Amazônia Terá Torre Científica de 320 M no Fim do Ano
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria postada dia (04/02) no site “G1”
do globo.com, destacando que a Amazônia terá Torre Científica de 320 m de
altura até o final do ano.
Duda Falcão
NATUREZA
Amazônia Terá Torre Científica
de 320 M no Fim do Ano,
Prevê Diretor de Projeto
Torre será maior que Eiffel, na França, afirma dirigente
do programa ATTO.
Objetivo é estudar atmosfera, chuvas e ecologia da floresta, entre outros.
Rafael Sampaio
Do Globo Natureza, em São Paulo
04/02/2013 - 08h35
Atualizado em 04/02/2013 - 11h56
Uma torre de 320 metros de altura para pesquisas
científicas deve ser instalada na Amazônia em dezembro deste ano, conforme
previsão feita ao G1 pelo
coordenador brasileiro do projeto, Antonio Ocimar Manzi, pesquisador do Inpa
(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).
Batizado de Observatório Amazônico com Torre Alta (ATTO,
na sigla em inglês), o projeto é uma cooperação entre os governos do Brasil e
da Alemanha, e terá investimento inicial de R$ 22 milhões, diz o dirigente.
Dessa verba, R$ 10 milhões virão do Ministério da Ciência e Tecnologia
brasileiro, R$ 10 milhões do governo alemão e R$ 2 milhões do governo do estado
do Amazonas.
(Foto: Divulgação/ATTO)
Torre usada para pesquisas científicas na Amazônia; nova estrutura de ser parecida e vai ter 320 metros de altura, maior do que a Torre Eiffel, na França |
"É um projeto de longo prazo para o monitoramento da
Amazônia", ressalta Manzi. A logística de preparação do programa é
complexa, e o prazo será mantido se não ocorrerem atrasos, diz o professor de
física atmosférica da USP, Paulo Artaxo, que também participa do ATTO.
Torre Eiffel
A estrutura vai ser ligeiramente mais alta que a Torre
Eiffel, símbolo de Paris, na França, diz o professor da USP. Ele ressalta, no
entanto, que as duas torres têm finalidades muito distintas. A que vai ser
montada na Amazônia ajudará a estudar a composição química da atmosfera sobre a
floresta, principalmente sobre os níveis de CO2, além de elementos como
nitrogênio e fósforo, ressalta Manzi.
Algumas linhas de pesquisa vão envolver também a formação
de nuvens e o regime de chuvas na Amazônia; a troca de matéria e energia entre
a biosfera e a atmosfera na área da floresta; estudos sobre ecologia, como a
vegetação da mata, os nutrientes e composição do solo, entre outros temas.
Além da torre de 320 metros, serão construídas quatro
torres auxiliares, em formato de cruz, a cerca de 100 metros de distância da
estrutura principal. Elas terão 80 metros de altura, de acordo com Artaxo.
Quanto Mais Alto, Melhor
Já existem outras torres de pesquisa construídas na
Amazônia, com tamanhos menores - de 65 a 85 metros de altura, aproximadamente.
Uma delas tem 82 metros e está gerando dados científicos desde janeiro do ano
passado, segundo o coordenador do ATTO. "Quanto mais alto medirmos, mais a
gente vai saber o que o vento está trazendo. Virão contribuições [em termos de
dados sobre a atmosfera, por exemplo] de distâncias maiores", diz Manzi.
(Foto: Divulgação/ATTO)
Torre de 82 metros na Amazônia que está gerando dados científicos desde janeiro de 2012, segundo Manzi |
Artaxo pondera que o "footprint" da torre de
320 metros, isto é, a capacidade de medir dados originários de longas
distâncias, vai ser de cerca de 1.000 km, dependendo da velocidade do vento.
Pelo Menos 30 Anos
As torres do ATTO estão sendo instaladas em uma área da
floresta amazônica a 150 km a nordeste de Manaus, seguindo uma linha reta, diz
o coordenador do programa. "Este é um projeto de pelo menos 30 anos de
duração", afirma ele.
Na avaliação de Manzi, a torre é uma das maiores do mundo
entre as construídas especificamente para fins científicos.
Um programa similar ao ATTO, com objetivo de fazer
monitoramento meteorológico, está sendo realizado na Sibéria já há alguns anos
- uma torre de 300 metros de altura foi instalada na região do pequeno povoado
de Zotino, que fica a cerca de 3 mil km da capital da Rússia, Moscou, também em
parceria com a Alemanha.
Mas o projeto brasileiro, do ponto de vista científico,
"vai ser mais completo", diz Manzi. Ele considera que o ATTO vai se
tornar referência mundial em pesquisas sobre florestas tropicais, já que não há
programa igual sendo executado neste tipo de ecossistema.
(Foto: Divulgação/ATTO)
Torre de monitoramento meteorológico instalada na Sibéria |
Fonte: Site G1 do globo.com
Me espanta o fato de nenhuma daquelas "entidades sem fins lucrativos" ligadas em "causas ambientais" ter implicado com essa torre no meio da NOSSA floresta.
ResponderExcluirIdem, Marcos. Parece que estão procurando "protege-la" privatizando-a, seguindo a mesma linha que alguns outros países defendem.
ResponderExcluirRelativamente a torre em si, parece que não é tarefa para quem tem medo de alturas. Tem um video mostrando tecnicos averiguando uma torre de comunicação... é para duros (aqui). A Alemanha é um país conhecido, na Europa, pela sua competencia (são a primeira economia europeia), e é bom sinal estarmos envolvidos em vários projetos cientificos com eles.