Marco Legal é Avanço Para o Setor, Mas Precisa de Ajustes, Avaliam Especialistas
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada ontem (05/07) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) destacando que o Marco
Legal é avanço para o setor, mas precisa de ajustes, avaliam especialistas.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Marco Legal é Avanço Para o Setor,
Mas Precisa de Ajustes, Avaliam Especialistas
Para pesquisador Gesil Amarante, nova lei se transformou em "colcha de retalhos".
Já a presidente da SBPC, Helena Nader, afirmou que
regulamentação
é condição para garantir eficiência da legislação.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 05/07/2016 | 19:47
Última modificação: 06/07/2016 | 07:41
Crédito: Ascom/MCTIC
Pesquisador Gesil Amarante discute mudanças no Marco
Legal
de Ciência, Tecnologia e Inovação durante a 68ª Reunião Anual
da SBPC, em
Porto Seguro (BA).
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O Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei n°
13.243/2016), sancionado em janeiro deste ano, representou um avanço para o
setor. No entanto, os vetos da Presidência da República ao texto aprovado pelo
Congresso Nacional retiraram medidas importantes para alavancar a pesquisa no
país. A avaliação feita por especialistas durante painel da 68ª Reunião Anual
da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Porto Seguro
(BA), nesta segunda-feira (4).
O físico e pesquisador Gesil Amarante, coordenador do
grupo de trabalho que formulou o projeto de lei, destacou o caráter conciliador
do texto, construído com a participação de 56 entidades dos setores científico,
tecnológico e produtivo, além do governo. Por outro lado, ele defendeu que os
trechos vetados sejam incorporados ao marco legal para que se consolide o
Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
"Hoje, o que nós temos é uma colcha de retalhos de
sistemas diferentes que não dialogam entre eles. É muito difícil até mesmo você
desenvolver ações dentro de um mesmo estado por não ter esse arcabouço bem
definido. É preciso avançar para viabilizar o Sistema. Para isso, tem que se
fomentar a cooperação e a competição; a mobilidade e a conexão entre os entes;
previsibilidade financeira e políticas de longo prazo; e regulamentações
unificadas", elencou o físico da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
e diretor-técnico do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de
Tecnologia (FORTEC).
Já a presidente da SBPC, Helena Nader, apontou que a
regulamentação do marco legal é condição para garantir a eficiência da lei.
"A regulamentação vai ser fundamental. Temos que deixar claro o que é o
Sistema e como ele é formado, para não dar margem para interpretações
diferentes. Além disso, ele é importante para fortalecer a ciência
brasileira", reforçou.
Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e
Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC), Jailson de Andrade, os primeiros passos rumo a um arranjo mais
favorável ao setor já vem sendo dados por meio da apresentação de novas
propostas de alteração da legislação. Uma delas é a Medida Provisória (MP) 718,
que flexibiliza o regime de contratação por parte do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de institutos de ciência e
tecnologia (ICTs) e pesquisadores.
"O Marco Legal foi um avanço fantástico, foi a
glória para todo o sistema de ciência e tecnologia, tanto acadêmico como
empresarial. Mas os vetos jogaram parte disso para trás. A MP busca reverter os
vetos. É um processo que ainda está em construção, mas está avançando a passos
largos", observou Jailson.
Esforço
No início do mês passado, o ministro Gilberto Kassab
reforçou o compromisso em recuperar o texto original aprovado pelo Senado
Federal. "O ministério vai dar carga total no novo projeto, para que a
gente possa virar a página daqueles vetos", disse Kassab, declarando apoio
ao Projeto de Lei 226/2016 do senador Jorge Viana, em encontro com a comunidade
científica em São Paulo (SP). Segundo o ministro, além dos senadores,
representantes da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática
da Câmara dos Deputados apoiam a proposta. "Essa causa é de todo o
Congresso Nacional e reflete o peso político do novo ministério", afirmou.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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