Cometa Interestelar Pode Não Resistir e "Morrer" ao se Aproximar do Sol
Olá leitor!
Segue abaixo notícia postada ontem (02/12) no site “Canaltech”,
destacando que o 'Cometa interestelar 2I/Borisov' pode não resistir e
"morrer" ao se aproximar do Sol.
Duda Falcão
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Cometa Interestelar Pode Não Resistir e "Morrer"
ao se Aproximar do Sol
Por Felipe Junqueira
Canaltech
Fonte: Astronomy
02 de Dezembro de 2019 às 22h30
A aventura do segundo visitante interestelar observado pela humanidade no
Sistema Solar pode estar próxima do fim — e não estamos falando do momento em
que o objeto deixará nosso quintal espacial. É que cientistas acreditam que o
2I/Borisov será desintegrado conforme se aproximar, cada vez mais, do
nosso Sol.
Desde setembro, quando o objeto foi avistado pela
primeira vez, cientistas observam cada movimento do cometa, que se aproxima do
periélio (ponto de maior aproximação do Sol), local que deve atingir agora no
começo de dezembro. De acordo com as observações, o visitante não é muito
diferente de outros cometas que fazem parte do nosso sistema, exceto por
apresentar uma órbita muito mais extensa e em formato de arco aberto, chamada
de hiperbólica. Isso, infelizmente, significa que esta será sua única passagem
pela nossa vizinhança.
Os estudos feitos até agora mostram que o 2I/Borisov tem
velocidade aproximada de 117.000 km/h, e se parece bastante com cometas do
Sistema Solar de órbita longa, que levam cerca de 200 anos para dar uma volta
ao redor do Sol.
(Foto: NASA/ESA/D. Jewitt (UCLA))
O visitante interestelar 2I/Borisov.
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Uma informação que ainda não tem uma conclusão mais
precisa é com relação ao seu tamanho. Estima-se que o núcleo do viajante
interestelar tenha aproximadamente 6,5 km, mas há quem acredite que esteja em
torno de 1,6 km. E alguns cientistas acreditam que essas características todas
podem significar que o Borisov estaria mesmo perto de um fim trágico. O
calor intenso do Sol pode desintegrar o 2I/Borisov, como acontece com muitos
cometas de órbita longa. Mas pode ser, também, que isso não aconteça.
“Cometas são como gatos, eles fazem o que bem entendem”,
citou Quanzhi Ye, autor de um dos estudos sobre o 2I/Borisov, em referência a
um ditado comum de astrônomos sobre esses objetos celestes. “Alguns cometas têm
explosões massivas a dezenas de AUs (unidades astronômicas) do Sol. E alguns
cometas se comportam normalmente. Então está além de qualquer suposição. Vamos
observar todo dia e, se ele desintegrar, se fizer qualquer coisa inesperada,
saberemos imediatamente”, afirma.
Um grupo de astrônomos descobriu, há poucos dias, que
imagens de dezembro passado tiradas no nosso Sistema Solar já mostravam o
2I/Borisov, que acabou passando despercebido. Na época, ele estava cerca de
três vezes mais distante do que está agora. “Procurar o cometa o mais
longe possível nos ajuda a entender melhor sua trajetória de entrada”, explicou
Ye. “Isso pode nos ajudar a identificar seu sistema original”, completa.
O cometa 2I/Borisov chega ao periélio no dia 8 de
dezembro e, se sobreviver, passará pelo ponto mais próximo da Terra pouco
depois do Natal, no dia 28. Depois, se afastará novamente para nunca mais
retornar.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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