Satélite CAPSTONE Escapa Com Sucesso de Órbita da Terra e Inicia Viagem à Lua
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue abaixo uma notícia postada hoje (04/07) no
site ‘Olhar Digital’, destacando que
segundo a NASA o 'Satélite CAPSTONE' conseguiu escapar da órbita da TERRA dando
início a sua viagem rumo a Lua.
Sensacional, por enquanto tudo dentro dos conformes, parabéns
aos envolvidos.
Avante CAPSTONE
Brazilian Space
Ciência e Espaço
Satélite CAPSTONE Escapa Com Sucesso de Órbita da
Terra e Inicia Viagem à Lua
Por Rafael Arbulu
04/07/2022 - 14h08
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
O
satélite CAPSTONE, lançado
pela NASA há cerca de uma semana, conseguiu escapar da órbita da Terra e
iniciou, finalmente, a sua viagem rumo à Lua, onde deve chegar daqui
a aproximados quatro meses.
A
jornada do CAPSTONE à Lua, no entanto, teve diversas turbulências antes mesmo
de sair da Terra, considerando que o lançamento do satélite do tamanho de um
forno de microondas foi adiada repetidas vezes (seis,
pela nossa conta, fora uma
suspensão temporária) até ser lançado pela Rocket Lab na península
Mahia, na Nova Zelândia.
(Imagem:
NASA/Reprodução)
O pequeno satélite CAPSTONE vai
coletar informações da Lua para auxiliar a NASA no desenvolvimento de novas
tecnologias para o Programa
Artemis. |
“Provavelmente levará um
tempinho até ‘cair a ficha’”, disse Peter Beck, fundador da Rocket Lab, à
Associated Press. “Este projeto nos tomou dois anos, quase dois anos e meio e é
simplesmente, incrivelmente difícil de ser executado. Então ver [o CAPSTONE]
dar esse resultado e ver a nave a caminho da Lua é algo absolutamente épico”.
A missão CAPSTONE chamou a atenção de entusiastas da
astronomia pela suposta “demora” com a qual o satélite chegará à Lua. A missão Apollo 11, de 1969, levou
entre três e cinco dias para alcançar o satélite.
Isso se dá porque, ao contrário do foguete Saturn V, que
levou Neil Armstrong,
Edwin “Buzz” Aldrin
e Michael Collins à Lua, o foguete da Rocket Lab tem “meros” 18 metros (m) de
altura e é mais apreciado pelo seu desempenho no lançamento de artefatos à órbita da Terra, e não
viagens de longas distâncias – a Terra e a Lua são separadas por cerca de 385
mil quilômetros (km). É pouco em termos astronômicos, mas é um “pouco” ainda
considerável para a nossa escala de percepção.
Por isso, o CAPSTONE está
seguindo um modelo de viagem eficiente por uma rota conhecida como
“transferência lunar balística” (BLT). Essencialmente, um caminho que preza
pela economia de
combustível.
“Os BLTs são um tipo de
transferência de baixa energia em que uma nave espacial lança 1-2 milhões de quilômetros
de distância da Terra (onde a perturbação da gravidade do sol se torna
dominante), então retorna à Terra com um raio maior de perigeu do que antes e
um plano de órbita geocêntrico diferente”, explica o documento que descreve a
trajetória da empresa Colorado Advanced Space, que opera a CAPSTONE em parceria
com a NASA.
Basicamente, a nave dá uma
volta na Terra e pega um “embalo” usando a força gravitacional do
Sol para se lançar para fora da nossa órbita. Na prática, não é a propulsão da
nave que a joga para fora de nós, mas sim o “efeito estilingue” dessa manobra.
Ao chegar à Lua, o CAPSTONE
será o primeiro objeto humano no nosso satélite a seguir uma órbita chamada de
“halo retilíneo”, uma forma pomposa de dizer que o artefato vai desenhar
o formato de um ovo, com uma passagem sendo incrivelmente próxima da superfície
lunar, e a outra bem mais distante.
A ideia é capturar diversos
tipos de informações e devolvê-las à NASA, para que a agência espacial
americana as use para desenvolver a Lunar Gateway, uma espécie de base
orbital próxima à Lua – pense na Torre da Liga da Justiça, da DC Comics, só que sem o
Batman e o Superman.
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