A Lua Ainda é Geologicamente Ativa? Áreas Sem Regolito Indicam Que Sim; Entenda!
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (04/05) no
site “Canaltech” destacando que áreas sem Regolito na Lua indicam
que ela é Geologicamente Ativa.
Duda Falcão
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A Lua Ainda é Geologicamente Ativa? Áreas Sem Regolito Indicam Que Sim; Entenda!
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Brown University
04 de Maio de 2020 às 16h09
Por muito tempo, cientistas consideraram que a Lua fosse
um corpo “morto”, ou seja, sem quaisquer tipos de atividades geológicas. No
entanto, rochas recém-expostas mostram que o nosso satélite natural, na
verdade, parece exibir processos tectônicos ativos que teriam começado com um
impacto de muito tempo atrás — que quase destruiu a Lua.
De acordo com um novo estudo liderado por Adomas
Valantinas, estudante de pós-graduação da Universidade de Berna, na Suíça, as
novas evidências da atividade sísmica lunar são pontos espalhados pelo lado
próximo da Lua (o lado que sempre está voltado para a Terra), onde a rocha é
visivelmente exposta.
A maior parte da superfície lunar é coberta pelo pó
chamado regolito, mas Valantinas usou dados da sonda Lunar Reconnaissance
Orbiter (LRO), da NASA, para detectar os estranhos pontos
descobertos dentro e ao redor das grandes manchas escuras chamadas mares
lunares. Como é bastante raro encontrar algo que não é coberto pelo regolito
por lá, isso chamou a atenção dos pesquisadores.
(Imagem: NASA)
Imagens do Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA revelaram
estranhos pontos onde falta o onipresente regolito; as manchas sugerem um
processo tectônico ativo.
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Esses blocos expostos na superfície “têm uma vida útil
relativamente curta, porque o acúmulo de regolitos está acontecendo
constantemente”, disse Peter Schultz, coautor do estudo. Por isso, ele conclui
que “quando esses blocos são vistos, é preciso haver uma explicação de como e porque
eles foram expostos em determinados locais”. De acordo com a pesquisa, eles são
evidências de atividade sísmica iniciada há 4,3 bilhões de anos que pode ainda
existir nos dias hoje.
Outro ponto interessante desse estudo é que as
cordilheiras analisadas parecem não ter relação com as bacias de rochas
expostas vistas anteriormente, que já foram preenchidas com lava. "A
distribuição que encontramos aqui pede uma explicação diferente", disse
Schultz.
Schultz e Valantinas sugerem que os cumes analisados ainda
estão subindo, em um movimento que quebra a superfície e permite que o regolito
escoe por rachaduras, deixando os blocos expostos. Eles deram até um nome para
a atividade sísmica da Lua: ANTS, sigla para Active Nearside Tectonic System.
Os pesquisadores acreditam que o ANTS começou bilhões de anos atrás por causa
de um impacto gigantesco no lado afastado da Lua.
Em estudos anteriores, Schultz sugere que esse mesmo
impacto formou a Bacia do Polo Sul-Aitken. Isso teria destruído o interior do
lado próximo e o magma teria preenchido essas rachaduras. Assim, o ANTS até
hoje deixaria contínuas rugas ao longo dessa região enfraquecida. “A lua tem
uma memória longa. O que estamos vendo hoje na superfície é um testemunho de
sua longa memória e segredos que ainda guarda”, disse Schultz.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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