O Teléscópio James Webb Capta a Primeira Foto Tirada de Um Exoplaneta
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue abaixo uma notícia publicada ontem (01/09) no
site “Canaltech”, o Telescópio Espacial James Webb fez
finalmente a primeira foto de um exoplaneta.
Pois é amigos leitores, sensacional, né verdade? E olha
só que na noite de ontem, durante a realização da nossa coluna ‘Espaço Semanal’, o Prof. Rui Botelho fez questão de destacar as notícias da semana que
envolviam o James Webb, e que ficaram
de fora da pauta da noite.
Parabéns a toda equipe do James Webb, sensacional, vocês são ‘hors-concours’.
Avante James Webb!
Brazilian Space
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Veja a Primeira Foto de Um Exoplaneta Tirada Pelo Telescópio James Webb
Por Danielle
Cassita
Editado por Rafael
Rigues
01 de Setembro de
2022 às 12h21
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA GSFC/CIL/Adriana Manrique Gutierrez/Flickr
O telescópio
espacial James Webb acaba de realizar suas primeiras observações diretas de
um exoplaneta (mundo que orbita uma estrela que não é o Sol). O planeta em
questão é o HIP 65426 b, um gigante gasoso envolvido por nuvens de poeira, que
foi observado através de diferentes filtros de luz e mostra como o Webb poderá
revelar informações sem precedentes sobre exoplanetas.
O HIP 65426 b
fica a 385 anos-luz da Terra e tem cerca de 12 vezes a massa de Júpiter. Ele
fica quase 100 vezes mais longe de sua estrela do que a Terra do Sol,
facilitando as observações dele. Entretanto, o planeta é mais de 10 mil vezes
menos brilhante do que sua estrela. Portanto, observá-lo é como tentar enxergar
uma mosca perto de um grande farol a mais de 80 km de distância.
Abaixo, você
confere o exoplaneta observado através de quatro diferentes filtros de luz:
(Imagem:
Reprodução/NASA/ESA/CSA, A Carter (UCSC), the ERS 1386 team, and A. Pagan
(STScI))
Exoplaneta HIP
65426 b em diferentes bandas da luz infravermelha, enquanto a pequena estrela
indica a posição da estrela HIP 65426. |
Perceba que cada
filtro fez com que o planeta aparecesse como um ponto luminoso levemente
diferente — essas variações se devem ao sistema óptico do telescópio e às
formas como ele traduz a luz. Já os os instrumentos
Near-Infrared Camera (NIRCam) e Mid-Infrared Instrument (MIRI), que equipam
o Webb, contam com coronógrafos, conjuntos de pequenas máscaras que bloqueiam a
luz da estrela. Ela não aparece nas fotos, porque foi removida com os
coronógrafos e o processamento das imagens.
Até então, os
astrônomos já haviam conseguido observá-lo diretamente com telescópios em solo.
Agora, as novas observações do Webb registraram o planeta em comprimentos de
onda mais longos, que abrangem a maior parte da luz produzida na atmosfera dele
e que revelam detalhes invisíveis para telescópios em solo. Como tem entre 10 e
20 milhões de anos e é bem mais jovem que a Terra, as novas observações do
planeta podem revelar como Júpiter
e Saturno eram durante a “infância”.
Sasha Hinkley,
astrônoma da Universidade de Exeter que co-liderou as observações, descreveu os
dados como um momento histórico para a astronomia. “O James Webb vai abrir a
porta para toda uma nova classe de planetas que esteve completamente fora do
nosso alcance, e ao observá-los em uma maior amplitude de comprimentos de onda,
podemos estudar a composição deles de forma muito mais profunda”, disse.
Vale lembrar que
o telescópio
Hubble já havia capturado imagens diretas de exoplanetas no espaço. Mesmo
assim, as observações do HIP 65426 já dão um “gostinho” do que esperar da
exploração dos exoplanetas com o Webb.
“Acho que o mais
empolgante é que acabamos de começar: ainda há muitas imagens de exoplanetas
por vir, que vão definir nossa compreensão da física, química e formação
deles”, disse Aarynn Carter, pesquisador da Universidade da Califórnia que
liderou a análise das imagens.
As observações
foram descritas em um artigo publicado no repositório online arXiv,
ainda sem revisão de pares.
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