Via Láctea 'Engole' Galáxia e dá Origem à Corrente Estelar
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (06/07) no
site do “Olhar Digital” destacando que a Via Láctea 'engole' galáxia
e dá origem à corrente estelar.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Via Láctea 'Engole' Galáxia e dá Origem à Corrente Estelar
Estrelas que formam a corrente de Nix já foram parte de
uma galáxia anã próxima até ser 'sugada e esticada' pela força gravitacional da
Via Láctea há um bilhão de anos
Por Renato Mota
Olhar Digital
Fonte: Science Alert
06/07/2020 - 19h07
Uma pesquisa, que utilizou dados mais recentes da missão Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA), encontrou
uma corrente estelar nas proximidades do Sistema Solar que já fez parte de uma galáxia anã - até ser
"engolida" pela Via Láctea. A corrente de Nix (em inglês, Nyx), batizada em
homenagem à deusa grega da noite, está descrita em um estudo
publicado na Nature.
Lançado em 2013, o satélite Gaia estuda o movimento,
velocidade e distância de mais de 1,7 bilhão de estrelas para produzir o mapa 3D mais preciso da Via Láctea. Os pesquisadores
utilizaram essas informações para identificar cerca de 200 estrelas que apesar
de se moverem na mesma direção que o disco de acumulação da nossa galáxia,
chegaram aqui posteriormente, vindas de fora.
De acordo com o modelo padrão da evolução do universo, as
galáxias crescem ao se fundir e absorver galáxias menores, o chamado processo
de acréscimo. Existem muitas evidências disso na Via Láctea, mas todas foram
identificadas por meio de métodos que buscam por objetos que se movem de
maneira diferenciada em relação ao disco galáctico, ou estrelas com uma
composição diferente das originalmente formadas aqui. Encontrar um fluxo de
estrelas que se "encaixou" na rotação da Via Láctea é mais difícil.
Para realizar a descoberta, os cientistas aplicaram
métodos de aprendizado profundo a cinco medidas dimensionais das estrelas
catalogadas (duas de coordenadas angulares, duas de movimento e a paralaxe, que é a diferença na posição aparente de um
objeto visto por observadores em locais distintos), gerando uma pontuação
associada à probabilidade de a estrela ter sido ser acumulada durante a
formação da galáxia.
Com esses dados, a equipe encontrou um grupo de 232
estrelas, todas em movimento conjunto e progressivo - isto é, no sentido da
rotação da galáxia - e com composições químicas semelhantes. Este grupo não
havia sido associado anteriormente a nenhuma outra corrente estelar. Simulando
as órbitas dessas estrelas um bilhão de anos atrás, os pesquisadores perceberam
que elas tinham propriedades orbitais diferentes das estrelas vizinhas.
A equipe de pesquisadores acredita que a corrente estelar
de Nix já foi uma galáxia anã que, em algum momento da longa história da Via
Láctea, foi sugada e esticada à medida em que suas estrelas começaram a orbitar
o centro da Via Láctea. Repetindo a pesquisa, mas com parâmetros mais amplos,
os cientistas encontraram outro grupo de estrelas que correspondia quase
exatamente ao fluxo de Nix e com composições químicas iguais. Este segundo
grupo seria resultado de uma outra passagem da mesma galáxia anã pela Via
Láctea.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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