Brasileiros Descobrem Asteroide com Órbita Próxima a Terra
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (29/05) no site da Agência
Espacial Brasileira (AEB) destacando que astrônomos brasileiros do "Observatório SONEAR" descobrem
Asteroide com Órbita próxima a Terra.
Duda Falcão
Brasileiros Descobrem Asteroide
com Órbita Próxima a Terra
Folha de
São Paulo
Brasília, 29 de maio de 2014 – Astrônomos amadores
brasileiros descobriram um asteroide cuja aproximação com a Terra é calculada
em sete milhões de quilômetros, segundo Cristovão Jacques, líder do
Observatório SONEAR, instalado na cidade mineira de Oliveira. É o primeiro
objeto do tipo detectado em solo nacional.
Essa distância equivale aproximadamente a 18 vezes a que
separa a Terra da Lua não sendo, portanto, apontado como uma ameaça. O
asteroide foi batizado como 2014 KP4. O foco principal do grupo SONEAR é
descobrir os chamados Objetos Próximos a Terra (NEOs, na sigla inglesa).
Cerca de 90% dos asteroides ameaçadores com um quilômetro
ou mais – porte exigido para oferecer ameaça de extinção da civilização em caso
de impacto – já foram mapeados ao longo das duas últimas décadas. No total,
eles são cerca de mil objetos. Contudo, há muitos objetos menores, centenas de
milhares, que ainda não foram catalogados e podem oferecer algum perigo ao
planeta, mesmo que o risco seja só em escala local.
É nessa categoria que entra o novo achado. Com diâmetro
estimado entre 200 e 600 metros, ele poderia causar devastação em escala
continental, no caso de uma colisão. Sua órbita, entretanto, tem uma inclinação
de quase 10 graus, o que faz com que passe por “cima” ou por “baixo” da Terra
(dependendo da perspectiva).
Buscas - Os amadores brasileiros primeiro
detectaram o objeto utilizando um telescópio com abertura de 20 cm em 20 de
maio. “Não foi fácil encontrar, foram muitos dias de busca. Esse nem é o nosso
principal telescópio. O principal tem 45 cm, mas estava em manutenção na
ocasião”, explica Jacques.
A primeira iniciativa, ao fazer uma descoberta, é comunicá-la
à União Astronômica Internacional, que então divulga a informação para que
outros possam confirmar a detecção. Jacques e sua contrataram tempo em um
telescópio na Austrália para seguir monitorando o asteroide quando amanheceu no
Brasil, e o mesmo fizeram astrônomos italianos.
O acompanhamento nas horas após a detecção é fundamental
para que se possa determinar com mais exatidão o caminho que o objeto está
percorrendo em torno do Sol. Depois de dois dias de monitoramento, ficou claro
que o 2014 KP4 está numa órbita bem oval. Ele leva 3,6 anos para completar uma
volta.
Distâncias -
Em sua aproximação máxima do Sol, o objeto chega a estar a apenas 63 milhões de
quilômetros da estrela (para efeito de comparação, Mercúrio, que é o primeiro
planeta do sistema, fica na média a 58 milhões de quilômetros do Sol). Quando
está mais afastado, o 2014 KP4 fica a 645 milhões de quilômetros da estrela. O
planeta mais próximo nessa região é o gigante Júpiter, a cerca de 778 milhões
de quilômetros.
Com essa órbita achatada, o asteroide cruza a rota usual
de três planetas: Vênus, Terra e Marte. “Creio que, em uma máxima aproximação,
as naves que estão em Marte ou em órbita poderiam observá-lo”, diz Jacques.
Além do asteroide perigoso, o grupo do SONEAR tem feito
outras descobertas. Eles encontraram os primeiros dois cometas detectados por
brasileiros em solo nacional e também já descobriram um asteroide membro do
cinturão entre Marte e Júpiter.
Fonte: Agência Espacial Brasileira
(AEB)
Comentário: Bom, bom, muito bom mesmo.
Mais um gol da Astronomia brasileira. Só falta agora descobrimos o nosso
primeiro planeta extrasolar. Parabéns ao grupo do Observatório SONEAR.
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