Rajada Rápida de Rádio é Detectada Pela 1ª Vez na Via Láctea
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (03/05) no site “Tecmundo”,
destacando que a enigmática ‘Rajada Rápida de Rádio’ foi detectada pela
1ª vez na Via Láctea.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Rajada Rápida de Rádio é
Detectada Pela 1ª Vez na Via Láctea
Por Maria Tamanini
Tecmundo
Via Nexperts
03/05/2020 às 20:00
Fonte: Metro / Reprodução - https://metro.co.uk/2020/01/07/mysterious-alien-fast-radio-burst-deep-space-signal-traced-nearby-galaxy-12015127/
Pela 1ª vez desde que as misteriosas rajadas rápidas de rádio
começaram a ser detectadas, cientistas conseguiram capturar um desses fenômenos
cósmicos aqui na Via Láctea. A origem do incrivelmente fugaz e enigmático pulso
de energia foi traçada até uma magnetar – uma estrela de nêutrons com campos
magnéticos superpoderosos – situada a 30 mil anos-luz de distância da Terra e o
sinal foi tão intenso que poderia ter sido observado até de outra galáxia.
Enigma
As rajadas rápidas de rádio são, conforme mencionamos,
pulsos de energia extremamente poderosos e efêmeros que, apesar de serem
observados há vários anos, seguem sendo um mistério para os cientistas.
Tipicamente, os sinais liberam uma quantidade de energia que pode ser superior
à produzida por 500 milhões de estrelas como o nosso Sol, mas, como eles são
aleatórios, dificilmente são seguidos de repetições, têm apenas meros
milissegundos de duração e geralmente partem de galáxias situadas a milhões de
anos-luz de distância de nós, estudar esses eventos é um desafio para os astrônomos.
Fenômenos fugazes.
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Aliás, foi só recentemente que os astrônomos começaram a
descobrir de onde esses pulsos partem, mas ainda existe bastante debate sobre
que tipo de fenômeno ou astro poderia estar por trás desses eventos. Entre as
teorias apresentadas até agora, sabemos que os cientistas incluíram as
supernovas – mortes explosivas de estrelas supermassivas – e até possíveis
civilizações alienígenas (vai saber...), assim como as magnetares, ou
seja, estrelas de nêutrons formadas pelos remanescentes de supernovas.
Esses astros têm a peculiaridade de serem incrivelmente
densas e contarem com campos magnéticos cerca de mil vezes mais intensos do que
as estrelas de nêutrons convencionais. Esse efeito é resultado da imensa força
gravitacional que mantém essas estrelas coesas – e o resultado é que, além de
os campos gravitacionais provocarem distorções no formato desses astros, as
tensões entre essas duas forças (a gravitacional e a magnética) podem gerar
“estrelamotos” e a liberação de colossais fluxos de energia.
Fim do Mistério Cósmico?
No caso do pulso registrado agora, embora a sua duração
tenha sido de apenas um piscar de olhos, ele foi capturado por diversos
radiotelescópios e equipamentos espalhados por todo o planeta no dia 28 de
abril, e a sua origem parece ter sido uma magnetar conhecida pela sigla SGR
1935+2154 situada aqui em nossa galáxia.
Na véspera do evento, instrumentos em várias partes do
mundo detectaram um aumento de atividade na estrela, mas nada muito fora do
habitual. No entanto, no dia seguinte, o telescópio canadense CHIME – sigla de Canadian
Hydrogen Intensity Mapping Experiment –, focado em rastrear o cosmos em
busca de fenômenos passageiros, ainda estava apontado para a SGR 1935+2154 e
capturou um sinal tão intenso que o sistema do equipamento sequer foi capaz de
quantificá-lo.
Parece que são as magnetares mesmo as fontes dos pulsos.
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Além do CHIME, outro projeto, o STARE 2, liderado por
pesquisadores do Caltech, nos EUA, e criado exclusivamente para detectar
rajadas rápidas de rádio, também registrou o pulso. E não foi só isso: ademais
do forte sinal, foi capturada a liberação de raios-X, algo que é bastante comum
de se registrar em magnetares, apoiando a possibilidade de que as rajadas
tenham relação com essas estrelas e, neste caso específico, tenha sido mesmo
produzida pela SGR 1935+2154. Calma lá... “tenha sido”?
Como a detecção dessas rajadas rápidas de rádio ocorreu
há poucos dias, os cientistas ainda estão se debruçando sobre todas as
observações e dados coletados por instrumentos espalhados mundo afora – e até
alguns que se encontram em órbita –, e ainda precisarão fazer levantamentos e
acompanhar atentamente a atividade da SGR 1935+2154 para confirmar que o pulso
veio de lá, como indicam (fortemente) as evidências até agora.
Além disso, está a questão dos raios-X, pois, como até
agora todas as rajadas identificadas tiveram suas origens em galáxias
distantes, essa peculiaridade não tinha sido registrada ainda. Mas essa
liberação paralela indica que o enigmático fenômeno possa vir acompanhado de
outros eventos cósmicos também, o que ajudaria a identifica-los e a desvendar
os mistérios que os cercam.
Fonte: Site Tecmundo - https://www.tecmundo.com.br
Comentário: Pois é leitor, essas enigmáticas ‘Rajadas Rápida
de Rádio’ tem causado há algum tempo dor de cabeça aos astrofísicos de todo mundo
que estudam esses fenômenos, e pelo visto continuará causando sabe-se lá ainda
por quanto tempo.
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