Segundo Novo Estudo de Astrônomo Canadense, a Chance do Asteroide "Apophis" Atingir a Terra é Maior do Que Se Pensava
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(Crédito: Reprodução/NASA)
A NASA tem uma página que acompanha em tempo real a trajetória do asteroide Apophis pelo sistema solar. |
No dia de ontem (03/09), o portal do Jornal Correio Braziliense (CB) noticiou que segundo um novo estudo de um astrônomo canadense publicada na semana passada, a chance do Asteroide Apophis (Deus do Caos) atingir a Terra é maior do que se pensava, asteroide este que vai passar perto do nosso planeta em 2029, 2036 e 2068. Esse novo estudo analisa a possibilidade de um pequeno corpo celeste colidir com ele, alterando a velocidade e, consequentemente, a trajetória.
De acordo com a nota do portal, o asteroide Apophis, batizado em homenagem ao deus egípcio do caos, tem sido um dos corpos celestes mais observados nos últimos anos. A passagem relativamente próxima à Terra em 2029 gera grande expectativa na comunidade científica e, claro, algumas preocupações. Mas e se, antes dessa aproximação tão aguardada, Apophis sofresse um pequeno, mas significativo, impacto? Um novo estudo publicado no The Planetary Science Journal aprofunda o assunto em questão, analisando as chances de um encontro cósmico desviar a trajetória do asteroide e colocar a Terra em risco.
Quando os cientistas descobriram Apophis, em 2004, observações o colocaram brevemente no nível 4 na escala de risco de impacto de Torino. A tabela indica que 0 é a probabilidade de impacto é zero ou próxima disso. Já o 10 significa "uma colisão certa, capaz de causar uma catástrofe climática global que pode ameaçar o futuro da civilização como a conhecemos, seja impactando a terra ou o oceano."
Embora o nível 4 possa parecer baixo, é o nível mais alto de qualquer objeto que foi descoberto desde que a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa, na sigla em inglês) começou a monitorar Objetos Próximos à Terra (NEOs) potencialmente perigosos. Por isso, os astrônomos acompanham o asteroide de perto.
A pesquisa do astrônomo canadense Paul Wiegert, publicada na semana passada, modela, então, a possibilidade de um pequeno asteroide colidir com Apophis, alterando a velocidade e, consequentemente, a trajetória.
Estimando possíveis impactos com pedregulhos de diferentes tipos e tamanhos existentes no sistema solar, o cientista chegou à conclusão de que a probabilidade de um impacto capaz de desviar significativamente o asteroide de seu curso atual é extremamente baixa, inferior a uma em um milhão. Mesmo um impacto que pudesse alterar a distância de aproximação da Terra em 2029 tem uma probabilidade ainda menor, inferior a uma em um bilhão. Apophis deve passar relativamente próximo à Terra ainda em 2036 e 2068.
Na conclusão, o cientista alerta que as chances de não ter a colisão "são muito boas, embora tornem o risco de impacto um pouco maior do que pensávamos anteriormente." "O monitoramento constante de Apophis é fundamental para garantir a segurança do nosso planeta", conclui Paul Wiegert.
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