Empresa Brasileira Entra no Mercado Internacional Para Desenvolver Painéis Solares de CubeSats
Olá leitor!
Segue abaixo a nota oficial postada ontem (03/04) no site
da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que empresa brasileira (Orbital Engenharia) entra no
mercado internacional para desenvolver painéis solares de CubeSats.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Empresa Brasileira Entra no Mercado
Internacional Para
Desenvolver
Painéis Solares de CubeSats
Coordenação de Comunicação Social – CCS
Publicado em: 03/04/2019 - 11h1
Última modificação: 03/04/2019 - 16h20
Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e
Experimentos com Nanossatélites (Serpens),
programa da AEB em parceria com a UnB.
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Tecnologias aeroespaciais desenvolvidas pela indústria
nacional vêm se tornando cada vez mais competitivas no mercado internacional,
em decorrência de políticas públicas implementadas pelo governo brasileiro. Os
resultados dessa inserção confirmam as diretrizes estratégicas estabelecidas
pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) de consolidar a
indústria espacial brasileira, aumentar a competitividade e elevar a capacidade
de inovação.
Um exemplo recente aconteceu em São José dos Campos (SP),
com a empresa Orbital, líder no desenvolvimento de painéis solares para
satélites e cubeSats. Ao competir com empresas europeias, a brasileira Orbital
venceu, pela primeira vez, uma licitação internacional para desenvolver painéis
solares para um CubeSat europeu.
A atuação da empresa no mercado brasileiro teve início em
2001, ano de sua fundação, por meio da Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas
(PIPE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O
projeto, segundo o presidente da Orbital, Célio Vaz, permitiu à empresa a
desenvolver tecnologia própria de fabricação de painéis solares de satélites, e
ser qualificada no Laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), onde Célio trabalhou durante 20 anos.
Graças à experiência adquirida no mercado brasileiro com
o desenvolvimento de painéis solares para satélites, fomentados pela Agência
Espacial Brasileira (AEB), com a construção do Satélite de Coleta de Dados
(SCD), dos Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS 2B, CBERS 4 e o
Serpens), a Orbital iniciou seu primeiro trabalho na área internacional.
CubeSats
“Fomos uma das primeiras empresas a perceber essa
tendência da miniaturização dos satélites, isso entre 2007 e 2008. Na época, a
Orbital executou um projeto com a FAPESP para desenvolver um satélite de
pequeno porte, que substituiria o Satélite de Coleta de Dados (SCD), ou seja,
um estudo de concepção que resultou em um satélite de 25 kg ao invés de 150 kg,
e com esses trabalhos sempre procuramos acompanhar a onda de cubeSats”, afirmou
Célio.
Satélite de Coleta de Dados (SCD): primeiro satélite
brasileiro lançado ao espaço.
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A Orbital também foi responsável pelos painéis solares do
Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites
(Serpens), programa da AEB em parceria com a UnB e com um consórcio de
universidades. Lançado em setembro de 2015, a partir da Estação Espacial
Internacional (ISS), o nanossatélite Serpens já cumpriu sua missão, mas foi um
trabalho de forte interação entre a indústria e a academia, no qual a Orbital
orientou os pesquisadores da AEB e da UnB a projetarem os painéis solares,
cabendo a ela a fabricação.
A tentativa de a Orbital entrar no mercado internacional
vem de longa data. Segundo Vaz, a empresa possui tecnologia para fabricar
geradores solares tão bons, quanto de qualquer país do mundo, mas o único
impedimento é a barreira na questão de histórico de voo. “Todo cliente quando
vai contratar esse tipo de serviço quer saber o que a empresa já fez, quantas
horas o seu equipamento voou, e se foi bem-sucedido em missões espaciais”,
ressaltou.
Histórico de Voo
Para criar esse histórico, o governo, como principal
cliente, precisa dar condições, pois sem essas, nenhuma empresa consegue ser
inserida no mercado global, ainda que tenha a melhor tecnologia. “Nós
conseguimos quebrar essa barreira quando viabilizamos os satélites CBERS-2B,
CBERS-4 e o Serpens, projetos que nos deram mais de 50 mil horas de voo, número
considerado alto quando se trata de cubeSats, ingrediente que permitiu a
inserção da Orbital no mercado internacional”, afrmou.
Com o lançamento dos satélites CBERS-4A e do Amazonia,
previstos para 2019 e 2020, respectivamente, a Orbital atinge o nível aceitável
para missões maiores. “Se o governo não investir no desenvolvimento e
lançamento de satélites, não teremos indústria nacional no mercado global. Esse
fator é o passaporte para as empresas entrarem no mercado internacional”,
concluiu Célio Vaz.
Programa Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres:
o
CBERS-4 ajudou no histórico de pontuação da Orbital.
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Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)
Comentário: Bom, bom, muito bom mesmo e parabéns ao Sr.
Célio Vaz. Inclusive vale lembrar que a Orbital Engenharia esta envolvida com
outros projetos espaciais do país, como a PSM (Plataforma Suborbital de
Microgravidade) e também é detentora da tecnologia do Motor-Foguete Liquido L15
que infelizmente foi descontinuado por falta de recursos em sua fase final de desenvolvimento. Em especial, o Blog BRAZILIAN SPACE tem uma especial gratidão
por esta empresa brasileira pela contribuição financeira significativa dada
pela mesma quando de nossa campanha no vaquinha.com.
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