Chuvas de Verão Não Serão Suficientes Para Recuperar Reservatórios do São Francisco, diz CEMADEN
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada hoje (01/11) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), destacando que Chuvas
de Verão não serão suficientes para recuperar reservatórios do São Francisco,
diz CEMADEN.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Chuvas de Verão Não Serão Suficientes
Para Recuperar Reservatórios
do São Francisco, diz CEMADEN
Segundo a previsão climática do MCTIC, somente um volume
de chuvas
muito acima do normal na nascente do rio recomporia os
reservatórios
distribuídos entre Minas Gerais e Pernambuco.
"Entrando pouca água em
um reservatório que está em situação crítica, a chance de
recuperação é muito
pequena. Isso em toda a extensão do rio", afirma o
pesquisador Marcelo Seluchi.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 01/11/2016 | 13:08
Última modificação: 01/11/2016 | 13:21
Crédito: Ascom/MCTIC
As chuvas de verão não terão capacidade para
recuperar os níveis dos reservatórios de água distribuídos ao longo do rio São
Francisco, nos estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.
Os dados estão na Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para os meses de
novembro e dezembro de 2016 e janeiro de 2017, divulgada
nesta segunda-feira (31).
Segundo o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal
(GTPCS), dificilmente o curso d'água vai conseguir recuperar volume com as
chuvas deste verão. A situação só poderia ser revertida com "um volume de
chuvas muito acima do normal" na nascente do rio, informou o
coordenador-geral de Operações e Modelagens do Centro Nacional de Monitoramento
e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Marcelo Seluchi. Isso porque há a
tendência de que grande parte da água precipitada seja absorvida pelo solo e vá
para os lençóis freáticos da região.
"Mesmo que chova dentro da normal climatológica, não
vai recuperar os reservatórios. O volume de água que vai chegar neles será
abaixo do normal, por conta do efeito esponja na cabeceira do rio. Entrando
pouca água em um reservatório que está em situação crítica, a chance de
recuperação é muito pequena. Isso em toda a extensão do rio", afirmou.
A nascente do rio São Francisco fica na Serra da
Canastra, na região centro-sul de Minas Gerais, e o rio corre em direção ao
Nordeste, desembocando no Atlântico em Alagoas. O curso é a principal fonte de
água para as localidades por onde passa.
Instabilidade
A previsão climática indica também que as chuvas na
região central do Brasil, área que compreende o sul da região Norte, o sul e o
oeste do Nordeste, além do Centro-Oeste e do Sudeste, devem se consolidar a
partir da primeira quinzena de novembro. Marcelo Seluchi alerta, no entanto,
que o volume de precipitações deve ser instável, variando entre microrregiões.
"No momento, estamos na fase de transição entre a
estação seca e a estação chuvosa. Deveremos ter pancadas de chuvas
cada vez mais frequentes e generalizadas, mas o volume delas vai variar entre
diferentes partes do território. Algumas áreas vão receber mais chuvas, outras
menos. Por isso será configurada a instabilidade", destacou o coordenador
do CEMADEN.
Menos Calor
As temperaturas no próximo verão devem ser menores que as
registradas no início deste ano, que registraram valores recordes para a
estação por causa do fenômeno El Niño. Segundo a previsão climática, os
termômetros devem registrar valores dentro da média histórica.
Participam do Grupo de Trabalho em Previsão Climática
Sazonal (GTPCS), além do CEMADEN, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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