Estudante da UFMG Descobre 25 Aglomerados de Estrelas e Amplia Conhecimentos Sobre a Via Láctea
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (04/07) no
site “G1” do globo.com, destacando que Estudante da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG) descobre 25 Aglomerados de Estrelas e amplia
conhecimentos sobre a Via Láctea.
Duda Falcão
CIÊNCIA E SAÚDE
Estudante da UFMG Descobre 25 Aglomerados de Estrelas e Amplia
Conhecimentos Sobre a Via Láctea
Filipe Andrade, que fez o
achado durante pesquisa de doutorado em astrofísica, explica que tais conjuntos
auxiliam outros estudos para entendimento das galáxias.
Por Valeska Amorim
G1 Minas — Belo Horizonte
04/07/2020 - 05h59
Atualizado há 11 minutos
Foto: Reprodução / Aladin Sky Atlas e Satélite Gaia
Localização no céu dos principais aglomerados estelares
descobertos pela equipe da UFMG (círculos vermelhos).
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Um infinito número de estrelas brilha, todas as noites,
no céu. Mas o que os olhos conseguem ver a olho nu é uma parte ínfima perto da
quantidade existente nas galáxias. É preciso a ajuda de telescópios para
explorar a beleza que se vê na imensidão negra. E foi usando um super potente,
aliado a estudos e muitas análises, que um estudante da UFMG encontrou 25 novos
aglomerados de estrelas. Uma descoberta que pode ajudar no entendimento da
nossa galáxia, a Via Láctea.
Aglomerados são estrelas que nascem juntas e orbitam as
galáxias. A maioria dos astrônomos recorre à inteligência artificial, a computadores
muito potentes nas buscas. Mas os pesquisadores do Departamento de Física da
UFMG criaram um método em que aliam a tecnologia com supervisão de cada passo
do processo. E foi por meio deste método que o doutorando em astrofísica Filipe
Andrade encontrou os aglomerados, todos batizados com o nome da universidade.
"Muito gratificante achar algo novo. Quando a
gente começa a graduação em física, queremos descobrir coisas novas. E no curso
você cai na real: 'Não vou descobrir nada...(rs). E quando consegue fazer
contribuição para a ciência, volta aquele sonho, aquela expectativa. É muito
bom, porque você coloca nome em algo que está no céu e que todo mundo que
estudar vai lembrar. É um legado que vou deixar", ressalta o estudante.
O professor titular da UFMG Wagner Corradi, que
participou do estudo e, atualmente, é responsável pelo Laboratório Nacional de
Astrofísica, em Itajubá, no Sul de Minas –, explicou de uma maneira bem
didática como é o método utilizado na busca pelos aglomerados.
"Em 2019 estávamos trabalhando com doutorado,
estudando objetos imersos em campo muito cheio de outras estrelas. É como
procurar uma pessoa no Mineirão cheio. Nos estudos, saíram dados mostrando a
distância entre as estrelas e a velocidade delas. É como se, com isso, conseguimos
saber a distância dessa pessoa que está no Mineirão até mim", comparou.
Ou seja, o método facilitou a busca por novos aglomerados
nas galáxias. E a descoberta do grupo da UFMG, destacou o doutorando Filipe
Andrade, tem grande relevância científica.
Foto: Reprodução / Aladin Sky Atlas e Satélite Gaia
Constelação do Cruzeiro do Sul e as estrelas membro dos
aglomerados estelares UFMG 53 UFMG 55 e UFMG 61 (círculos azuis).
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"Um aglomerado serve para provar a evolução
das estrelas individualmente. E como a galáxia é cheia de aglomerados, você
consegue entender a própria galáxia: idade e velocidade que está se movimento,
por exemplo", explicou.
Descoberta em BH
O professor Wagner Corradi contou que, com a descoberta
feita em Belo Horizonte, foram identificados três grupos diferentes,
encontrados na Constelação de Norma. Logo desconfiaram que nunca haviam sido
vistos antes. A equipe da UFMG estudou e comprovou que eram inéditos.
Seguiram procurando por mais, em outras regiões. Ao todo,
encontraram 59 objetos. Alguns também foram encontrados por outros grupos de
pesquisa, que "avisaram" primeiro.
"Quando estávamos preparando a publicação,
computador estava trabalhando também, à procura. E alguns foram reportados na
literatura. Há uma competição entre grupos de pesquisa. Mesmo assim, tivemos 25
descobertos que foram considerados inéditos", comemorou.
Além da descoberta reconhecida, o trabalho dos
pesquisadores da UFMG deixa outro legado. De acordo com o professor Corradi, é
uma prova de que a técnica usada pela equipe é eficaz e independe do uso
exclusivo de computadores. É feita o que eles chamam de "inspeção visual
de um conjunto de dados". E, dependendo do que se encontra, são feitos
ajustes para confirmar o encontro do objeto.
"A procura do computador é mais cega, sem
supervisão. A humana é mais objetiva, usando o visual", salientou Corradi.
Foto: Reprodução / Aladin Sky Atlas e Satélite Gaia
Aglomerado UFMG 62 (estrelas marcadas em vermelho) e o já
conhecido aglomerado NGC3114.
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Aglomerados
O professor Wagner Corradi explicou que cada aglomerado
varia de 100 a 500 estrelas. A idade varia entre alguns milhões de anos até
bilhões de anos. Alguns são difíceis de serem identificados porque a poeira
interestrelar "apaga" a maioria das estrelas.
"É mais uma questão de persistência do que
dificuldade. São difíceis, claro, por isso não foram encontrados antes. Mas os
dados foram fundamental: separamos pela velocidade e não pela
localização", completou o "descobridor" Filipe Andrade.
E a descoberta dos aglomerados batizados de UFMG não para
por aí. Afinal, conforme disse o professor Wagner Corradi, a técnica poderá ser
usada em outras situações e contribuir para o desenvolvimento tecnológico do
país.
Foto: Cortesia / Wagner Corradi
O professor da UFMG Wagner Corradi e o doutorando Filipe
Andrade.
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Fonte: Site G1 do Globo.com - http://g1.globo.com
Comentário: Pois é, esta é mais uma prova do avanço da Astronomia
Brasileira. Parabéns ao jovem estudante Filipe Andrade e ao seu orientador, o Prof.
Wagner Corradi, por está grande descoberta. Quiçá poderemos um dia acompanhar a
chamada Astronomia Espacial também seguindo o mesmo rumo de desenvolvimento da Astronomia
Convencional Brasileira. Minha parte como Cidadão Brasileiro venho fazendo,
dando inclusive ideias a profissionais do setor para que apesar das grandes dificuldades
oriundas de um desgoverno no setor, se partir para uma missão realmente
significativa que leve a bandeira brasileira aos confins do nosso sistema
solar. Quem sabe teremos novidades em breve, quem sabe ?????
A astronomia brasileira é de primeiro mundo, muita respeitada pelos seus pares, uma pena o governo ter manchado ela com o calote no pagamento do ELT e termos sido expulsos desse grande telescópio.
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