ESA Pretende Estabelecer 'Fuso Horário na Lua' Criando Uma Espécie de Relógio Lunar Para o Satélite Natural da Terra
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, segue abaixo uma notícia postada ontem
(02/03)
no site ‘Canaltech’ destacando que a Agência Espacial Europeia (ESA) quer criar um ‘Relógio para Lua’, e em breve poderá existir
‘Fuso horário’ neste satélite natural da Terra. Saibam mais sobre
essa iniciativa pela matéria abaixo.
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Existe Fuso Horário na Lua? Não, Mas Isso Pode Mudar
em Breve
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patrícia Gnipper
02 de Março de 2023 às 17h36
Fonte: ESA
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA
Um novo “relógio” deve ser criado para marcar as horas na
Lua, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA). A ideia é que astronautas e
satélites de comunicação tenham seus próprios sistemas de contagem de tempo por
lá, permitindo uma sincronização entre as missões lunares e com as equipes na
Terra.
Ainda nesta década, a humanidade voltará à Lua — e desta
vez para ficar. Um dos objetivos do programa
Artemis da NASA é estabelecer uma base lunar para garantir a presença
humana permanente por lá. Entretanto, esse não é o sonho de apenas dos
estadunidenses: o programa de parcerias da NASA com outras agências
espaciais (como a ESA), além de empresas espaciais privadas, possibilita que a
plataforma Artemis seja usada para envio
de astronautas e cargas de vários outros países.
Isso significa que a superfície da Lua pode se tornar um
tanto movimentada num futuro bastante próximo, com astronautas e equipamentos
robóticos se comunicando entre si e com a Terra por meio de vários satélites em
órbita. E isso vai exigir um sistema eficiente da contagem do tempo lunar,
assim como temos em nosso planeta.
(Imagem: Reprodução/ESA-K Oldenburg)
Infográfico da iniciativa Moonlight da ESA, cujo núcleo contará com satélites de navegação lunar dedicados e faróis de superfície lunar fornecendo fontes de alcance adicionais e cobertura estendida. |
Atualmente, cada nova missão lançada à Lua é operada em
sua própria medição de tempo, sendo baseada nos relógios da Terra — antenas
mantêm os cronômetros a bordo das espaçonaves sincronizados com o tempo
terrestre. Só que isso não será sustentável nos próximos anos.
Na Terra, o sistema único de tempo e fusos horários se
baseava em um referencial geodésico, o que serviu de base para os Sistemas
Globais de Navegação por Satélite (GNSS). Estes, por sua vez, funcionam com
relógios extremamente precisos, para garantir uma sincronia perfeita em todas
as localizações do planeta.
É graças a esse sistema de horários que podemos usar
tecnologias como smartphones com GPS, por exemplo. E, para o engenheiro-chefe
da Galileo (o sistema GNSS da ESA), Jörg Hahn, "a experiência desse
sucesso [na Terra] pode ser reutilizada para os sistemas lunares técnicos de
longo prazo". Por outro lado, Hahn observa que “a cronometragem estável na
Lua apresenta seus próprios desafios únicos — como considerar fato de que o
tempo passa em um ritmo diferente lá devido à gravidade específica da Lua e aos
efeitos de velocidade".
(Imagem: Reprodução/NASA)
Trocando em miúdos: o tempo passa mais rápido em mundos
de menor gravidade. Isso acontece devido ao fenômeno de dilatação do tempo,
explicado pela Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.
E "claro, o sistema de tempo acordado também terá que ser prático para os
astronautas", disse Bernhard Hufenbach, membro da iniciativa Moonlight, da
ESA.
O Moonlight é um projeto que visa desenvolver este novo
sistema de horários lunares para facilitar as comunicações no nosso satélite
natural. A NASA também pretende criar seu serviço de comunicação e navegação
lunar, chamado Lunar Communications Relay and Navigation System. Para interagir
e maximizar a interoperabilidade, esses sistemas precisarão empregar a mesma
escala de tempo.
Outro desafio, segundo Hufenbach, será a “anatomia” da
Lua, cuja região equatorial tem "dias" que duram 29,5
dias terrestres. Esse período inclui as noites, que duram cerca de quinze
dias terrestres. Mas esses desafios podem ser superados pelo trabalho e
colaboração das equipes de ambas as agências espaciais.
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