Objetos Misteriosos no Sistema Solar Um Dia Poderão Ser Interceptados Por Robôs
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (01/04) no site do
“Canaltech” destacando que Objetos Misteriosos no Sistema Solar um dia poderão
ser interceptados por Robôs.
Duda Falcão
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Objetos Misteriosos no Sistema Solar Um
Dia Poderão Ser
Interceptados Por Robôs
Por Patrícia
Gnipper
Canaltech
Fonte: Business Insider
01 de Abril de 2019 às 13h52
No futuro, objetos misteriosos visitando o Sistema Solar,
como aconteceu em 2017 com o Oumuamua, poderão ser interceptados por avançadas
sondas robóticas posicionadas em outros sistemas estelares. "Com este,
fomos pegos de surpresa. Com o próximo, estamos prontos", declarou Olivier
Hainaut, astrônomo do European Southern Observatory (ESO), que trabalhou em
vários estudos sobre o Oumuamua.
O objeto 1I / 2017 U1, que depois foi nomeado como
Oumuamua, apareceu
por aqui em outubro de 2017, e até hoje ainda se discute sobre o que ele é,
e de onde teria vindo. Estudos chegaram a levantar suspeitas de que ele
teria vindo
de um sistema com dois sóis, e outra discussão que rendeu foi sobre sua
natureza — se ele seria um cometa
ou um asteroide. Ainda, há também quem acredite que o Oumuamua poderia
ser uma nave alienígena.
Para além dessas hipóteses, o que é certo é que outros
objetos espaciais como o Oumuamua visitarão o Sistema Solar novamente — e a
ciência quer estar preparada para interceptá-los em tempo para que mais
observações nos ajudem a compreender este fenômeno cósmico.
Quando o Oumuamua passou por aqui, nossos vários
telescópios de chão e na órbita da Terra conseguiram uma observação limitada do
objeto, que era pequeno demais, rápido demais e foi detectado tarde demais.
Agora, ainda mais distante, ele está muito longe e muito escuro para novas
observações com as tecnologias atuais. "Ele se foi para sempre", afirma
David Trilling, astrônomo que liderou as observações do telescópio espacial
Spitzer nessa missão.
Mas os astrônomos que descobriram a passagem do Oumuamua
por aqui não se contentaram com a experiência e pretendem se preparar para que
os próximos objetos do tipo a nos visitarem sejam melhor compreendidos. Quanto
Trilling e seus colegas publicaram seu primeiro estudo sobre o Oumuamua, eles
sugeriram que telescópios atuais podem ver intrusos como este a cada cinco
anos, sendo que, quando a nova geração de grandes telescópios for inaugurada
(em meados da década de 2020), poderemos identificar um objeto do tipo por ano.
Outras estimativas indicam que isso poderá acontecer, ainda, até 10 vezes por
ano.
Interceptando Futuros Intrusos Com Robôs
Arte imagina como seria o aspecto do Oumuamua, com
seu
formato alongado como se fosse um charuto espacial.
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Explorar um visitante interestelar que só está
"dando uma passadinha" rápida por aqui é difícil, ainda mais sem
saber de onde ele veio, quando ele aparecerá e quão perto da Terra passará. E
por enquanto só temos os poucos dados do Oumuamua para se basear. Para
contornar esse problema, Olivier Hainaut disse que uma opção seria ter foguetes
posicionados em stand-by para lançar uma nave relativamente pequena assim que o
próximo objeto aparecer. Mas essa opção não é lá muito prática, tampouco
acessível.
Outra opção seria manter no espaço uma nave presa ao
estágio superior de um foguete, e apenas acioná-lo para lançamento quando o
próximo objeto for detectado. No entanto, manter um sistema desses no espaço
por meses (ou anos) pode ser arriscado, pois há uma série de fatores que
representariam riscos aos equipamentos, como temperatura, detritos espaciais e
rajadas de radiação solar.
Mas dentro de algumas décadas, o projeto Breakthrough
Starshot pode oferecer uma opção mais rápida, barata e ousada para isso. A
ideia é enviar
minúsculas espaçonaves robóticas para outro sistema estelar, equipadas com
lasers superpoderosos, viajando a talvez 20% da velocidade da luz. E esses
robôs interestelares podem justamente estudar objetos espaciais que um dia
visitarão o Sistema Solar, fornecendo uma série de dados sobre eles antes de
sua passagem por aqui.
"Se tivéssemos a infraestrutura do Starshot, teria
sido trivial perseguir o Oumuamua. Mesmo com uma velocidade de apenas um décimo
de um por cento da velocidade da luz, seria possível alcançar Oumuamua em uma
questão de meses", disse Avi Loeb, astrônomo de Harvard. Ele segue dizendo
que "faz muito mais sentido esperar que o próximo objeto interestelar seja
descoberto dessa maneira, pois se o pegarmos em seu caminho para nós,
poderíamos contemplar uma missão espacial que voaria sobre ele, ou até mesmo
pousaria nele".
E Hainaut concorda: "O Starshot é extremamente interessante",
disse. Contudo, "o problema é que a tecnologia laser necessária está longe
de estar pronta" — e o próximo visitante cósmico com o Oumuamua pode
chegar antes disso.
Fonte: Site do Canaltech - https://canaltech.com.br
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