Confirmado, o Cubesat NanosatC-Br1 Será Lançado Pelo Foguete Russo DNPER

Olá leitor!

Dando sequencia as boas notícias da semana, trago agora para você a informação de que o segundo nanosatélite brasileiro (o primeiro foi o “Unosat-1” da UNOPAR/UEL (universidades paranaenses), este destruído no acidente com o VLS-1 em 2003), e primeiro “Cubesat” brasileiro, ou seja, o NanosatC-Br1, será mesmo lançado através de um lançador russo DNPER.

Segundo o Dr. Otávio Durão (Gerente do Projeto no INPE) e o Dr. Nélson Schuch (Gerente do Projeto no CRS/INPE e Coordenador do Programa NanosatC-BR) o lançamento já foi contratado e será feito pelo lançador russo em maio desse ano, sendo que há uma possibilidade do lançamento ocorrer em abril, caso o atraso previsto dos russos não se confirme.

Modelo de Engenharia do NanosatC-Br1.

Ainda segundo os pesquisadores do INPE, as cargas úteis do NanosatC-Br1 já foram integradas e testadas após a integração à plataforma, assim como cada subsistema, todos com funcionamento nominal.

A Estação Terrena de Santa Maria que monitorará o cubesat em órbita, e a que ficará no ITA  foram instaladas e estão em operação, inclusive já recebendo dados de vários outros cubesats.

É importante lembrar que a operação simultânea e a coordenação das duas Estações Terrenas de Rastreio e Controle de Nanosatélites do Programa NANOSATC-BR, no CRS/INPE, em Santa Maria (RS), e no ITA/DCTA, em São José dos Campos (SP), qualificam o Brasil ao rastreio e controle de nanosatélites - CubeSats, que operam nas bandas de frequências determinadas pela International Amateur Radio Union (IARU)”, o que é muito significativo e complementa o Programa Espacial Brasileiro.

Vale dizer ainda que a equipe do INPE já está finalizando o software de missão da ‘Estação de Solo’ através de uma pequena empresa nacional, e que a Agência Espacial Brasileira (AEB) já forneceu todos os recursos necessários para a finalização, lançamento e operação do NanosatC-Br1.

Os pesquisadores também informam que o segundo Cubesat do programa, o NanosatC-BR-2, já se encontra em pleno desenvolvimento, e a expectativa da equipe é que o mesmo venha ser lançado em 2015, isto é, se houver comprometimento do governo para cumprir essa meta.

NANOSATC-BR1

O NanosatC-Br1 é um pequeno satélite científico e o primeiro cubesat desenvolvido no Brasil, tendo como parceiros de desenvolvimento o Centro Regional Sul (CRS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Universidade Federal da Santa Maria (UFSM), ambos locados na cidade gaúcha de Santa Maria. Vale lembrar que durante o desenvolvimento desse cubesat também houve o envolvimento no projeto das seguintes instituições e empresas:

* INPE/Sede - São José dos Campos-SP;

*GME/II-UFRGS;

* ITA/DCTA-MD;

* EMSISTI;

* ISIS (Innovative Solution in Space) - Empresa holandesa fornecedora da plataforma do cubesat; e

* LUNUS Aeroespacial - Empresa brasileira.

O NanosatC-Br1 contará com dois instrumentos científicos, sendo um magnetômetro e  um detector de partículas de precipitação, para o monitoramento em tempo real do geoespaço, visando com isso o estudo da precipitação de partículas e de distúrbios na magnetosfera sobre o território brasileiro para a determinação de seus efeitos em regiões como a da Anomalia Magnética no Atlântico Sul (SAMA, sigla em inglês) e do setor brasileiro do eletrojato equatorial.

A SAMA é um anomalia, uma "falha" do campo magnético terrestre nesta região, que fica sobre o Brasil", explica o Dr. Otávio Durão. Como consequência desta anomalia, há um maior risco da presença de partículas de alta energia na região, que podem afetar as comunicações, os sinais de satélites de posicionamento global (como o GPS), ou mesmo causar falhas de equipamentos eletrônicos como computadores de bordo. O INPE estuda esta anomalia há décadas, contando com vários pesquisadores de renome internacional que, inclusive, participaram da definição da missão e de sua carga útil.

Caso o NanosatC-Br-1 venha a ser lançado em maio ou abril de 2014 pelo lançador russo “DNPER” como acreditam os pesquisadores do CRS/INPE/UFSM, estará se tornado a primeira carga útil brasileira a ser lançada ao espaço por esse foguete, e confirmando ao mesmo tempo, uma vez mais, a incompetência, a má vontade e a total falta de compromisso dos debiloides inconsequentes do governo brasileiro nos últimos 24 anos (desde o Governo Collor de Melo) para com o nosso Programa Espacial, pois se assim não fosse, certamente o NanosatC-Br-1 estaria este ano sendo lançado ao espaço por um foguete nacional.

O Blog BRAZILIAN SPACE aproveita  para desejar sucesso a toda equipe do CRS-INPE/UFSM na campanha de lançamento desse primeiro cubesat brasileiro.

Duda Falcão


Fonte: Centro Regional Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Comentários

  1. Caro Duda,

    você saberia me dizer que parte desse satélite foi feito no Brasil?

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    Respostas
    1. Olá Anônimo!

      As cargas uteis do satélites forma desenvolvidas no Brasil. A plataforma é holandesa.

      Abs

      Duda fAlcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Que poca vergonha. Nem a plataforma sabem fazer. Poderiam lançar via VLM e vão lançar num foguete ucraniano.

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