Segundo Astrônomo da Universidade do Arizona, 'Rede de Telescópios' em Desenvolvimento Será Mais Poderosa Que o 'Telescópio Espacial James Webb'
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue agora uma curiosa notícia postada
no dia ontem (01/08)
no site TECMUNDO destacando que segundo
um astrônomo da Universidade do Arizona (EUA)
um novo telescópio (o 'Observatório
Espacial Nautilus - NDSO') que já se encontra em desenvolvimento, poderá
coletar até cem vezes mais luz que o observatório mais poderoso do mundo, o Telescópio Espacial James Webb (JWST).
Saiba mais sobre essa curiosa história na matéria abaixo.
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Rede de Telescópios Nautilus Será Mais Poderosa Que o
James Webb, diz Astrônomo
Por Lucas Vinicius Santos
Via nexperts
01/08/2023 às 14:00
Fontes: Science Alert e The Conversation
Imagem: Daniel Apai/University of Arizona
De acordo com o professor de astronomia e ciências
planetárias da Universidade do Arizona nos Estados Unidos, Daniel Apai, um novo
telescópio em desenvolvimento pode coletar até cem vezes mais luz que o observatório mais poderoso do mundo, o Telescópio
Espacial James Webb (JWST). O pesquisador explica que a maior diferença
do novo telescópio, nomeado de Observatório Espacial Nautilus (NDSO), é a
utilização de uma lente fina, leve e fácil de ser produzida.
Em um artigo publicado no site The Conversation, Apai
explica que o James Webb utiliza grandes espelhos para coletar dados espalhados
pelo nosso universo e, pensando nisso, o novo telescópio substituirá os
espelhos pesados por lentes mais finas e leves. Com equipamentos mais simples,
os cientistas poderiam enviar muitas unidades do Nautilus ao espaço e criar
um tipo de rede de telescópios poderosos.
Atualmente, boa parte dos telescópios espaciais consegue detectar exoplanetas há milhões de anos de distância
da Terra, contudo, o cientista afirma que é necessário enviar observatórios
com mais sensibilidade para detectar dados específicos sobre a composição
química desses planetas.
O Observatório Espacial Nautilus (NDSO) será uma rede de telescópios espaciais de alta sensibilidade. |
Não é à toa que o próximo telescópio mais poderoso só
deve ser lançado em meados de 2045 e deve custar até US$ 11 bilhões (cerca de
R$ 53 bilhões na cotação atual). O JWST custou aproximadamente US$ 8 bilhões
(cerca de R$ 38 bilhões) e permaneceu em desenvolvimento por mais de 20 anos.
Telescópio Nautilus e Lentes Difrativas
O Nautilus utilizará lentes difrativas, uma
tecnologia antiga revisitada para melhorar a capacidade dos próximos
telescópios. Até então, as lentes difrativas não foram utilizadas em
observatórios astronômicos por que produzem imagens borradas, contudo, os
cientistas conseguiram criar uma versão que oferece imagens com melhor
qualidade.
O primeiro protótipo foi desenvolvido em 2018 e, nos
cinco anos seguintes, a equipe de Apai trabalhou para melhorar a qualidade das
imagens produzidas pelas lentes difrativas. Atualmente, os cientistas já tem
uma lente de 24 centímetros de diâmetro que é até dez vezes mais leve que as lentes refrativas convencionais dos telescópios.
Fonte: Wikimedia Commons
“As lentes convencionais usam a refração para focalizar a
luz. A refração é quando a luz muda de direção ao passar de um meio para outro
— é a razão pela qual a luz se curva quando entra na água. Em contraste, a
difração é quando a luz se curva em torno de cantos e obstáculos. Um padrão
inteligentemente organizado de passos e ângulos em uma superfície de vidro pode
formar uma lente difrativa”, explica Apai no artigo.
A tecnologia permitirá que os cientistas reimaginem o
design dos telescópios espaciais, pois as novas lentes difrativas permitirão
uma estrutura reduzida e mais leve; por exemplo, uma lente difrativa seria três
vezes mais leve que o espelho utilizado no James Webb.
Além de ser barato de produzir, cada unidade do Nautilus
funcionará como um observatório mais sensível que o JWST e, ao combinar todas
as unidades, oferecerá até dez vezes do poder do Webb. Ainda não há
previsão para o lançamento do Nautilus.
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