Governo do Maranhão Busca Parceria Para Implementação do Parque Tecnológico do Maranhão

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada ontem (02/07) no portal da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) do Governo do Maranhão destacando que o secretário da SECTI, Jhonatan Almada, esteve semana passada em São José dos Campos (SP) em busca de parcerias para implementação do Parque Tecnológico do Maranhão.

Duda Falcão

Governo do Maranhão Busca Parceria
Para Implementação do Parque
Tecnológico do Maranhão

SECTI
02/07/2017 – 10:00


O Governo do Estado reforçou nesta última semana as tratativas para novas parcerias visando a implementação do Parque Tecnológico do Maranhão. As prospecções para os acordos de cooperação que envolvem projetos que contemplam atividades nas áreas de nanotecnologia, aeroespacial e monitoramento do clima aconteceram durante viagem do secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Jhonatan Almada, a São José dos Campos. Almada visitou o Parque Tecnológico de São José dos Campos, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica do ITA, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – responsável pelo Programa de Estudos e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (EMBRACE), dentre outros.

Durante a viagem, o secretário se reuniu com o diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, com quem conversou sobre a implantação do Parque Tecnológico do Maranhão. Almada e Raupp alinharam a possibilidade de parceria para a elaboração do projeto do parque no Maranhão e, também, o desenvolvimento de ações junto ao Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) com tecnologia de visualização 3D e com empresas que trabalham com informática e equipamentos biomédicos.

“Firmamos uma agenda de trabalho que terá como prioridade construir um modelo de governança do projeto do parque tecnológico maranhense, apoiar iniciativas no âmbito do IEMA, com foco na educação profissionalizante, e transferir a experiência de dez anos de implantação do Parque Tecnológico de São José dos Campos. Ficou estabelecida também a parceria com o INPE para fazer os testes do nanossatélite maranhense”, disse o secretário Jhonatan Almada.

Inúmeras vezes Marco Antonio Raupp se colocou à disposição para ajudar o Maranhão a desenvolver seu projeto. “Estamos disponíveis para assinarmos termo de cooperação de interesse mútuo para ajudar esse estado que é muito importante do Brasil. O Maranhão é um estado rico, é uma transição do Nordeste para a Amazônia e tem grande capacidade de desenvolvimento. O estado tem empresas grandes operando, como na área de mineração que precisam de tecnologia para não impactar ao meio ambiente, para darmos uma boa solução para a questão de usar os recursos naturais sem castigar a diversidade biológica e ecológica”, destacou o diretor.

Durante a visita, o secretário se reuniu com o reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Ribeiro Correia, para reafirmar os lanços de parceria que já estão sendo colocados em prática desde 2015. Entre eles estão a graduação na área de aeroespacial com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o mestrado com a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e a proposta de doutorado profissionalizante em rede que está sendo elaborado com o apoio das universidades federais do Rio Grande do Norte, do Ceará e do Pernambuco.

O reitor do ITA reafirmou o apoio do Instituto às iniciativas que estão sendo desenvolvidas no Maranhão e abriu mais uma possibilidade, a de apoio ao estado para que possa desenvolver seu projeto de nanossatélite, considerando as experiências do ITA com os satélites ITASAT I e II e SPOT.

“Nesse sentido nós já agendamos uma reunião de trabalho entre a equipe que produziu o ITASAT e a equipe do Maranhão que irá produzir o MARASAT, o primeiro nanossatélite do Maranhão. O reitor reforçou o apoio aos projetos do Maranhão e o interesse de estamos juntos desenvolvendo o setor aeroespacial com o apoio do ITA”, contou o secretário Jhonatan Almada.

Em breve avaliação a respeito da visita ao Parque Tecnológico de São José dos Campos, o secretário Jhonatan Almada afirma que foi bastante positiva. “Estabelecemos contatos e temos amplas possibilidades de parceria com as principais instituições de ensino e pesquisa da área tecnológica do Brasil localizadas em São José dos Campos. São instituições que estão dentro das áreas que são prioritárias para o Governo do Maranhão: engenharia aeroespacial, tecnologia da informação e comunicação. Fomos bem recebidos e todos acompanham com interesse o grande governo que estamos realizando no Maranhão. Essas instituições também se interessaram em estar juntas conosco na grande mudança que promovemos com esforço e trabalho”, concluiu.

PARQUE TECNOLÓGICO DO MARANHÃO

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação Jhonatan Almada conta que, atualmente, o processo de implantação do Parque Tecnológico do Maranhão está na faze de licitação. Ele explica que as etapas são referentes ao convênio de R$ 2 milhões assinado junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

“Já estamos no processo de organização. Teremos um prédio no Centro Histórico de São Luís. A partir dele vamos irradiar o projeto do parque tecnológico”, afirma o secretário.


Fonte: Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI)

Comentário: Interessante essa notícia e espero e torço que todo esse processo esteja sendo conduzido com lisura e competência, apesar de não acreditar muito nesta possibilidade. Já quanto ao projeto do nanosatélite MARASAT, é preciso conhecer maiores detalhes sobre o mesmo para se fazer uma analise mais embasada. No entanto, inicialmente me parece algo bastante positivo, e pra dizer a verdade nunca entendi direito o porquê do Maranhão e o Rio Grande do Norte levaram tanto tempo  para entrar nessa corrida espacial com projetos de pequenos satélites? O RN com o Projeto CONASAT (uma constelação de nanossatélites ambientais que esta em desenvolvimento numa pareceria entre o Centro Regional Nordeste (CRN) do INPE e a UFRN, onde o primeiro deles, o nanosatélite CONASAT-0, ainda não tem previsão de lançamento) e o MA agora com este MARASAT. Vale lembrar que atualmente o Brasil possui um nanosatélite pronto para voo, o ITASAT-1 do ITA (previsto para ser lançado dia 24 de agosto deste ano ),  e trabalha no desenvolvimento do “NanosatC-Br2” do Centro Regional Sul do INPE em parceria com UFSM (previsto para ser lançado em 2018), do nanosatélite científico “SPORT” fruto de uma parceria do INPE/ ITA e a NASA (previsto para ser lançado entre 2018 e 2019), do nanosatélite “14-BiSat” do Instituto Federal Fluminense–IFF (agora previsto para ser lançado em 2019), o “SERPENS-2”, fruto de uma parceria AEB/UFSC/UnB e outras universidades brasileiras (sem previsão de lançamento), o “TANCREDO-II” da galerinha de Ubatuba (sem previsão de lançamento), o ITASAT-II também do ITA (sem previsão de lançamento) e um nanosatélite curioso denominado “RAIOSAT” que parece será desenvolvido pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) e pela Coordenação de Engenharia e Tecnologia Espacial (ETE), ambos do INPE, e é claro, o projeto mais ambicioso de todos, a sonda lunar “Garatéa-L” (esta prevista para ser lançada em 2021) que esta sendo desenvolvida em uma parceria entre a USP de São Carlos (Grupo ZENITH) a startup brasileira “Airvantis” e diversas outras instituições do país, não estando a AEB entre elas. É claro que esse universo de realizações hoje poderia ser bem maior e muito mais ambicioso se já tivéssemos o nosso lançador e não gastos quase 30 anos brincando de fazer programa espacial. Aproveitamos para agradecer ao jovem Prof. Brehme de Mesquita pelo envio desta notícia.

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