Satélite Amazonia 1 Foi Lançado Com Sucesso e Já Está em Órbita

Olá leitor!
 
Segue abaixo uma nota postada hoje (28/02) no site da “Agência Espacial Brasileira (AEB)” destacando que o Satélite Amazônia-1 foi lançado com sucesso nesta madrugada na Índia
 
Brazilian Space
 
Amazonia 1 é Lançado Com Sucesso e Já Está em Órbita
 
Acontecimento representa marco histórico no Programa Espacial Brasileiro 
 
Coordenação de Comunicação Social - CCS 
Fonte: Com informações do MCTI 
Publicado em 28/02/2021 - 03h56 
Atualizado em 28/02/2021 - 04h12 
 

Direto do Centro de Lançamento Satish Dhawan Space Centre, em Sriharikota, na Índia, o satélite Amazonia 1 foi lançado exatamente às 10h24 (hora local) e 1h54 (horário de Brasília).
 
Sem imprevistos, a operação foi um sucesso e o primeiro satélite de observação da Terra totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil já está no espaço, situado numa altitude média de 752 km acima da superfície terrestre.
 
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Carlos Moura, que integra a comitiva do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, acompanhou o lançamento direto da Índia. Presente também no lançamento o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), Clezio de Nardin.
 
Ao final do lançamento bem-sucedido, o ministro Pontes comentou a importância da missão para o Brasil. “O satélite será fundamental para o monitoramento da Amazônia e outros biomas no Brasil, além de inaugurar uma nova era para a indústria brasileira de satélites”, ressaltou.
 
O diretor do INPE/MCTI, Clezio de Nardin, também comemorou o sucesso do lançamento, “um dos marcos mais importantes do desenvolvimento de um satélite”, e confirmou a execução de procedimentos fundamentais para a operação do aparelho. “O satélite executou as primeiras atividades previstas, como a abertura do painel solar, a estabilização de sua orientação em relação à Terra, a verificação preliminar de seus subsistemas e a colocação no modo de prontidão. Iniciamos, neste momento, a fase de teste para verificação do satélite e ajustes de sua câmera, o que permitirá obter a primeira imagem de alta resolução gerada pelo Amazonia 1. 
 
O Amazonia 1 é o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação, junto com os CBERS 4 e 4A. O equipamento integra a Missão Amazonia, que tem por objetivo fornecer dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar especialmente a região amazônica, além de monitorar a agricultura no pais, a região costeira, reservatórios de água e florestas (naturais e cultivadas). Há, ainda, a possibilidade de uso para observações de possíveis desastres ambientais. A Missão pretende lançar, em data a ser definida, mais dois satélites de sensoriamento remoto: o Amazonia 1B e o Amazonia 2. 
 
Entre os ganhos tecnológicos que a missão deverá render ao país, destacam-se a consolidação do conhecimento do Brasil no ciclo completo de desenvolvimento de satélites, o desenvolvimento da indústria nacional dos mecanismos de abertura de painéis solares, o desenvolvimento da propulsão do subsistema de controle de atitude e órbita na indústria nacional, e a consolidação de conhecimentos na campanha de lançamento de satélites de maior complexidade. 
 
Transmissão ao Vivo
 
A Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), realizou uma transmissão ao vivo repleta de vídeos, imagens e comentários de especialistas que participaram do projeto Amazonia 1. 
 
De Brasília, o chefe da Assessoria de Relações Institucionais e Comunicação da AEB/MCTI, André Barreto, participou ativamente da transmissão junto ao diretor do Departamento de Promoção e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI, Daniel Lavouras, que comandou a cobertura. Já em São José dos Campos, na sede do INPE/MCTI, a diretora substituta, Monica Rocha,  participou do evento acompanhada de especialistas do instituto. Participaram, ainda, representantes da AEB/MCTI e de empresas envolvidas no desenvolvimento do satélite. 
 
Aproximadamente uma hora antes do lançamento, o ministro Pontes entrou ao vivo do centro de lançamento. “São 26 técnicos do INPE trabalhando no satélite aqui na Índia há um bom tempo e a informação que tive do diretor Clezio é que está tudo ‘luz verde’, então os sistemas estão operacionais, em modo de voo, e agora começam as desconexões, do modo de sustentação de solo para que ele fique independente”, explicou. 
 
O ministro falou sobre os encontros com autoridades da Índia em ciência e tecnologia o estreitamento de relações para o setor, especialmente nas áreas de nanotecnologia, materiais avançados, inteligência artificial e espaço.
 
