Imagens de Satélite Obtidas Pelo INPE Ajudam a Reduzir Impactos de Desastres Naturais
Olá leitor!
Segue abaixo nota postada dia (24/03) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), destacando que imagens
de satélite obtidas pelo INPE ajudam a reduzir impactos de desastres naturais.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Imagens de Satélite Obtidas Pelo INPE Ajudam
a Reduzir
Impactos de Desastres Naturais
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais aprimora
aquisição de imagens do
CBERS-4 em caráter emergencial. Utilizando o gravador de
bordo do satélite,
é possível obter imagens de qualquer ponto do planeta.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 24/03/2017 | 15:25
Última modificação: 24/03/2017 | 15:44
Crédito: INPE
INPE recebe imagens gravadas no
computador de bordo do
CBERS-4.
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O monitoramento de desastres naturais é uma das
aplicações mais importantes do sensoriamento remoto por satélites, contribuindo
para a resposta e a redução dos impactos de deslizamentos de terra e
inundações, provocados por eventos extremos. Por isso, o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), está aprimorando o sistema de
aquisição de imagens em caráter emergencial do Satélite Sino-Brasileiro de
Recursos Terrestres (CBERS-4, em inglês).
A iniciativa começou em março logo após a passagem do
ciclone tropical Enawo por Madagascar, quando o INPE fez uma aquisição emergencial
de imagens do CBERS-4. As imagens, obtidas por meio de gravador de bordo, foram
gravadas e retransmitidas para os computadores do INPE.
Segundo o pesquisador do Departamento de Divisão de
Processamento de Imagens do Inpe, Laércio Namikawa, os satélites de observação
da Terra adquirem imagens ao longo de sua órbita, que podem ser enviadas
simultaneamente ou gravadas a bordo do satélite. "Na aquisição mais comum,
o INPE adquire imagens no modo simultâneo, o que limita a captura às imagens
que estão na cobertura da antena de recepção em Cuiabá, no Mato Grosso.
Utilizando o gravador de bordo, pode-se adquirir imagens de qualquer ponto do
planeta", explica.
A ocorrência do ciclone em Madagascar permitiu ao INPE
testar o procedimento de aquisição de imagens em uma região fora da cobertura
da antena de Cuiabá, em uma situação emergencial. "Precisamos agora
definir um procedimento para casos fora do Charter [International Charter Space
and Major Disaster]. Já temos o contato com o Centro Nacional de Gerenciamento
de Riscos e Desastres para este fornecimento."
O International Charter Space and Major Disasters é um
consórcio de instituições e agências espaciais, do qual o INPE faz parte, que
fornece dados orbitais em situações de emergência causadas por desastres
naturais em todo o mundo. Para fazer parte do consórcio internacional, o INPE
garante o fornecimento de imagens de alta qualidade e resposta rápida.
Na avaliação do pesquisador, as imagens obtidas de
satélites demonstram como as tecnologias espaciais podem ser usadas nas tomadas
de decisão para minimizar o impacto de desastres naturais. "As mesmas
imagens utilizadas na resposta também servem para um planejamento que considere
os fatores de risco a desastres", afirma.
Capacidade de Sensoriamento
O satélite CBERS-4 tem quatro câmeras de geração de
imagens, com resoluções espaciais entre 5 e 64 metros e resoluções temporais de
5 a 52 dias. Desse modo, na resolução temporal mais alta, a cada cinco dias uma
imagem sobre a mesma região é adquirida. Entretanto, a resolução espacial, que
define o tamanho do menor objeto visível na imagem, é de 64 metros nesta
imagem.
"Na prática, os eventos de alcance territorial
maior, como as queimadas, são observados pelo CBERS-4 em intervalos de tempo
menor, e os eventos de alcance menor, como a construção de uma casa, são
observados em intervalos de tempo maiores. Ou seja, o conjunto de câmeras é
adequado para a observação e monitoramento da maioria dos eventos geográficos.
Em números, as imagens adquiridas sobre a América do Sul diariamente somam 60
gigabytes de informação bruta, que devem ser processadas e armazenadas pelo
Inpe. Com o uso do gravador de bordo, estes números podem dobrar", informa
Namikawa.
O Centro de Rastreio e Controle de Satélites do INPE,
dedicado ao controle da órbita e à operação de satélites, é o responsável pela
definição do dia e hora em função da região a ser "mapeada" e da
programação destes horários no CBERS-4, em conjunto com o centro chinês,
enviando os comandos apropriados para o satélite.
Mariana
O pesquisador afirma que imagens de satélite foram usadas
no mapeamento da região afetada pela lama em Mariana (MG), após o rompimento de
uma barragem. Isso porque o desastre teve as mesmas características de uma
inundação. Adicionalmente, também foi possível visualizar a dispersão da lama
ao longo do rio Doce e no Oceano Atlântico. O sensoriamento remoto também foi
utilizado no deslizamento de terra na região serrana do Rio de Janeiro, em
2011. "As imagens captadas permitiram observar e quantificar os danos da
tragédia", lembra o pesquisador do INPE.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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