Astrônomos Debatem na SBPC Acordo com a ESO

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (13/07) no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destacando que astrônomos brasileiros debatem na reunião da SBPC o acordo brasileiro com o ESO.

Duda Falcão

Astrônomos Debatem na SBPC
Acordo Brasileiro com o ESO

13/07/2011 - 16:48

A adesão do Brasil ao consórcio mundial do European Southern Observatory (ESO) foi tema de debate nesta quarta-feira (13) na 63ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Em dezembro do ano passado, o país foi o primeiro fora do continente europeu a conquistar o direito de usar as instalações para fazer pesquisas.

O ESO é o maior telescópio do mundo. Com as imagens captadas foram produzidos no último ano cerca de 750 artigos científicos. O professor e pesquisador em Astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) Kepler de Oliveira garantiu que a ciência brasileira terá retorno. “Das propostas apresentadas por brasileiros como pesquisadores principais 34% foram aprovados. A média do consórcio é 32%”, explicou.

Para participar do consórcio, o candidato deve se encaixar a uma série de normas estabelecidas pelo ESO e o projeto de contribuição aprovado pelo congresso do país. No primeiro ano a contribuição brasileira será de R$ 1,86 milhão. Até 2021, R$ 256,32 milhões deverão ser pagos ao ESO pela manutenção dos equipamentos e uso das instalações.

A quantia investida foi contestada pelo professor do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (IAG/USP) João Steiner. “Para o Brasil há opções mais baratas e que trarão mais retorno para a comunidade científica e indústria brasileira”, ponderou. O país, segundo Steiner, não tem tecnologia para desenvolver instrumentos de grande capacidade e o maquinário usado no ESO já está à disposição da comunidade científica.

Segundo Kepler de Oliveira, o acordo com o ESO prevê que haja o retorno de até 75% do valor para a indústria brasileira, que poderá participar do processo de montagem de equipamentos. Ele expôs, ainda, aos participantes do debate “Ciência em Ebulição: O acordo de adesão do Brasil ao ESO” os benefícios imediatos do consórcio.

Estima-se que até outubro, quando começa o segundo semestre de pesquisas nos telescópios do ESO, o Congresso Nacional deve ratificar o acordo que foi assinado em dezembro do ano passado pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Ciência e Tecnologia na época, Sergio Resende.

O ESO

O European Southern Observatory é uma organização internacional fundada em 1962 com o objetivo de promover a pesquisa astronômica no hemisfério sul. Ele é constituído como uma organização intergovernamental regida por uma convenção ratificada pelos parlamentos dos países-membros. Conta com cerca de 800 empregados e teve orçamento de € 131 milhões em 2010.

Os dois telescópios do consórcio estão instalados no Chile. Está prevista ainda a de um outro aparelho, que será o maior do mundo. O telescópio terá 42 metros de diâmetro e está orçado em US$ 500 milhões.


Fonte: Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

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