Investimentos na Base de Alcântara Vão Favorecer o Desenvolvimento do Mercado Espacial no Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada ontem (01/12) no
site do “Jornal Pequeno”, tendo como destaque a recente passagem do presidente
da Agência Espacial Brasileira (AEB), o Sr.
Carlos Moura, pela cidade de São Luiz no Maranhão.
Duda Falcão
Investimentos na Base de Alcântara Vão Favorecer o Desenvolvimento
do Mercado Espacial no Brasil
Presidente da AEB afirmou que o uso comercial da Base de Alcântara
abre perspectiva de inserção do Brasil no mercado internacional
Fonte: Redação
Jornal Pequeno
Data de publicação: 01/12/2019
Foto: Francisco Silva
O presidente da AEB, Carlos Moura, profere palestra sobre
o setor aeroespacial, no auditório do centro Pedagógico da UFMA.
|
Em visita ao Maranhão, na quinta (28) e sexta (29), o presidente
da Agência Espacial Brasileira (AEB), engenheiro Carlos Augusto Teixeira de Moura,
foi enfático ao afirmar que o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), que
agora permite o uso comercial da Base de Alcântara, abre perspectivas de inserção
do Brasil no mercado internacional de lançamento de foguetes.
Na passagem pela capital maranhense, o presidente da AEB
participou de eventos na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e na Faculdade
ISL Wyden, em São Luís. Nesses encontros com a comunidade acadêmica, ele
ministrou palestras sobre o “Status e Desafios do programa Espacial Brasileiro”.
“Alcântara pode se tornar um polo de desenvolvimento
espacial, com ampla repercussão socioeconômica. Da mesma forma como São José
dos Campos (SP) nucleou o desenvolvimento no Vale do Paraíba, de um cluster
aeronáutico, acreditamos que Alcântara e São Luís podem desempenhar papel de
extrema relevância no desenvolvimento do setor espacial”, afirmou Carlos Moura
que, na véspera da visita ao Maranhão, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Pequeno,
em Brasília.
Na tarde de sexta-feira (29), no auditório do Centro Pedagógico
da UFMA, Carlos Augusto Teixeira de Moura ministrou a palestra “Perspectivas
para o setor aeroespacial brasileiro via Centro Espacial de Alcântara”,
organizada pelo curso e pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Espacial (PPGAero)
da Universidade Federal do Maranhão. Segundo Carlos Moura, os sistemas espaciais
são ferramentas para diversas políticas públicas, além de serem atividades multidisciplinares,
e são capazes de criar várias soluções para diversas demandas do cidadão brasileiro.
“A Universidade é o centro do saber e a consciência crítica.
Nós, da AEB, ficamos muito felizes em saber da criação do curso e do Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Espacial da UFMA. Isso possibilitará uma mão de
obra qualificada, com conhecimentos distintos sobre o campo do aeroespacial”,
frisou.
Ele ainda comentou que o estado do Maranhão detém um
centro de lançamento muito bem localizado e que é próximo da universidade, o
que faz do Brasil ser um diferencial em relação a outros países, gerando um ecossistema
competitivo e com a produção de serviços e produtos com alta qualidade. “O
Centro de Lançamento de Alcântara é muito atuante e detém profissionais de
grande relevância para o mercado espacial, o que gera soluções de progresso socioeconômico
para os brasileiros”, salientou. Durante a palestra, o presidente da AEB
apresentou uma visão sobre o porquê de o Brasil está inserido na atividade
aeroespacial e de que forma os brasileiros se beneficiam com essa tecnologia.
Carlos Augusto Teixeira de Moura também falou da situação
do mercado aeroespacial externo e interno. “O cenário internacional está
crescendo muito rapidamente nos últimos anos. A ideia é que, daqui a vinte
anos, tripliquem os investimentos nessa área, e isso acontece diante das inúmeras
possibilidades de conexão de rede e da sociedade intitulada 4.0. No mercado
interno, a situação do Brasil é muito privilegiada, com uma excelente
infraestrutura e capacidade científica, acadêmica e industrial”, explicou.
Para o engenheiro civil Ricardo Corsini de Carvalho,
estudante do Programa de Pós-Graduação Aeroespacial, é de grande importância trazer
esse tipo de conhecimento para universidade. “Por meio dessa palestra, há uma conexão
entre a pesquisa e a parte efetiva e prática do campo aeroespacial,
possibilitando um contato entre estudantes e o mercado de trabalho. Com minha
pesquisa, na área de materiais nano estruturados, pretendo desenvolver
materiais que sejam aplicados em sistema e aeronaves”, afirmou.
O coordenador do curso de Engenharia Aeroespacial, Carlos
Brito, alerta que a discussão propõe entender sobre os acontecimentos no campo
aeroespacial e que podem interferir na utilização do Centro de Lançamento de Alcântara.
Segundo ele, a primeira turma entrará em 2021, após encerrar o primeiro ciclo
do BICT, que teve início em 2018. “É importante que os estudantes conheçam a dinâmica
do CLA e, também a relevância do setor aeroespacial para o desenvolvimento do país”,
destacou.
Fonte: Site Jornal Pequeno do Maranhão - https://jornalpequeno.com.br
Comentário: Concordo que as colocações feitas pelo
presidente da AEB são realmente relevantes e bem conscientes, tanto para o Maranhão
e para o seu povo como também para o Brasil. Entretanto leitor precisamos de
nosso lançador de satélites, e agora com a aprovação do AST este deveria ser o
ponto central (crucial) dos esforços do governo ou caso contrário correremos o
risco de perder o bonde da história e nos tornamos apenas um locador de sítios de
lançamentos e desenvolvedor de pequenos satélites a serem lançados por outras nações.
Não há mais tempo a perder, precisamos de ação e cabe ao governo dá o primeiro
passo.
Caro Duda,
ResponderExcluirConcordo amigo. O foco tem que ser esse. Se esse governo não fizer algo agora, outros é que não farão.