Antes de se despedir e seguir para o centro de controle de lançamento, o ministro compartilhou sua euforia. “A expectativa é grande e estou bastante feliz por estar acompanhando com vocês. Sucesso pra todos nós - é o Brasil decolando!” 
 
O presidente da AEB/MCTI, Carlos Moura, comemorou o acontecimento. “O Amazonia 1 coroa um esforço que vem lá de 79, 80, para que o país fosse capaz de desenvolver um satélite próprio de sensorialmente remoto ótico.” 
 
Em uma mensagem gravada em vídeo, o embaixador da Índia no Brasil, Suresh K. Reddy, ressaltou a cooperação entre os países e destacou a operação espacial de seu país. “Vamos testemunhar um novo capítulo, com o lançamento do Amazonia 1 no foguete PSLV. Durante a visita do presidente Bolsonaro no ano passado, Brasil e Índia concordaram em tornar a cooperação na área espacial uma prioridade e estou satisfeito que esse lançamento esteja ocorrendo pouco tempo depois.” A transmissão completa está disponível no canal da AEB no YouTube, em www.youtube.com/aeboficial.
 
Amazonia 1
 
O Amazonia 1 é um satélite de órbita Sol síncrona (polar), que irá gerar imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível VIS e 1 banda próxima do infravermelho Near Infrared ou NIR) capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 64 metros de resolução.
 
Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Sob demanda, o Amazonia 1 poderá fornecer dados de um ponto específico em dois dias. Esta característica é extremamente valiosa em aplicações de observação da Terra, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis diante da cobertura de nuvens na região. 
 
Os satélites da série Amazonia serão formados por dois módulos independentes: um Módulo de Serviço, que é a Plataforma Multimissão (PMM); e um Módulo de Carga Útil, que abriga câmeras imageadoras e equipamentos de gravação e transmissão de dados de imagens.
 
Sobre a AEB
 
A Agência Espacial Brasileira, órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia vinculada ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. 
 
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
 
 
Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB) - http://www.aeb.gov.br 
 
Comentário: Ufa leitor, finalmente este é o fim desta novela que parecia interminável, tanto para esse satélite quanto para a PMM (Plataforma Multimissão) que agora se encontra finalmente qualificada para voo. Com isso o Brasil dá um passo significativo nesta questão, pois como foi falado durante a transmissão desta madrugada, a PMM permitirá diminuir custos e tempo de desenvolvimento para os próximos projetos de satélites com diversas possibilidades de uso. Porém leitor, vale lembrar que a ideia do Amazônia-1 (denominado anteriormente de ‘Satélite de Sensoriamento Remoto – SSR-1’) foi concebida no início dos anos 80 do século passado quando da realização da ‘Missão Espacial Completa Brasileira (MECB)’, missão esta que previa nesta área de satélites o desenvolvimento de quatro satélites, ou seja, os Satélites de Coleta de Dados (SCD) 1 e 2 (já desenvolvidos e até hoje operando no espaço) e os Satélites de Sensoriamento Remoto (SSR) 1 e 2, só agora tendo o primeiro deles concretizado com o lançamento do Amazônia-1. Em outras palavras leitor, apesar do gol marcado nesta madrugada com o lançamento deste satélite, é preciso deixar claro para Sociedade Brasileira que esse projeto atravessou diversos governos de pseudo-direita e esquerda, e que após a descontinuidade do Projeto do VLS-1, o projeto deste satélite passou a ser a maior novela do nosso ‘Patinho Feio’. Portanto por este lado fico contente por este projeto não ter tido o mesmo fim que foi destinado ao VLS-1 e parabenizo toda a equipe do INPE pelo sucesso desta iniciativa. É claro que há questionamentos quanto ao que poderíamos fazer tecnicamente falando (haveria opções mais eficientes e mais baratas), porém para um programa espacial que quase não entrega nada e vende muita fantasia, foi sem dúvida nenhuma um marco histórico. Quiçá amigo leitor esta iniciativa de agora sirva de exemplo e motivação para que o Ministro Marcos Pontes finalmente se mexa e corra na direção correta quanto ao nosso projeto de veículo lançador, uma novela que beira o 'conto da carochinha'. Tá na hora ministro do senhor provar que não está aí neste cargo para só dá sequencia o que já estava em curso no meio científico e tecnológico do país, e sim fazer a diferença. Portanto fale menos e tenha atitude dotando definitivamente o Brasil do seu veiculo lançador. Se mexa. 

Comentários

  1. Ótimo, estou muito feliz que finalmente teve fim esta novela e o satélite finalmente foi lançado... Agora o ministro Marcos Pontes pode até se aposentar inclusive, já não não há mais nenhum projeto espacial em curso neste projeto de país.

