Segundo Novo Estudo da ESA, Asteroide "Mais Perigoso Para a Humanidade" Não Irá Colidir Com a Terra
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (30/06) no
site “Canaltech”, destacando que segundo
um estudo da Agência Espacial Europeia
(ESA), o tal Asteroide 2021 QM1
que por algum tempo foi considerado o mais perigoso para a humanidade, na
verdade não irá mais colidir com a Terra.
Bom, se a ESA
estiver certa escapamos de mais uma. Porém o perigo existe e não há sorte que
dure para sempre.
Brazilian Space
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Asteroide "Mais Perigoso Para a Humanidade"
Não Vai Colidir Com a Terra
Por Rafael Rigues
30 de Junho de
2022 às 13h10
Fonte: ESA
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: Pixabay/CharlVera
Escapamos de mais uma: novas observações da Agência Espacial Europeia (ESA) apontam que um asteroide
descoberto em 2021, que por algum tempo foi considerado o "mais perigoso"
para a humanidade por ter grande risco de impacto em alguns anos, não irá
atingir nosso planeta.
A rocha, batizada de 2021 QM1, tem 50 metros de diâmetro
e foi descoberta em agosto de 2021 pelo observatório Mount Lemmon em Tucson, no
Arizona. E a cada observação, parecia mais e mais certo de que ela passaria
"perigosamente perto" de nosso planeta em três décadas, mais
precisamente em abril de 2052.
Embora não seja grande o bastante para causar uma
extinção em massa, como a que acabou com a maioria dos dinossauros, um impacto
de 2021 QM1 causaria danos equivalentes aos da bomba de Hiroshima, usada no final da Segunda Guerra
Mundial.
Mais dados eram necessários para estimar o risco de
impacto, mas 2021 QM1 ficou oculto pelo brilho do Sol por vários meses, enquanto fez uma passagem
próxima de nossa estrela. E os astrônomos estimaram que, quando voltasse a
ficar visível, ele estaria distante demais de nós, com um brilho tão fraco que
não seria visível pela maioria dos instrumentos na Terra.
Portanto, eles solicitaram ajuda do Very Large Telescope, operado pelo Observatório Europeu do
Sul (ESO) no Chile. Com seu espelho de 8 metros de diâmetro, ele tinha uma
chance "razoável" de encontrar a rocha na escuridão do espaço.
“Tínhamos uma breve janela para detectar o asteroide”,
disse Olivier Hainaut, astrônomo do ESO, em um comunicado. "Para piorar as
coisas, ele estava passando por uma região do céu com a Via Láctea logo atrás.
Nosso pequeno e fraco asteroide teria que ser encontrado contra um pano de
fundo de milhares de estrelas. Foram as observações de asteroides mais
complicadas que já fizemos."
2021 QM1 foi detectado pelo observatório quando tinha uma
magnitude de 27. Para comparação o Sol, o objeto mais brilhante em nosso céu,
tem uma magnitude de -27. A escala de magnitude é "invertida", portanto,
quanto menor o número, mais brihante o objeto.
Colocando em termos práticos, o brilho de 2021 QM1 era
250 milhões de vezes mais fraco que as estrelas mais fracas que podem ser
vistas a olho nu. Foram necessárias várias observações, "empilhando"
imagens do céu umas sobre as outras para remover as estrelas, até que a rocha
pudesse ser identificada.
Felizmente, com estas observações o risco de impacto de
2021 QM1 contra nosso planeta em 2052 foi eliminado, e ele foi removido da lista da ESA. Mas isso não significa o fim do
trabalho dos cientistas: a lista contém mais 1.377 objetos que merecem atenção.
Mais de um milhão de asteróides foram descobertos no
Sistema Solar, quase 30.000 dos quais passam perto da Terra, e estima-se que
muitos mais estejam por lá. O Gabinete de Defesa Planetária da ESA, o NEOCC e
os astrônomos de todo o mundo estão procurando nos manter seguros, trabalhando
juntos para garantir que saibamos com antecedência se um asteroide for
descoberto em rota de colisão.
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