Novo Detector Quântico Desenvolvido Pela NASA em Parceria Com o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) Poderá Revolucionar a Computação
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue uma interessante notícia postada ontem
(03/03)
no site ‘Olhar Digital’ destacando
que a NASA anunciou importantes
avanços no desenvolvimento de um novo Detector
Quântico. Saibam mais dessa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Detector Quântico da NASA Pode Revolucionar a Computação
“A transmissão de informações quânticas por longas
distâncias tem sido, até agora, muito limitada”, disse Ioana Craiciu, principal
autora do estudo
Por Lucas Soares
03/03/2023 - 18h45
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
A NASA anunciou importantes avanços
no desenvolvimento de um novo detector quântico. De acordo com a agência, o
sistema pode revolucionar a forma como computadores quânticos trocam informações.
O dispositivo criado pela NASA em parceria com o
Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) “é capaz de medir o tempo
preciso em que cada fóton o atinge, dentro de 100 trilionésimos de segundo, a
uma taxa de 1,5 bilhões de fótons por segundo. Nenhum outro detector alcançou
essa taxa”, explica a nota.
Como Funciona a Computação Quântica?
Dispositivos quânticos funcionam utilizando bits
quânticos, ou qubits na abreviação. Eles são basicamente o equivalente quântico
aos bits utilizados na computação tradicional. Enquanto bits computacionais
processam informações em 0 ou em 1, os qubits podem ser os dois ao mesmo tempo.
Apesar do sistema tradicional funcionar para cálculos
computacionais convencionais, no universo quântico eles se tornam
insuficientes, como explica uma publicação da Universidade de Innsbruck, na Áustria.
“Os blocos de construção dos computadores quânticos são mais do que apenas
zeros e uns”, diz Martin Ringbauer, físico da instituição.
Mas Como o Dispositivo da NASA Pode Ser Revolucionário?
“A transmissão de informações quânticas por longas
distâncias tem sido, até agora, muito limitada”, disse Ioana Craiciu, principal
autora do estudo que descreve esses resultados. “Uma nova tecnologia de
detector como o PEACOQ (como o projeto é chamado), que pode medir fótons
individuais com uma precisão de uma fração de nanossegundo, permite enviar
informações quânticas em taxas mais altas, mais longe.”
Ao contrário dos bits tradicionais, os qubits não podem
ser copiados e transmitidos sem serem destruídos. Aumentando a complexidade, as
informações quânticas transmitidas por meio de fibras ópticas por meio de fótons
codificados se degradam após apenas algumas dezenas de quilômetros, limitando
bastante o tamanho de qualquer rede futura.
Ou seja, para transmitir informações quânticas a longas
distâncias é preciso usar uma rede implementada em satélites que ficam na
órbita da Terra. Mas para complicar ainda mais a situação, os fótons se
emaranham na órbita e influenciam nos dados uns dos outros.
Para que esses fótons emaranhados sejam recebidos no solo
por um terminal de computador quântico, é necessário um detector altamente
sensível como o PEACOQ para medir com precisão o tempo que recebe cada fóton e
entregar os dados que ele contém.
Como é Esse Detector?
Apesar de todo esse emaranhado de fios, o detector em si
é bem pequeno, mas bem pequeno mesmo. Esse pavãozinho mede 13 mícrons de
diâmetro e é composto 32 nanofios supercondutores de nitreto de nióbio em um
chip de silício com conectores que se espalham como a plumagem do homônimo do
detector. Cada nanofio é 10.000 vezes mais fino que um fio de cabelo humano.
“No curto prazo, o PEACOQ será usado em experimentos de
laboratório para demonstrar comunicações quânticas em taxas mais altas ou em
distâncias maiores”, disse Craiciu. “A longo prazo, pode fornecer uma resposta
à questão de como transmitimos dados quânticos ao redor do mundo.”
Comentários
Postar um comentário