Presidente da AEB Defende Fusão com o INPE
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (14/07) no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destacando que para o presidente da AEB, Marco Antônio Raupp, a possível fusão entre a AEB e o INPE é fundamental para o novo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE).
Duda Falcão
Presidente da AEB Defende
Fusão com o INPE
14/07/2011 - 13:32
A possível fusão da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT) é considerada fundamental para o novo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O presidente da AEB, Marco Antonio Raupp, apresentou as propostas da política nesta quinta-feira (14) na 63ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que acontece no campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Goiânia.
Para Raupp, o momento atual é de refletir os caminhos do atual Programa Espacial Brasileiro (PEB). “É evidente que o sistema atual está deficitário. Não dá só pra manter o sistema que não é produtivo. Perderemos tempo ser marcarmos passo nisso”, pontuou em entrevista aos jornalistas. A proposta que está discutida irá, segundo ele, a incrementar o corpo técnico da AEB. No entanto, Raupp enfatizou que será ainda será necessário a contratação de pelo menos mil funcionários.
A fusão entre a agência e o instituto, que são vinculados ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para a criação de um novo órgão espacial está sendo discutida com outros ministérios que têm interesse no desenvolvimento de tecnologias. Segundo Marco Antonio Raupp, os ministros da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e da Defesa, Nelson Jobim, já concordaram com o novo PNAE.
“Ainda temos que falar com outros ministros para então encaminharmos um projeto de lei ao Congresso Nacional. Mas a decisão final será da presidenta [da República], Dilma Roussef”, lembrou. A previsão do presidente da AEB é que a fusão saia ainda neste ano para começar a executar recursos já em 2012.
Diretrizes
Com a proposta de um orçamento de R$ 1 bilhão por ano até 2020, o novo PNAE engloba nas metas o desenvolvimento de mais satélites que variam de 100kg a mais de duas toneladas. Sabendo da dificuldade para construir esses equipamentos, a Agência Espacial Brasileira propõe que as pesquisas sejam feitas em parcerias com países vizinhos.
“A nossa idéia é montar uma plataforma latino-americana de integração. Estamos conversando com os países vizinhos para saber se há interesses em desenvolver essas atividades em conjunto”, explica Raupp. “Precisamos de equipamentos nossos em órbita em médio prazo. Para ganhar tempo temos que agir em conjunto.”
A parceria entre Brasil e Ucrânia para a construção de um veículo lançador de foguetes também foi abordada na conferência do presidente da AEB. Citada como um exemplo de cooperação internacional, Marco Antonio Raupp garantiu que o vôo de teste do foguete será em 2013.
A AEB quer, também, incentivar as universidades a ampliarem a participação no programa espacial. Raupp lembrou que o setor crescerá e vai precisar de novas tecnologias que podem ser criadas pelas instituições de ensino e pesquisa e que precisará cada vez mais de profissionais qualificados.
Fonte: Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
Comentário: Os planos do Rauppjet apresentados nesta pequena nota são muito interessantes (deixando de lado é claro a ACS, por ser um projeto de origem política e de futuro muito duvidoso), principalmente o interesse de aumentar a colaboração com países latino-americanos, já que pode significar o inicio de um movimento em direção da criação da Agência Espacial Latino-Americana (AELA), que o blog vem defendendo há algum tempo. Vale salientar que o aumento de servidores nos quadros dos institutos do governo e nas indústrias do setor, aliado ao aumento dos recursos, se bem administrados, levarão o Brasil a saltos tecnológicos no setor espacial que só não serão maiores devido à teimosia do governo de continuar investindo nessa mal engenhada ACS. Entretanto, se esse caminho e mudança de mentalidade forem realmente seguidos pelo governo DILMA, e governos subseqüentes, os próximos 50 anos certamente trarão resultados muito maiores ao PEB que os obtidos durante o seu primeiro cinqüentenário.
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