Segundo a IstoÉ Dinheiro, Brasil Entra na Corrida Espacial – Graças à Virgin Orbit, do Bilionário Richard Branson
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo um pequeno artigo postado dia (01/07) no
site da 'Revista ISTO É DINHEIRO' tendo como destaque a recente autorização
recebida pela empresa ‘Virgin Orbit’ para usar a Base de Alcântara em sua
missões espaciais comerciais.
Bom amigos leitores, apesar do título dessa matéria ser
um tanto fantasiosa, já que mesmo com a chegada da ‘Virgin Orbit’, vale
esclarecer que o Brasil não entra na corrida espacial coisíssima nenhuma, pois na
verdade só colocará Alcântara como uma opção disponível para os lançamentos dos
clientes da 'Virgin Orbit', trazendo com isso alguns recursos para o CLA. Se liga ou dá poltrona.
No entanto, essa empresa americana de origem britânica é
das quatro habilitadas até agora para utilizarem a Base, a única
que realmente está preparada para utilizar comercialmente Alcântara em curto
prazo, sendo as outras três apenas apostas incertas e talvez até fantasiosas.
Agora, afirmar que Alcântara deverá ser a casa preferida
da 'Virgin Orbit' é uma grande ‘forçação de barra’, pois não há nada que indique
isso neste momento. Enfim, segue aí a notícia.
TECNOLOGIA
Brasil Entra na Corrida Espacial – Graças à Virgin
Orbit, do Bilionário Richard Branson
O estratégico espaçoporto de Alcântara deve ser a casa
preferida da Virgin Orbit, do bilionário Richard Branson.
Por Victor
Marques
01/07/2022 - nº 1280 - 01h50
Fonte: Site
da Revista Isto é Dinheiro - https://www.istoedinheiro.com.br
Foi uma boa notícia para todos. Na segunda-feira (27), a
Virgin Orbit, empresa de lançamento de satélites do bilionário Richard Branson,
recebeu formalmente a autorização para que sua subsidiária brasileira, a Virgin
Orbit Brasil Ltda (Vobra), possa operar do Centro de Lançamentos de Alcântara
(CLA), no Maranhão. O anúncio fez as ações subirem como um foguete: alta de
19,2% entre o fechamento de sexta-feira e o de segunda e de 9,25% até
quarta-feira (29). Tudo bem que elas ainda estão 51,6% abaixo do preço negociado
no primeiro dia útil de janeiro. Mas é uma notícia e tanto. “Acessamos uma
série de inclinações orbitais a apenas 2 graus da Linha do Equador e sem a
necessidade de nova infraestrutura permanente”, afirmou em comunicado Dan Hart,
CEO da companhia.
Pelo lado brasileiro, isso significará colocar o País no
mapa de um mercado promissor. De acordo com o relatório Satellites to be Built
& Launched 2021, da Euroconsult, até 2030 serão lançados 17 mil satélites,
média de 1,7 mil por ano. Isso é quatro vezes mais do que na última década. Em
termos de grana, os dados ganham contornos diferentes dependendo da fonte.
Pelas projeções da consultoria Fortune Business Insights, somente o mercado de
transporte de satélites de porte pequeno, médio ou pesado vai crescer de US$
30,8 bilhões (2021) para US$ 54,3 bilhões (2028), alta anual média de 8,81%.
19,2% Alta das Ações da Virgin Orbit no Dia do Anúncio
ABENÇOADO E o Brasil deve voar nesse segmento
muito mais por causa da estratégica localização de Alcântara do que por
investimentos massivos no segmento. “Quando comparado com outros espaços do
mundo, Alcântara possui vantagens competitivas significativas”, afirmaram os
advogados Francisco Werneck Maranhão e Antonio Carlos Almeida Braga, do
escritório Pinheiro Neto, e Guillermo Zuma Hoorn, hoje no Bronstein,
Zilberberg, Chueiri e Potenza, em artigo publicado em dezembro na The Law
Reviews. Eles enumeram sete diferenciais: 1) localização privilegiada, próxima
à linha do Equador; 2) proximidade com o mar, o que possibilita lançamentos em
órbitas polares e equatoriais; 3) baixa densidade populacional; 4) ausência de
terremotos e furacões; 5) baixa densidade de tráfego aéreo; 6) clima que
permite lançamentos durante todo o ano; 7) local ideal para lançamentos
responsivos, caracterizados pela capacidade de enviar carga espacial em curto
prazo e de maneira flexível. Em suma, o clássico lugar abençoado por Deus.
Foto: IstoÉ
Dinheiro
BRASIL COMO BASE Virgin Orbit, fundada há cinco
anos pelo bilionário Richard Branson (acima à esq.), tem Dan Hart como CEO e
faz lançamentos com sistema ideal para Alcântara.
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“Acessamos uma série de inclinações orbitais a apenas
2 graus ao sul da Linha do Equador e sem a necessidade de nova infraestrutura
permanente” Dan Hart CEO da Virgin Orbit (à direita).
No ano passado, a Agência Espacial Brasileira (AEB), que
administra Alcântara, já havia anunciado a Virgin Orbit como uma das quatro
empresas para operar o lançamento de veículos espaciais não militares orbitais
e suborbitais no CLA — além dela, estão as também americanas Hyperion e
OrionAST, e a canadense C6 Launch. O presidente da AEB, Carlos Moura, disse em
comunicado que o Centro é adequado para pequenos lançamentos de satélite. “O
tempo é bom, a pista é maravilhosa, o espaço aéreo está liberado e ela está
equipada com sistemas de rastreamento.” OK, verdade. Mas o que foi decisivo
mesmo é o modelo operacional da Virgin Orbit, que dispensa uma infraestrutura
parruda.
A empresa adota como plataforma de lançamento um sistema
chamado LauncherOne, que usa um avião Boeing 747 adaptado, o Cosmic Girl. Na
prática, o aviaozão carrega o satélite até certo ponto, e faz o disparo dele
para a órbita e retorna. “Todo o equipamento necessário é totalmente
transportável”, afirmou a Virgin Orbit em comunicado. “Sem a necessidade de
qualquer construção da base brasileira.” Alcântara já teve lançamentos
suborbitais, mas a partir de 2023 deve começar a ser usada para uma agenda
orbital, o que muda o jogo. “Ao facilitar a introdução dessa capacidade, a
Virgin Orbit, a AEB e a Força Aérea Brasileira esperam criar uma nova
competência significativa para a área”, disse a empresa. Bom para Branson, bom
para o Brasil.
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