segundo o
diretor, o avanço é resultado do apoio de instituições, como o CNPq e o MCTI,
nos últimos anos, o que possibilitou a contratação de jovens físicos
brasileiros, engenheiros e técnicos, que foram treinados durante o processo de
execução do laboratório. "Ao longo de dez anos eles conseguiram construir
o primeiro anel no que eu poderia realmente definir como uma epopeia da ciência
brasileira, que é sair do nada e conseguir construir um acelerador
complexo", observa.
"A partir
de 1997 ele começa a operar e, ao longo desses mais de 15 anos de operação,
muito aprendizado também foi feito e adquirido por essa equipe, no dia a dia,
operando e melhorando o acelerador, o que posicionou o país, com essa formação
de recursos humanos, ao longo desse tempo todo, para poder projetar e hoje
construir um acelerador que está na liderança mundial", diz.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
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