Como é o Dimorphos, o Asteroide Que a NASA Tentará Desviar em Sua Primeira Missão de Defesa Planetária
Olá leitor!
Segue abaixo um artigo postado ontem (30/06) no
site de tecnologia ‘Tilt’ do Portal UOL, tendo como destaque o Asteroide
Dimorphos que a NASA tentará desviar em sua primeira Missão de Defesa
Planetária.
Duda Falcão
ASTRONOMIA
Como é o Dimorphos, o Asteroide Que a NASA Tentará Desviar
em Sua Primeira Missão de Defesa Planetária
Segundo a NASA, a cada 10 mil anos existe possibilidade
de que asteroides com mais de 100 metros possam atingir a Terra e causar
grandes estragos; por isso, agência quer fazer teste para estar precavida.
Por BBC News
Tilt
30/06/2020 - 10h50
Imagem: NASA/JOHNS HOPKINS APL
Há anos, cientistas se preparam para enfrentar uma ameaça
distante, mas que poderá, um dia, se tornar real. São asteroides que passam
"perto" da Terra e que, em tese, poderiam colidir com o planeta.
A NASA diz que "não se sabe de um asteroide que
represente um risco de impacto na Terra nos próximos 100 anos". Do que se
sabe até agora, o asteroide mais perigoso é o 2009FD, que tem menos de 0,2% de
chance de atingir a Terra em 2185.
Mas os especialistas preferem ser cautelosos e estar preparados
para uma ameaça real.
Para isso, a NASA, em colaboração com a Agência Espacial
Europeia (ESA, na sigla em inglês), prepara a sua primeira missão de defesa
planetária, que tentará atingir um asteroide para desviar sua órbita.
A missão é chamada DART, que em inglês significa dardo e,
neste caso, são as iniciais em inglês de Teste de Redirecionamento Duplo de
Asteroides.
Esta missão histórica está planejada para algum momento
entre julho e setembro de 2022, e o alvo será um recém-nomeado asteroide,
Dimorphos.
Dimorphos significa "duas formas", uma vez que
seria o primeiro corpo celeste a ter a forma de sua órbita alterada devido à
intervenção humana.
Mas como será a operação e o que faz de Dimorphos uma
cobaia perfeita para experimentar essa técnica de defesa planetária?
Impacto Cinético
A missão do teste DART será a primeira tentativa de
desviar um objeto espacial usando o que os especialistas chamam de
"impacto cinético".
A operação consistirá no lançamento da espaçonave DART
para viajar pelo espaço e colidir deliberadamente com o Dimorphos.
A ideia é fazer com que o impacto mude a trajetória do
Dimorphos sua trajetória — como quando duas bolas de bilhar colidem.
"O que queremos é alterar a velocidade do objeto em
talvez um centímetro por segundo", explica o astrônomo Andy Rivkin, um dos
líderes de missão, no portal DART.
"Isso não é muito", diz ele, mas pensando na
Terra, isso seria suficiente para desviar seu curso e evitar colisões.
Entre todas as opções avaliadas, a NASA considera o
impacto cinético o método "mais simples e tecnologicamente maduro" de
defender a Terra dos asteroides.
Como é a Nave DART
O dardo que planeja atingir Dimorphos é uma embarcação
que pode percorrer 6,6 km por segundo.
É equipada com painéis solares que, quando implantados,
medem 8,5 metros de comprimento cada.
Imagem: NASA
Dentro, haverá uma câmera que ajudará a navegar no espaço
e identificar o alvo, além de escolher o melhor ponto de impacto.
A sonda também carregará um satélite cúbico que será
desconectado alguns dias antes da colisão e tentará capturar imagens do momento
de impacto entre o DART e o Dimorphos.
Por Que Dimorphos é o Alvo Ideal
O asteroide Dimorphos faz parte de um sistema binário,
porque gira em torno de outro asteroide chamado Didymos, que em grego significa
gêmeos.
O Dimorphos tem um diâmetro de 160 metros e é menor que
Didymos, que tem um diâmetro de 780 metros.
A sonda DART atingirá Dimorphos quase de frente,
encurtando o tempo que esse pequeno asteroide leva para orbitar Didymos por
vários minutos.
O plano em 2022 é que, com o impacto, os telescópios da
Terra possam medir o quanto a órbita de Dimorphos mudou.
A ideia de lançar o DART no segundo semestre de 2022 é
que, nessa época, o sistema Didymos estará mais perto da Terra, a cerca de 11
milhões de quilômetros, o que permitirá melhores observações.
Simplificando, o Dimorphos será o alvo perfeito para
avaliar a eficácia de uma nave como o DART no desvio de um objeto celeste de
outro.
Defesa Planetária
Os programas de defesa planetária visam proteger a Terra
da ameaça de objetos cósmicos próximos.
Um asteroide é considerado próximo da Terra quando sua
órbita o leva a cerca de 50 milhões de quilômetros do nosso planeta.
Imagem: NASA/JOHNS HOPKINS APL
Embora a grande maioria dos objetos próximos que entram
na atmosfera da Terra se desintegre antes de atingir a superfície, os maiores
de cerca de 30 metros podem causar danos se conseguirem atravessar a atmosfera.
Segundo a NASA, um objeto é considerado potencialmente
perigoso se orbitar 7,5 milhões de km da Terra e tiver mais de 140 m de
diâmetro.
Todo mês, os astrônomos conseguem detectar vários
asteroides com alguns metros de diâmetro que passam entre a Terra e a Lua.
Todos os dias, a atmosfera da Terra também é atingida por meteoroides, que são
pequenos fragmentos de asteroides de cerca de um metro e causam rastros
brilhantes que podem ser vistos à noite.
Segundo a NASA, em média, a cada 10 mil anos existe a
possibilidade de que asteroides com mais de 100 metros possam atingir a Terra e
causar desastres ou gerar ondas que inundem áreas costeiras. Portanto, por
enquanto não há nada com que se preocupar, mas é melhor estar preparado.
Fonte: Site Tilt do UOL - https://www.uol.com.br/tilt
Essa gigantesca e inconsequente atitude, outras colisões enquanto o asteroide seguir seu caminho e fazer com que outros asteróides entrem em rota de colisão com a Terra. Vai ser como fazer um caminho de dominó, vai mexer em um e derrubar todos e não dá pra dimensionar o tamanho do estrago !!!!
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