Missão Cassini: Conheça a Brasileira Que Ajuda a NASA a Explorar as Luas de Saturno

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria muito interessante postada hoje (13/09) no site “G1” do globo.com, tendo como destaque a Dr. Rosaly Lopes, cientista brasileira da NASA que participa da Missão Cassini que terá o seu fim nesta sexta-feira.

Duda Falcão

CIÊNCIA E SAUDE

Missão Cassini: Conheça a Brasileira Que
Ajuda a NASA a Explorar as Luas de Saturno

Rosaly Lopes participa de missão da agência espacial, que termina nesta sexta-feira.

Por Carolina Dantas, G1
13/09/2017 06h01
Atualizado há 7 horas

(Foto: Arquivo Pessoal)
Rosaly Lopes começou a trabalhar na NASA em 1991.

Rosaly Lopes, astrônoma brasileira, saiu do país aos 18 anos, mas espalha um pouco da nossa cultura pelo universo, literalmente: além de batizar crateras de Mercúrio com nomes de maestros - Tom Jobim e Villa-Lobos -, ela está na maior missão da NASA até Saturno, a Cassini, que termina após 20 anos nesta sexta-feira (15).

A carreira de Rosaly não se resume a isso. Hoje com 60 anos, começou como funcionária da NASA em 1991. Chegou a estudar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mas depois foi selecionada para fazer a graduação na Universidade de Londres.

"Queria ser astronauta quando criança,
mas descobri muito cedo que sendo
menina, brasileira, e muito míope, eu não
ia conseguir. Decidi ser astrônoma,
trabalhar na NASA e ajudar no
programa espacial", disse.

Desde então, trabalhou em duas grandes missões. A primeira foi a Galileu, lançada pela NASA para estudar Júpiter, em 1989. Neste primeiro trabalho, Rosaly conta que o final foi muito similar ao que deve acontecer nesta sexta.

"É o mesmo tipo de destruição. A nave entra em um planeta gasoso e se destrói na atmosfera. Começa a se despedaçar e, depois, vamos perder o contato quando a antena não conseguir mais apontar para a Terra".

De acordo com Rosaly, a Cassini é diferente porque é "muito bem sucedida", com o envolvimento de uma equipe muito maior do que a Galileu. Ela conta que cerca de 2 mil pessoas deverão acompanhar o final da missão nos Estados Unidos.

Foco na Lua Titã

A astrônoma é uma vulcanologista: estuda os vulcões existentes na Terra e no espaço. Na missão Galileu, descobriu 71 novos vulcões em Io, uma das luas de Júpiter.

"Sugiro nomes para colocarem no banco de dados de outros planetas. Comecei por Io, quando notei que nenhum planeta, nenhum satélite, era batizado com nomes da mitologia indígena brasileira. Como os vulcões de Io têm nomes de deuses e heróis, sugeri Tupã e Monã", disse.

Durante o trabalho na Cassini, participou das pesquisas na superfície de Titã, maior lua de Saturno. Conta que também analisou algumas características da lua Encélado.

(Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/J. Major )
Maior lua de Saturno, Titã orbita o planeta em imagem
captada pela sonda Cassini, da NASA. Os anéis de Saturno
são planos e vistos como uma linha fina, parecendo 'espetar' Titã.
Análises recentes indicam que a lua do planeta pode ter vastos oceanos.

"A missão Cassini tem sido extraordinária. Estou estudando a geologia de Titã, seus vulcões, ou pelo menos o que nós achamos que são vulcões, já que não são ativos. Acabamos chamando de criovulcões: no lugar de sair lava, sai gelo e água".

Ela diz que Titã tem algumas características parecidas com a Terra. Por isso, sugeriu um projeto à NASA para buscar vida por lá. Segundo Rosaly, a resposta da agência espacial sobre a aceitação da pesquisa deve chegar até o final do ano.

"A superfície de Titã tem lagos de metano líquido, tem dunas de material orgânico, tem uma geologia muito parecida com a Terra, embora seja em muitos aspectos muito diferente".

De qualquer forma, a pesquisadora deverá trabalhar durante todo o próximo ano para analisar os dados coletados na missão Cassini.

"Há muitas coisas ainda a serem descobertas. Só em Titã, nós temos poucas ideias da composição química exata da superfície. Ainda não vimos toda a superfície com uma resolução suficiente para realmente estudar a geologia", completou.

NASA encerra missão Cassini, mais de 20 anos
de pesquisas sobre Saturno

Sobre a Missão Cassini

A agência espacial americana encerra nesta sexta-feira a missão Cassini: são 20 anos desde a decolagem para pesquisar Saturno.

O combustível da sonda está esgotando e, por isso, os astrônomos decidiram um final com data marcada: a Cassini irá fazer seu último mergulho na atmosfera do planeta gasoso e se desintegrar. Desde abril, a nave fez mais de 20 inserções na atmosfera e entre os aneis. Essa última etapa é chamada de Grand Finale.

Veja as principais informações sobre a missão:

(Foto: Roberta Jaworski/Arte G1)


Fonte: Site “G1” do globo.com – 13/09/2017

Comentário: A Dr. Rosaly é uma das personalidades das ciências espacias brasileiras que eu tive a oportunidade de conhecer alguns anos atrás. Uma pessoa simples, atenciosa e na época envolvida com um projeto educacional no Brasil que ajudou a muitas crianças da região de Bezerros-PE. Hoje não sei se o projeto continua no agreste pernambucano com Núcleo Tecnológico do Agreste (NTA) ou não, porém a sua disposição em participar deste projeto sob a coordenação do Prof. Marcos Luna demonstra a sua consciência e a sua responsabilidade como cidadã brasileira, uma das mais belas atitudes que eu tive a oportunidade de presenciar nesta área desde a criação do Blog. Parabéns a Dra. Rosaly Lopes e da Bahia envio-lhe meu abraço.

Comentários

  1. Nossos cérebros espalhados por ai.Prova de que não nos resumimos a "jugadô de futibó e muié bumda"

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  2. Eu tenho um amigo que está nos EUA, o cara tem 23 anos e ta fazendo doutorado, e ainda trabalha em um projeto da NASA que tem parceria com a universidade que ele estuda. Quando pergunto se ele pensa em voltar para o Brasil adivinha a reação? hahahaha...

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