Segundo Dados do 'Telescópio SOFIA', a Água na Superfície Iluminada da Lua Pode Ser Mais Abundante do Que Se Pensava
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue abaixo uma notícia publicada dia (02/09) no
site “Canaltech”, destacando que dados
coletados pelo ‘Telescópio Sofia’ confirmaram a existência de água na
superfície iluminada da Lua.
Pois é, e o show amigos da NASA continua.
Brazilian Space
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Água na Superfície Iluminada da Lua Pode Ser Mais
Abundante do Que Se Pensava
Por Daniele
Cavalcante
Editado por Rafael
Rigues
02 de Setembro de
2022 às 10h45
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/Daniel Rutter
Novos dados do telescópio Sofia confirmaram a existência
de água na superfície iluminada da Lua. Os astrônomos já haviam usado este
mesmo instrumento em 2020 para encontrar água
fora das crateras escuras dos polos lunares, mas as novas observações
sugerem que a quantidade pode ser maior que se pensava até então.
Encontrar água na Lua é crucial para os planos de manter
uma base humana permanente e sustentável em nosso satélite natural. Por isso, o
SOFIA (sigla em inglês para Observatório Estratosférico para Astronomia
Infravermelha) foi usado para detectar e mapear o mineral por lá.
Os cientistas já sabem que há uma boa quantidade de água
congelada nos polos norte e sul da Lua, em crateras que jamais recebem
radiação solar. Talvez existam até mesmo reservas
de lençóis de água vulcânica, que também pode abastecer os astronautas.
Agora, o SOFIA, telescópio que opera a bordo de um Boeing
747, confirmou suas descobertas de 2020 e coletou dados muito mais detalhados
para o mapeamento da distribuição de água na superfície iluminada da Lua — ou
seja, fora das crateras sombrias dos polos.
Com um número maior de observações na região da Cratera
Moretus, o SOFIA descobriu que a abundância varia de acordo com a temperatura e
latitude. Quanto mais próximo do polo e menor a temperatura, mais água é
encontrada.
(Imagem: Reprodução/NASA/Daniel Rutter)
Montado em um avião, o observatório SOFIA foi o responsável pela descoberta das moléculas de água presa ao solo da Lua em 2020 e confirmadas em agosto de 2022. |
De acordo com os autores do estudo, publicado na revista Geophysical
Research Letters, o telescópio voador conseguiu até mesmo distinguir entre
moléculas de água (H2O) e hidroxila (OH) melhor do que telescópios terrestres
fariam. Isso é importante para compreendermos como essas moléculas surgiram na
Lua.
A hidroxila (que contém apenas um átomo de hidrogênio e
um de oxigênio) é mais abundante na Lua porque é produzida por meio das
interações entre o vento solar e o solo lunar — o Sol bombardeia hidrogênio na
Lua, que por sua vez interage com o oxigênio já existente por lá.
Quando micrometeoritos atingem a superfície lunar, o
calor gerado age como o último ingrediente para a formação da água a partir da
hidroxila. Parte dessa água evapora e escapa para o espaço — por não haver uma
atmosfera na Lua — mas outra parte fica presa nas rochas.
Além de um importante recurso natural para a futura base
humana na Lua, a descoberta também é útil para estudos sobre a presença de água
em outros corpos celestes sem atmosfera. O SOFIA será desativado no final de
setembro, mas os cientistas encontrarão mais detalhes sobre a água lunar em
2024, quando o veículo
VIPER, da NASA, for lançado.
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