Universidade Constrói Computador de Bordo Para Nanossatélite em Parceria Com o INPE
Olá leitor!
Segue abaixo nota postada dia (23/03) no site do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), destacando que a Universidade Federal do Ceará (UFC)
desenvolveu em parceria com o instituto um computador de bordo para cubesats.
Duda Falcão
Universidade Constrói Computador de Bordo
Para Nanossatélite em Parceria Com o INPE
Quinta-feira, 23 de Março de 2017
Um computador de bordo para cubesats foi desenvolvido na
Universidade Federal do Ceará (UFC) com o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE). Aliando baixo custo e alta confiabilidade, o equipamento será
utilizado no CONASAT, projeto do Centro Regional Nordeste (CRN) do INPE,
localizado em Natal, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN).
Concebido para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados
Ambientais, o projeto CONASAT também é voltado à capacitação de recursos
humanos. Junto com as universidades, o INPE promove a inovação tecnológica nos
ramos da eletrônica e de telecomunicações com base no uso de nanossatélites,
especialmente cubesats.
"O computador de bordo está sendo desenvolvido para
os nanossatélites da constelação CONASAT e, também, poderá ser usado em outras
missões de cubesats", informa Manoel Jozeane Mafra de Carvalho, chefe do CRN/INPE.
Batizado de Open OBC, por ser um computador de bordo com
padrão de hardware e software abertos, o equipamento foi o principal resultado
da dissertação de mestrado de David Freitas M. Mota, sob a orientação de João
Cesar Moura Mota e Jarbas Aryel Nunes da Silveira, do Departamento de
Engenharia de Teleinformática (DETI) do Centro de Tecnologia da UFC.
Ricardo Galvão, diretor do INPE, esteve no Centro de
Tecnologia da UFC, em Fortaleza, no dia 14 de março. Na ocasião, os dirigentes
e pesquisadores discutiram a integração do computador de bordo realizado na UFC
com os demais subsistemas da plataforma do nanossatélite e com a carga útil, o transponder DCS, desenvolvido pela equipe
de Natal.
Open OBC
A arquitetura do computador de bordo Open OBC utiliza o
processador TMS570LS0432 da Texas Instruments, que possui: núcleo ARM Cortex-R4
em duas CPUs; detecção e correção de falhas em suas memórias RAM e ROM
internas; hardware BIST tanto na CPU quanto na memória RAM; e outras
características de segurança como o monitoramento do clock e da
tensão de alimentação. Uma memória flash externa foi utilizada para
armazenamento de código e dados.
Há duas interfaces I2C para a comunicação com os
subsistemas existentes em um cubesat, sendo uma exclusiva para comunicação com
o transponder. A arquitetura é complementada por uma interface UART para
diagnóstico e depuração, sinais PWM para acionamento das bobinas de torque e
entradas ADC para medição da intensidade da luz solar nas faces do satélite.
Estão previstos ainda um cartão MicroSD para armazenamentos de dados e uma
interface CAN para tráfego de informações transmitidas em tempo real,
garantindo, assim, um controle rígido de erros e a recepção de mensagens. O
computador de bordo foi eletronicamente testado e está apto à integração com os
demais subsistemas.
Computador de bordo desenvolvido na UFC.
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Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
Comentário: Notícia maravilhosa esta, é mais um estado
nordestino entrando para ‘Era Espacial’. Parabéns a galera da Universidade Federal
do Ceará (UFC) e leitor, em breve os cearenses desta mesma universidade
divulgarão algo tão significativo quanto. Aguardem! Aproveito para lembrar aos nossos
leitores o que vem ocorrendo nos últimos dias no âmbito das atividades espaciais
do país. Primeiramente foi o Laboratório Associado de Combustão e Propulsão
(LCP) do INPE que anunciou o desenvolvimento de um combustível limpo e mais
barato para foguetes e motores de satélites (veja aqui), posteriormente a AEB
anunciou que um Engenheiro dela
Desenhou e Qualificou Suportes de Antena para o Satélite Frankenstein Francês
SGDC (veja aqui), depois foi anunciado à continuidade dos testes na Alemanha
com o motor foguete líquido L75 (espero que para algo útil de verdade) (veja aqui), depois foi anunciado o inicio do Mestrado Profissional em Engenharia
de Computação e Sistemas Aplicados à Engenharia Aeroespacial da
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) (veja aqui), depois a AEB divulgou que um de seus engenheiros
desenvolveu um método que aumenta o tempo de vida do Satélite Frankenstein Francês
SGDC (veja aqui), depois à Universidade de Brasília (UnB) anunciou ter
realizado uma bateria de testes com um motor híbrido para satélites (veja aqui),
e agora essa notícia sobre este computador de bordo para cubesats. É pouco? Na
verdade sim, bastante, se levarmos em conta os 56 anos de atividades espaciais
do país e da clara falta de responsabilidade governamental para com esse
crucial programa para o futuro do Brasil, mas diante das circunstancias, é musica
para nossos ouvidos.
Isso demonstra quanto potencial existe.Pena que são apenas ensaios que não terão oportunidade de dar origem a algo concreto.Será mais uma geração de talentos desperdiçada.
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