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  2. Antes de tudo é muito importante dar continuidade ao que já está sendo feito, caso contrário se morre sempre na praia, aí sim desenvolver novos programas em tecnologias, apenas criticar não adianta nada.

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  3. Que pena que no se haga mención en casi ninguna gacetilla de prensa brasileña que Amazonia-1 tiene varios componentes importantes provistos por INVAP. Lamentablemente parece que no son el tipo de noticias que buscan publicarse sobre Argentina en Brasil, fortaleciendo un sesgo anti Argentino claro en los medios de dicho país.

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    1. É verdade amigo! Atitude lamentável aqui do Brasil...

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    2. Por que a mídia brasileira tem que mencionar a Argentina? Somos obrigados? Qual a importância?
      Segundo um dos engenheiros que fez parte do projeto do satélite Amazônia 1 a maior parte dos componentes do Amazônia 1 foram de fabricação nacional. Já alguns componentes que não fabricamos no país tiveram que comprar no exterior. Isso não é nenhum demérito.
      Se for levar em consideração o que você escreveu eu te pergunto, por que a mídia Argentina não divulga sobre as exportações de urânio enriquecido do Brasil para a Argentina?
      Para mim isso é irrelevante.

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    3. Não somos obrigados. Poucos paises conseguem chegar ao espaço sozinhos, em geral fazem parcerias. Creio que parcerias de sucesso deveriam ser divulgadas, renovadas. Creio que o comentário castelhano, era no sentido de que a mídia costuma colocar os argentinos como nossos inimigos. Coisa que a mídia argentina não faz. Talvez lá não falem das exportações de Ur pq não seja mais novidade, não sei dizer. Importar alguns componentes não é nenhum demérito, pelo contrário, o importante é o sucesso da missão. Mas tem um detalhe, muitas tecnologias não se exportam nem se transferem, não sei se é o caso aqui. Se for, para mim isso sim é relevante.

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  4. Sem dúvida. sinto o mesmo. Foi de doer ver o cancelamento do VLS no final do seu desenvolvimento. Mesmo com muito atraso seria muito importante lançar algo com um veículo próprio. Vejamos se o VLM vai adiante e não repita o roteiro do VLS.

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  5. Tem razao o comentario. O subsistema de determinacao e controle de atitude (ADCS) foi adquirido da INVAP, da Argentina, em uma compra que incluiu a transferência de tecnologia para o INPE, com a permanência de vários engenheiros do INPE na Argentina, em Barloche, na sede da INVAP, para esta transferencia durante o seu desenvolvimento. Isto sempre foi reconhecido no INPE e muitas vezes questionado. Acho que a imprensa brasileira simplesmente não sabe disto. AIias sabe pouco do setor. Este é o único subsistema desenvolvido fora do Brasil. O subsistema de propulsao foi desenvolvido no Brasil e nao é parte do ADCS comprado da INVAP.

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  6. Está aí a relação de tudo que as empresas argentinas forneceram. Não foi pouca coisa não. Uma vergonha que o Brasil esconda essa parceria de sucesso.

    La provisión de INVAP para Amazonia-1 fue la primer exportación de componentes espaciales del país y consistió en la Computadora Principal de Abordo; el Sistema de Control de Actitud del satélite, compuesto por cajas de electrónica de control de actitud y control de thrusters, barras de torque y magnetómetros, y sensores solares gruesos, estos últimos realizados conjuntamente con la Comisión Nacional de Energía Atómica (CNEA); y todo el equipamiento de soporte en Tierra para los sub-sistemas provistos por INVAP.

    En los más de diez años que implicó el proyecto, INVAP e INPE trabajaron en estrecha asociatividad, tanto para realizar algunos desarrollos conjuntos, como para capacitar al personal brasileño garantizando la efectiva transferencia de conocimientos no sólo en el uso de los equipos provistos, sino también en todas las áreas de conocimiento necesarias para diseñar, construir, testear y operar un satélite. La entrega de los componentes en Brasil se realizaron en el año 2014, y el contrato finalizó en el año 2016.

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  7. El suministro de INVAP a Amazonia-1 fue la primera exportación de componentes espaciales del país e incluyó la computadora principal de a bordo; el sistema de control de actitud del satélite, que consta de cajas electrónicas para el control de la actitud y los propulsores, barras de torsión y magnetómetros, y sensores solares gruesos; estos últimos fueron fabricados en conjunto con la Comisión Nacional de Energía Atómica (CNEA) -; y todo el equipo de soporte terrestre para los subsistemas proporcionado por INVAP.

    Fuente: INVAP

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