Estudo de Cientistas da NASA Investigou a Origem do 'Planeta-Anão Haumea' Localizado na Borda do Nosso Sistema Solar
Olá leitores e leitoras do BS!
Uma notícia postada ontem (31/10) no site ‘Olhar Digital’, destacando que um estudo produzido por cientistas da NASA investigou a origem do 'Planeta-Anão Haumea'.
Pois é, esse pequeno objeto da borda do nosso sistema solar é realmente muito interessante. Bom, em minha opinião não tanto quanto o seu irmão Ceres, mas é bastante intrigante e precisa tanto quanto o Ceres ser investigado mais de perto com missões especificas.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
NASA Investiga Origem de Planeta Anão Localizado na
Borda do Sistema Solar Externo
Pesquisadores da agência criaram modelo computacional
para simular o tamanho, a massa e a rápida rotação do planeta anão Haumea
Por Flavia Correia
31/10/2022 - 12h06
Atualizada em 31/10/2022 - 13h06
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Um planeta anão existente na borda do Sistema Solar externo,
chamado Haumea, teve suas origens investigadas por cientistas da NASA, a agência espacial norte-americana. Os resultados do
estudo foram publicados recentemente no Planetry
Science Journal.
Haumea é do tamanho de Plutão e está localizado no Cinturão de Kuiper, uma coleção
de detritos gelados e corpos cometários além da órbita de Netuno — o último
planeta do Sistema Solar.
Imagem: Diego Barucco/Shutterstock
Ele gira mais rápido do que qualquer outro objeto de
tamanho semelhante na nossa vizinhança estelar, completando uma rotação em
torno de seu eixo (um “dia”) em apenas quatro horas.
Este giro rápido resultou em seu formato oval, em vez de
esférico. E sua forma não é a única coisa incomum sobre o planeta anão Haumea.
Ele também tem uma superfície feita, principalmente, de um tipo de gelo de
água, diferentemente da maioria dos outros corpos no Cinturão de Kuiper. Tal
característica é compartilhada por alguns de seus irmãos, que também parecem
ter a mesma órbita.
Isso levou os cientistas a concluir que Haumea e esses
outros corpos teriam a mesma origem, formando uma única família de objetos
relacionados encontrados no Cinturão de Kuiper: a “família Haumeana”.
Os pesquisadores usaram simulações computadorizadas,
principalmente em razão de Haumea estar muito longe para ser medido de forma
precisa por telescópios baseados na Terra.
Essas simulações permitiram que a equipe ‘desmontasse’ o
planeta anão e, em seguida, o reconstruísse do zero. O objetivo desse
procedimento era entender os processos químicos e físicos que moldaram o
Haumea.
O modelo desenvolvido pela equipe começou com a entrada
de três dados sobre o objeto: seu tamanho estimado, a massa presumida e seu
curto dia de quatro horas de duração. Isso forneceu uma previsão revisada do
tamanho, massa e densidade do planeta anão e também de seu núcleo.
Usando essa informação, a equipe, liderada pela cientista
Jessica Noviello, do Goddard Space Flight Center, foi capaz de
determinar como a massa de Haumea é distribuída e como essa distribuição
influenciou seu giro. A partir disso, eles começaram a simular bilhões de anos
de evolução para Haumea em busca do conjunto certo de características que
teriam resultado na atual configuração do planeta anão.
A equipe supõe que o bebê Haumea era cerca de 3% maior do
que seu tamanho atual, com essa diferença contabilizando a criação de seus
irmãos do Cinturão de Kuiper. Os cientistas também determinaram que o jovem
planeta anão girava a uma velocidade diferente e que seu volume era maior do
que é hoje.
As modelagens de Noviello e sua equipe revelaram que, em
seus primeiros anos e durante uma época do Sistema Solar marcada por condições
caóticas, Haumea colidiu com outro corpo em um poderoso impacto, que o
estilhaçou.
No entanto, os pedaços que se separaram do jovem planeta
anão não teriam se tornado objetos da família Haumeana. Isso porque o choque
foi tão forte que atirou os pedaços para órbitas muito mais dispersas.
Para os pesquisadores, os objetos que compõem a família
provavelmente teriam se formado mais tarde, à medida que a estrutura do planeta
anão foi se desenvolvendo. Neste período posterior da evolução de sua
densidade, materiais rochosos afundavam no núcleo, enquanto o gelo, mais leve,
subia à sua superfície.
“Quando você concentra toda a massa em direção ao eixo,
ela diminui o momento da inércia, então Haumea acabou girando ainda mais rápido
do que hoje”, disse Steve Desch, astrofísico da Universidade Estadual do
Arizona e membro da equipe de Novielle, em entrevista ao site Space.com.
“Isso resultaria em velocidades rotacionais rápidas o suficiente para jogar
fora o gelo da superfície que passou a se tornar a família Haumeana”.
Este momento de inércia teria aumentado ainda mais,
diminuindo a taxa de rotação do planeta anão como resultado da radioatividade
das rochas do gelo de sua superfície derretida. A água alojada no centro de
Haumea fez com que o material rochoso inchasse, formando um grande, mas menos denso,
núcleo de argila.
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